As técnicas utilizadas em anexos cutâneos são diversas e abrangem uma ampla gama de procedimentos, desde cuidados básicos até tratamentos mais complexos. É praticamente impossível citar aqui todas as técnicas estéticas aplicadas aos anexos cutâneos, uma vez que o campo da estética está em constante evolução e novas técnicas surgem a todo momento. No entanto neste material, irei te apresentar um panorama geral das principais técnicas utilizadas, agrupadas por tipo de anexo cutâneo. Antes de iniciarmos o nosso módulo de aprendizagem, permitam-me que eu me apresente: meu nome é Ynis Thaciane, sou Bacharel em Química Industrial desde do ano 2017. Possuo também uma graduação sanduíche em Biotecnologia realizada no Canadá e uma licenciatura em Química; sou especialista Desenvolvimento de Cosméticos e Aplicações Estéticas, com MBA em gestão de farmácias e drogarias e mestre em Engenharia Química com ênfase no desenvolvimento de formulações cosméticas. Meu interesse pela área da saúde iniciou-se em 2014, durante a graduação sanduíche, quando tive o contato com diversos laboratórios de alta tecnologia que me deram a oportunidade de conhecer o universo da saúde de forma mais aprofundada. Desde então, passei a dedicar-me ao estudo das mais diversas concepções da química que pudessem se relacionar com a área da saúde. Em 2022, cursando o mestrado, percebi a importância do bom conhecimento da composição química dos cosméticos, além dos conhecimentos em anatomia e fisiologia humanas para a obtenção de produtos eficazes e de qualidade que trazem benefícios reais à saúde e isso despertou em mim o desejo de aprofundar ainda mais os meus conhecimentos e aprimorar as minhas habilidades na produção de formulações cosméticas. Trabalho atualmente com o Ensino Superior dando assistência aos alunos de graduação e, na minha experiência com a educação, percebo diariamente estudantes com muitos sonhos e pouco direcionamento sobre o caminho a seguir, materiais escassos de informações didáticas, não tão claros e, muitas vezes, enfadonhos. Ao longo da minha formação, eu fiz e faço parte dessas construções, no entanto, à medida em que tenho a oportunidade de aprofundar o meu conhecimento e de ganhar novas experiências, venho tentando seguir as normas previstas na legislação e trazer um material cada vez mais didático e aplicáveis às nossas necessidades. Nesta apostila eu trago um resumo de tudo que estudei durante anos, pois acredito na importância do compartilhamento desse conhecimento com todos os meus colegas de profissão. Juntos poderemos atuar de forma padronizada conforme as orientações previstas na legislação, uma das fontes bibliográficas deste material. Este trabalho não tem a pretensão de acabar com o assunto das técnicas aplicadas aos anexos cutânoes, mas anseio que seja mais uma referência para todos os estudantes da área. Antes de iniciarmos nosso módulo de ensino-aprendizagem, gostaria que você pensasse um pouco sobre as seguintes questões reflexivas:
Ao realizar um procedimento de alongamento de unhas, quais os principais cuidados você deve ter para evitar a contaminação cruzada e garantir a saúde da cliente?
Um cliente apresenta queda capilar excessiva. Quais os possíveis fatores que podem estar causando esse problema e quais tratamentos estéticos você poderia indicar?
Como você diferencia uma unha encravada de uma micose de unha? Qual a conduta mais adequada para cada caso?
Ao realizar uma depilação a laser, quais os cuidados que você deve tomar para garantir a segurança do cliente e evitar queimaduras?
Mantendo essas reflexões vívidas em nossas mentes, navegaremos pelos módulos I, II e III, deste material que se propõe a ser um guia completo, desvendando os meandros das diversas técnicas em anexos cutâneos, através de uma linguagem clara, acessível e enriquecida por exemplos práticos.
Bons estudos!
Ynis Thaciane Felix da Silva
Facilitadora de aprendizagem Faculdade Três Marias
Anexos cutâneos são estruturas que se originam da epiderme, a camada mais externa da pele, e possuem funções específicas, complementando as funções da pele. Essas estruturas são como "acessórios" da pele, cada um com sua particularidade e importância que, combinadas, desempenham diversas funções essenciais. É importante lembrar que a pele é o maior órgão do corpo humano e, sendo composta por estruturas complexas e interligadas, um estudo aprofundado sobre a pele e seus anexos é fundamental para profissionais da saúde, esteticistas e para qualquer pessoa interessada em cuidar da sua saúde e beleza, através das mais diversas técnicas existentes na atualidade, para que o profissional seja capaz de realizar o seu trabalho de maneira correta, segura, eficaz, além de possibilitá-lo orientar adequadamente os seus clientes.
São anexos cutâneos
Os pelos: Protegem contra o frio, atuam como sensores táteis e auxiliam na expressão facial
As unhas: Protegem as pontas dos dedos, facilitam a preensão de objetos e servem como ferramentas.
Glândulas sebáceas: Produzem o sebo, uma substância oleosa que lubrifica a pele e os pelos.
Glândulas sudoríparas: Produzem o suor, que auxilia na regulação da temperatura corporal.
Figura 1 – Sistema Tegumentar
Fonte: NerixShop anatomia da pele humana dermatologia
Para compreendermos essas estruturas e realizarmos o melhor tratamento estético da pele e dos seus anexos, é importante que revisemos o conhecimento da anatomia e da fisiologia da pele. Em outras palavras, é importante relembrar as estruturas da pele e as suas respectivas funções.
Anatomicamente, a pele é constituída por três camadas principais:
Epiderme: Camada externa, composta por células epiteliais que se renovam constantemente. É responsável pela proteção contra agressões externas, como microrganismos e radiação ultravioleta.
Derme: Camada intermediária, rica em vasos sanguíneos, nervos, glândulas sudoríparas e sebáceas, folículos pilosos e receptores sensoriais. A derme confere resistência e elasticidade à pele.
Hipoderme: Camada mais profunda, composta principalmente por tecido adiposo, que atua como isolante térmico e reserva de energia.
Essas estruturas funcionam de forma interdependentes para desempenhar uma série de funções. A pele serve como barreira contra agentes físicos, químicos e biológicos; regula a temperatura corporal através da sudorese e da vasoconstrição/vasodilatação; permite a percepção de estímulos táteis, térmicos e dolorosos; elimina substâncias tóxicas através do suor, atua na imunidade como a primeira linha de defesa do organismo contra infecções e, além disso, a exposição solar na pele estimula a produção de vitamina D, essencial para a saúde dos ossos.
As três camadas principais dividem-se, ainda, em subcamadas que têm funções específicas descritas a seguir:
Epiderme: A camada mais externa, formada por tecido epitelial estratificado pavimentoso queratinizado, a nossa primeira linha de defesa contra agressões externas, se divide em:
Camada córnea: A camada mais superficial, composta por células mortas repletas de queratina, que conferem impermeabilidade à pele.
Camada lúcida: Presente apenas em áreas de pele espessa, como as palmas das mãos e plantas dos pés.
Camada granulosa: Contém grânulos de queratohialina, que se transformarão em queratina.
Camada espinhosa: Composta por células poliédricas unidas por desmossomos, que conferem resistência à pele.
Camada basal: A camada mais profunda, onde ocorre a proliferação celular.
Imagem - Epiderme
Fonte: med.estrategia
A epiderme está em constante renovação. Esse processo é fundamental para manter a integridade da pele e garantir sua função de proteção. A formação do estrato córneo, a camada mais externa e morta da epiderme, é o resultado desse processo de renovação celular. A camada basal da epiderme é onde se encontram as células-tronco epiteliais. Essas células se dividem por mitose, dando origem a novas células que migram para as camadas superiores. Conforme as células migram para a superfície, elas passam por um processo de diferenciação, adquirindo características específicas de cada camada. À medida que se afastam da derme e dos vasos sanguíneos, as células começam a produzir queratina, uma proteína fibrosa que confere rigidez e impermeabilidade à pele. Ao mesmo tempo, os núcleos celulares e as organelas degeneram. As células mais superficiais, repletas de queratina e sem núcleo, formam o estrato córneo. Essas células mortas são continuamente descamadas, sendo substituídas por novas células provenientes das camadas mais profundas.
A queratina desempenha um papel fundamental na formação do estrato córneo, a camada mais externa da epiderme. Ela confere à pele suas propriedades de impermeabilidade, proteção e resistência. Sintetizada de forma mais intensa na camada granulosa, as células produzem grandes quantidades de filamentos de queratina, que se agregam formando tonofibrilas. Além da queratina, as células da camada granulosa também produzem grânulos de queratohialina, que contêm proteínas ricas em cisteína. Essas proteínas são essenciais para a formação de pontes dissulfeto, que conferem à queratina sua rigidez e resistência.
Como descrito anteriormente, à medida que as células migram para a superfície da epiderme, elas sofrem um processo de apoptose, ou morte celular programada. O núcleo e as organelas celulares degeneram, e as células se achatam e perdem suas conexões com as células vizinhas. As tonofibrilas se entrelaçam e se compactam, formando um envelope de queratina ao redor da célula. As células mortas e repletas de queratina formam o estrato córneo. As pontes dissulfeto entre as moléculas de queratina conferem ao estrato córneo sua elevada resistência e impermeabilidade. As células do estrato córneo são continuamente descamadas e substituídas por novas células provenientes das camadas mais profundas da epiderme.
Derme: A camada intermediária da pele é uma estrutura complexa composta por tecido conjuntivo denso e desempenha um papel crucial na sustentação, nutrição e proteção da epiderme. Ela pode ser subdividida em duas camadas principais:
Camada papilar: É a camada mais superficial da derme, logo abaixo da epiderme, com papilas dérmicas que se interdigitam com a epiderme, aumentando a área de contato e a adesão entre as duas camadas. É formada por tecido conjuntivo frouxo, rica em vasos sanguíneos, terminações nervosas e células como os fibroblastos. Apresenta projeções digitiformes chamadas papilas dérmicas que se encaixam nas cristas epidérmicas, aumentando a área de contato entre as duas camadas e proporcionando maior adesão. Dentre as suas funções estão:
Nutrição da epiderme: Os vasos sanguíneos presentes na camada papilar são responsáveis por fornecer nutrientes e oxigênio para as células da epiderme.
As terminações nervosas presentes nessa camada são responsáveis pela sensibilidade tátil, térmica e dolorosa da pele.
As cristas epidérmicas, que se moldam às papilas dérmicas, formam os padrões únicos das impressões digitais.
Os fibroblastos, células presentes na derme, são os principais responsáveis pela produção das proteínas que compõem a matriz extracelular, como o colágeno e a elastina. Essa matriz extracelular é fundamental para fornecer estrutura, resistência e elasticidade à pele. Essa matriz serve como um arcabouço para as células da epiderme, fornecendo suporte e organizando os tecidos. Quando a pele sofre uma lesão, os fibroblastos migram para a área danificada e iniciam o processo de reparo. Eles sintetizam novas proteínas para preencher a ferida e restaurar a integridade da pele. Além disso, os fibroblastos se comunicam com outras células da pele, como as células epiteliais e as células imunes, através de sinais químicos. Essa comunicação é essencial para coordenar os processos de renovação e reparo da pele. Os fibroblastos também são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento que estimulam a proliferação e a diferenciação das células epiteliais.
Camada reticular: É a camada mais profunda e espessa da derme. É formada por tecido conjuntivo denso não modelado, rico em fibras colágenas e elásticas, que conferem resistência e elasticidade à pele, permitindo que ela se estique e retorne ao seu estado original, além de vasos sanguíneos, linfáticos e anexos cutâneos (folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríparas). Dentre as funções desta camada estão:
Fibras Colágenas: São as fibras mais abundantes na camada reticular, formadas por uma proteína chamada colágeno. Essas fibras se organizam em feixes densos, conferindo à pele resistência à tração e tensão. Proporcionam a resistência da pele, evitando que ela se rasgue com facilidade. A disposição das fibras colágenas varia de acordo com as linhas de força da pele, o que influencia a cicatrização de feridas.
Fibras Elásticas: São fibras finas e ramificadas, compostas por elastina. Conferem à pele elasticidade, permitindo que ela se estique e retorne ao seu estado original. Permitem que a pele se adapte a mudanças de volume, como durante o ganho ou perda de peso, e também contribuem para a expressão facial.
Vasos Sanguíneos: Uma rede de vasos sanguíneos percorre a camada reticular, fornecendo nutrientes e oxigênio para as células da pele e removendo os produtos do metabolismo. Nutrição da pele, regulação da temperatura corporal através da vasodilatação e vasoconstrição, e participação nos processos inflamatórios.
Vasos Linfáticos: Vasos finos que drenam o líquido intersticial e as proteínas de volta para a circulação sanguínea. Removem as substâncias estranhas e células mortas, contribuindo para a defesa imunológica da pele.
Anexos Cutâneos: Desempenham diversas funções, como proteção, termorregulação e percepção sensorial.
Folículos pilosos: Estrutura onde os pelos se desenvolvem.
Figura - Derme
Fonte: Maximus Clinica e Estética
Hipoderme: A camada mais profunda é composta principalmente por tecido conjuntivo frouxo, com uma quantidade variável de tecido adiposo (gordura). A quantidade de gordura varia de acordo com a região do corpo, sexo, idade e estado nutricional do indivíduo. Dentre as funções desta camada estão:
Reserva de energia: O tecido adiposo armazena energia na forma de triglicerídeos, que podem ser utilizados pelo organismo em momentos de necessidade.
Isolamento térmico: A camada de gordura atua como isolante térmico, ajudando a manter a temperatura corporal constante.
Proteção: A hipoderme protege os órgãos internos contra traumas e choques mecânicos.
Modelagem corporal: A distribuição de gordura na hipoderme contribui para a forma do corpo.
Armazenamento de água: O tecido adiposo pode armazenar água, atuando como um reservatório hídrico.
Figura - Hipoderme
Fonte: Issuu – Manual para prevenção de lesões da pele
A estrutura dos anexos cutâneos é complexa e varia de acordo com o tipo de anexo. São estruturas derivadas da epiderme que se projetam para a derme, desempenhando diversas funções importantes para o organismo. Em geral, eles são formados durante o desenvolvimento embrionário por um epitélio de revestimento, uma membrana basal e uma cápsula de tecido conjuntivo e estão intimamente relacionados com a pele, contribuindo para suas funções de proteção, termorregulação e percepção sensorial.
A inervação e a vascularização dos anexos cutâneos variam de acordo com sua função. Por exemplo, os folículos pilosos possuem terminações nervosas associadas aos músculos eretores do pelo, permitindo a percepção de toque e a resposta a estímulos como frio ou medo. As glândulas sudoríparas são ricamente vascularizadas para facilitar a produção e a liberação do suor.
Inervação dos Anexos Cutâneos: A inervação dos anexos cutâneos é composta principalmente por fibras nervosas sensitivas e autônomas.
Fibras Sensitivas:
Corpúsculos de Pacini: Detectam pressão profunda e vibração.
Corpúsculos de Meissner: Responsáveis pela percepção do tato fino.
Terminações nervosas livres: Detectam dor, temperatura e prurido.
Fibras Autônomas:
Sistema Nervoso Simpático: Regula a secreção das glândulas sudoríparas e a contração dos músculos eretores do pelo.
Sistema Nervoso Parassimpático: Tem menor influência nos anexos cutâneos, mas pode estar envolvido em algumas funções, como a ereção dos pelos pubianos.
Dentre as funções da inervação, temos a percepção sensorial, a inervação permite a percepção de toque, pressão, temperatura e dor, bem como a regulação da função, a inervação controla a secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas, a contração dos músculos eretores do pelo e o crescimento dos pelos.
Vascularização dos Anexos Cutâneos: A vascularização dos anexos cutâneos é proveniente de uma rica rede de vasos sanguíneos presentes na derme. Os vasos sanguíneos penetram nos anexos cutâneos, fornecendo oxigênio e nutrientes e removendo os produtos do metabolismo.
Dentre as funções da vascularização estão a nutrição, a vascularização fornece nutrientes e oxigênio para as células dos anexos cutâneos; a termorregulação, pois auxilia na regulação da temperatura corporal através da vasodilatação e vasoconstrição e a vascularização também participa dos processos inflamatórios, permitindo a migração de células de defesa para o local da lesão.
Veja na tabela 1 a descrição da função por tipo de anexo cutâneo
Tabela 1 – Inervação e Vascularização por Tipo de Anexo Cutâneo
Anexo Cutâneo
Inervação
Vascularização
Função Principal
Folículo Piloso
Sensitiva (tato, dor) e autônoma (contração do músculo eretor do pelo)
Rica vascularização para nutrir a matriz germinativa
Proteção, percepção sensorial, isolamento térmico
Glândula Sebácea
Autônoma (simpática)
Moderada vascularização
Produção de sebo para lubrificação da pele e dos pelos
Glândula Sudorípara Écrina
Rica vascularização
Termorregulação
Glândula Sudorípara Apócrina
Feromônios e comunicação química
Unha
Sensitiva (dor)
Proteção da ponta dos dedos
Vejamos, portanto, mais detalhe por anexo:
O pelo é um dos anexos cutâneos mais visíveis e importantes do corpo humano. Os pelos são filamentos queratinizados que se formam a partir de uma invaginação da epiderme chamada de folículo piloso, onde as células se dividem e se queratinizam. Esse folículo se estende para a derme e, em alguns casos, até a hipoderme. Ligado ao folículo piloso está o músculo eretor do pelo que é acionado e o arrepia quando o indivíduo é exposto a situações específicas, desempenhando diversas funções a exemplo da proteção contra a radiação solar, isolamento térmico e percepção sensorial. A musculatura eretor do pelo permite que os pelos se eriçam, formando a "pele de galinha", em resposta a estímulos como frio ou medo. Na base do folículo piloso, encontra-se uma papila dérmica, uma pequena protuberância da derme, estrutura microscópica de fundamental importância para o crescimento do pelo que se encaixa perfeitamente no bulbo capilar, rica em vasos sanguíneos e nervos, que fornece nutrientes para as células que formam o pelo. Os pelos crescem a partir da raiz do folículo piloso,.
Figura – Anatomia do Pelo
Fonte: Slide Serve Anexos Cutâneos Derivados da Pele
A partir da imagem acima, a descrição de cada parte do pelo nos ajuda a compreender melhor a dinâmica deste anexo cutâneo. Vejamos a seguir:
O folículo piloso é uma estrutura complexa localizada na pele, responsável pela produção e crescimento dos pelos. Imagine-o como uma pequena fábrica de cabelos, onde cada fio se desenvolve e cresce. O folículo piloso é uma estrutura essencial para a saúde e beleza dos nossos cabelos. Ao entender como ele funciona, podemos tomar melhores cuidados com os nossos fios e tratar possíveis problemas capilares de forma mais eficaz. A principal função do folículo é produzir novos fios de cabelo, substituindo os que caem naturalmente, além disso, o folículo fixa o pelo à pele, garantindo sua estabilidade e controla o ciclo de crescimento do cabelo, que inclui as fases anágena (crescimento), catágena (transição) e telógena (repouso). A saúde do folículo piloso determina a qualidade do cabelo, influenciando sua espessura, cor e brilho, muitas causas de queda de cabelo estão relacionadas a problemas no folículo piloso, como inflamações, alterações hormonais ou distúrbios autoimunes. Muitos tratamentos para queda de cabelo e calvície visam estimular a atividade dos folículos pilosos, promovendo o crescimento de novos fios.
O folículo piloso é formado por:
Bulbo Capilar: A parte mais profunda do folículo, onde as células se multiplicam para formar o novo fio de cabelo.
Papila Dérmica: Uma protuberância da derme que penetra no bulbo, fornecendo nutrientes e sinais para o crescimento capilar.
Raiz do Pelo: A parte do pelo que está dentro da pele, conectada ao bulbo.
Haste do Pelo: A parte visível do pelo que emerge da pele.
Glândula Sebácea: Produz sebo, uma substância oleosa que lubrifica o cabelo e a pele.
Músculo Erector do Pelo: Um pequeno músculo que faz o pelo "ficar de pé" em situações de frio ou medo.
Vejamos em detalhes estas estruturas:
Bulbo Capilar
O bulbo capilar é a parte mais profunda e vital do folículo piloso, que é a estrutura onde o cabelo cresce. É como a raiz de uma planta, fornecendo os nutrientes e as células necessárias para a formação de novos fios.
Imagine o bulbo como uma pequena fábrica de cabelo: dentro dele, ocorrem todos os processos biológicos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento dos fios.
Produção de novas células: É a fábrica de células que compõem o fio de cabelo. As células da matriz capilar se multiplicam e se diferenciam aqui, dando origem ao novo fio.
Fixação do pelo: O bulbo se ancora na papila dérmica, fixando o pelo à pele.
Raiz do Pelo
Continuação do crescimento: A raiz é a parte do pelo que ainda está dentro da pele, continuando o crescimento iniciado no bulbo.
Haste do Pelo
Proteção: A haste é a parte visível do pelo e tem a função de proteger a pele contra atrito, radiação solar e entrada de partículas estranhas.
Isolamento térmico: Os pelos retêm uma camada de ar próxima à pele, auxiliando na manutenção da temperatura corporal.
Sensibilidade: Alguns pelos estão associados a receptores sensoriais, permitindo a percepção de toque e movimento.
Na haste temos a seguintes estruturas:
Cutícula: A camada externa, formada por escamas que se sobrepõem como telhas, protege o interior do pelo e dá brilho.
Córtex: A camada intermediária, que confere cor e resistência ao pelo.
Medula: A parte central do pelo, formada por células cheias de ar, que confere flexibilidade ao fio.
Glândulas Sebáceas
As glândulas sebáceas são pequenas estruturas presentes na pele, associadas aos folículos pilosos (onde os pelos crescem), e responsáveis por produzir uma substância oleosa chamada de sebo. As células das glândulas sebáceas sintetizam lipídios que se acumulam no interior da célula. Quando a célula se rompe, o sebo é liberado para a superfície da pele. O sebo desempenha um papel fundamental na saúde da pele e dos pelos, ajuda a manter a pele e os pelos hidratados, evitando o ressecamento excessivo; forma uma barreira protetora contra a perda de água e a penetração de substâncias nocivas, além de tornar a pele e os pelos mais macios e flexíveis, facilitando os movimentos. São importantes para a saúde da pele, mas quando produzem sebo em excesso podem causar problemas como acne e oleosidade. O cuidado com a pele oleosa envolve a limpeza adequada, o uso de produtos específicos e, em alguns casos, tratamento médico.
As glândulas sebáceas são formadas por células que produzem o sebo. Esse sebo é liberado através de ductos que se abrem nos folículos pilosos ou diretamente na superfície da pele. A produção de sebo é influenciada por diversos fatores, como os hormônios sexuais, como a testosterona, estimulam a produção de sebo; a tendência a ter pele oleosa pode ser hereditária, a atividade das glândulas sebáceas varia ao longo da vida, sendo mais intensa na adolescência e fatores externos, como clima e poluição, podem influenciar a produção de sebo.
O excesso de sebo, combinado com a obstrução dos poros, pode levar ao desenvolvimento de acne, de dermartite seborréica, uma inflamação da pele causada pela produção excessiva de sebo, além de deixar a pele com aspecto brilhante e obstruir os poros.
Figura – Glândulas Sebáceas
As unhas são placas córneas, duras e translúcidas que recobrem a extremidade dos dedos das mãos e dos pés. Elas também são consideradas anexos cutâneos, ou seja, estruturas que se originam da epiderme e têm funções específicas. As unhas crescem a partir da matriz ungueal, uma região de células em proliferação localizada na base da unha. As células se queratinizam e se compactam, formando a placa ungueal. Assim como o pelo, a unha possui diferentes partes:
Raiz da unha: A parte da unha que está escondida sob a pele.
Corpo da unha: A parte visível da unha.
Borda livre: A ponta da unha que pode ser cortada.
Cutícula: A faixa de pele que recobre a base da unha.
Matriz ungueal: É a parte da unha localizada abaixo da cutícula. É nessa região que as células se multiplicam e se queratinizam, formando a unha. As células mais antigas são empurradas para frente, fazendo com que a unha cresça.
Leito ungueal: É a pele que fica abaixo da unha e fornece nutrientes para o seu crescimento.
Lúnula: É a parte branca em forma de meia-lua que vemos na base da unha. Representa a área onde as células estão se multiplicando ativamente.
Hiponíquio: É uma área de pele espessa que se localiza sob a borda livre da unha, ou seja, a parte que você corta. Essa região forma uma espécie de selo, ajudando a proteger a ponta do dedo e prevenindo a entrada de bactérias e outros microrganismos.
Eponíquio: É uma estrutura ungueal de extrema importância, muitas vezes confundida com a cutícula. Ele está localizado na base da unha, na dobra ungueal proximal, e possui funções cruciais para a saúde e proteção das unhas. O eponíquio forma uma vedação natural, protegendo a matriz ungueal (onde a unha se forma) de bactérias, fungos e outros agentes externos que podem causar infecções. É no eponíquio que são produzidas as células que darão origem à cutícula. A cutícula, por sua vez, age como uma segunda camada de proteção para a unha. Muitas pessoas confundem o eponíquio com a cutícula, mas são estruturas diferentes: o eponíquio é a parte viva, que produz a cutícula e a cutícula é a parte morta, que adere à placa ungueal e pode ser removida (com cuidado).
O crescimento das unhas é contínuo, mas a velocidade varia de pessoa para pessoa e entre as unhas das mãos e dos pés. Em média, as unhas das mãos crescem cerca de 3 milímetros por mês, enquanto as dos pés crescem mais lentamente. As unhas crescem mais rápido em crianças e jovens.Doenças, má nutrição e medicamentos podem afetar o crescimento das unhas. As unhas tendem a crescer mais rápido no verão. A predisposição genética também influencia o crescimento das unhas.
Dentre as funções das unhas temos a proteção das pontas dos dedos, evitando lesões, a preensão de objetos, bem como ajudam a perceber o toque e a temperatura.
Unhas fracas e quebradiças podem ser causadas por deficiências nutricionais, uso excessivo de produtos químicos ou doenças, unhas encravadas ocorre quando a unha cresce para dentro da pele, causando dor e inflamação. Além disso, infecção por fungos que causam alterações na cor e na textura da unha.
Alguns cuidados com as unhas envolvem hidratação, a manutenção das unhas e a cutícula hidratadas evita o ressecamento, cortar as unhas em linha reta e lixar as pontas evita que encravem; o uso de luvas protege as unhas ao realizar tarefas domésticas e, por fim, uma dieta rica em vitaminas e minerais é essencial para a saúde das unhas.
Figura – Anatomia da unha
Fonte: Cartões: Quizlet exérese de unha
As glândulas sebáceas são anexos cutâneos que, em linhas gerais, têm por função a produção de sebo, uma substância oleosa que lubrifica a pele e os pelos, impedindo o ressecamento e proporcionando uma barreira hidrofóbica. Elas são pequenas estruturas presentes na pele, associadas aos folículos pilosos (onde os pelos crescem), como já mencionado anteriormente, e desempenham um papel crucial na lubrificação da pele e dos pelos. As glândulas sebáceas são estruturas importantes para a saúde da pele, mas quando produzem sebo em excesso podem causar problemas como acne e oleosidade. O cuidado com a pele oleosa envolve a limpeza adequada, o uso de produtos específicos e, em alguns casos, tratamento médico.
O desenvolvimento das glândulas sebáceas é um processo complexo que envolve a proliferação e diferenciação de células ectodérmicas. Se desenvolvem em associação com os folículos pilosos e desempenham um papel crucial na lubrificação da pele e dos pelos. As glândulas sebáceas se originam de invaginações do ectoderma, a camada mais externa do embrião. Durante o desenvolvimento embrionário, essas invaginações se aprofundam na derme e se diferenciam em glândulas, são compostas por células que produzem uma substância oleosa chamada de sebo que é liberado através de ductos que se abrem nos folículos pilosos ou diretamente na superfície da pele. O processo de desenvolvimento se inicia com a invaginação do ectoderma, a camada externa do embrião. Essa invaginação forma um broto epitelial que se aprofunda na derme subjacente. O broto epitelial se alonga e forma uma estrutura em forma de tubo, que dará origem ao folículo piloso. As células do broto epitelial se diferenciam em dois tipos principais:
Células da raiz do pelo: Essas células se multiplicam e se queratinizam para formar o pelo.
Células sebáceas: Essas células se agrupam na base do folículo piloso e se diferenciam em células produtoras de sebo.
As células sebáceas se multiplicam e formam uma estrutura arredondada ou alongada, que se conecta ao folículo piloso através de um ducto excretor. As células sebáceas maduras acumulam lipídios em seu interior e, eventualmente, se rompem, liberando o sebo no folículo piloso.
Como já mencionado neste material, o sebo ajuda a manter a pele e os pelos hidratados, evitando o ressecamento excessivo, forma uma barreira protetora contra a perda de água e a penetração de substâncias nocivas, além de tornar a pele e os pelos mais macios e flexíveis, facilitando os movimentos. O excesso de sebo, combinado com a obstrução dos poros, pode levar ao desenvolvimento de acne; a inflamação da pele causada pela produção excessiva de sebo é chamada de dermatite seborréica, além disso, o excesso de sebo deixa a pele com aspecto brilhante e pode obstruir os poros.
As glândulas sebáceas estão presentes em quase toda a superfície corporal, com exceção das palmas das mãos e das plantas dos pés. Elas são mais abundantes em regiões com maior concentração de pelos, como o couro cabeludo, rosto e tronco.
Figura – Glândula Sebácea
Fonte: Brasil escola
Assim como as glândulas sebáceas, as glândulas sudoríparas são pequenas estruturas presentes na pele, responsáveis pela produção de suor. São estruturas importantes para a manutenção da temperatura corporal e a eliminação de substâncias. As células das glândulas sudoríparas absorvem água e eletrólitos do sangue e os secretam na luz do túbulo. A contração das células mioepiteliais promove a expulsão do suor para a superfície da pele. Seu desenvolvimento é um processo complexo que se inicia durante a vida embrionária e é influenciado por diversos fatores. Se originam de invaginações do ectoderma, a camada mais externa do embrião. Durante o desenvolvimento embrionário, essas invaginações se aprofundam na derme e se diferenciam em duas principais categorias de glândulas sudoríparas:
Écrinas: São as mais numerosas e estão distribuídas por todo o corpo. Produzem um suor aquoso e transparente, que desempenha um papel importante na termorregulação.
Apócrinas: São maiores e estão localizadas em áreas específicas, como axilas, virilhas e couro cabeludo. Produzem um suor mais espesso e rico em proteínas, que se torna odorífero quando entra em contato com as bactérias da pele.
O processo de desenvolvimento das glândulas sudoríparas se inicia com a invaginação do ectoderma, formando um broto epitelial que se aprofunda na derme. O broto epitelial se alonga e forma um tubo, que se enrolará para formar a glândula sudorípara. As células do tubo se diferenciam em células secretoras e células mioepiteliais. As células secretoras são responsáveis pela produção do suor, enquanto as células mioepiteliais ajudam a impulsionar o suor para fora da glândula. O ducto sudoríparo se desenvolve a partir da porção superior do tubo e se abre na superfície da pele através de um poro. A genética determina o número e a distribuição das glândulas sudoríparas. Os hormônios sexuais influenciam a atividade das glândulas apócrinas, especialmente durante a puberdade e f atores externos, como temperatura e umidade, podem estimular a atividade das glândulas sudoríparas.
O suor produzido nesta glândula é composto principalmente por água e sais minerais, e desempenha um papel fundamental na regulação da temperatura corporal. O suor evapora da superfície da pele, auxiliando na dissipação do calor e na manutenção da temperatura corporal. Algumas substâncias, como ureia e sódio, são excretadas pelo suor. O suor possui propriedades antibacterianas que ajudam a proteger a pele.
Dentre os problemas relacionados às glândulas sudoríparas temos a hiperidrose, sudorese excessiva, que pode ser causada por fatores físicos, emocionais ou médicos e a anidrose que é a diminuição ou ausência de suor, o que pode levar ao superaquecimento do corpo.
Figura – Glândula sudorípara
Fonte: Leger Tratamento Suor Excessivo
Os pelos corporais, embora possam ser considerados indesejáveis por muitos, são vestígios da nossa evolução. No passado, os pelos corporais desempenhavam um papel importante na termorregulação, protegendo o corpo contra o frio. Hoje em dia, essa função é menos relevante para a maioria das pessoas, mas os pelos ainda estão presentes em nosso corpo, lembrando nossa ancestralidade. Além disso, os pelos do nariz e das orelhas ajudam a filtrar o ar e a proteger as vias respiratórias.
Leia mais sobre alguns mitos e verdades e construção à cerca da depilação no Trabalho: “Tem presença em mim: a não depilação feminina como ferramenta de construção de feminilidades contra hegemônicas. Clicando no link a seguir:
https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/32003/LETCIA~2.PDF?sequence=1&isAllowed=y
A proposta é de um estudo de caso que busca explorar a relação entre a percepção estética e o conhecimento científico sobre os anexos cutâneos em adolescentes. Através de uma abordagem qualitativa, serão investigadas as representações sociais dos adolescentes sobre cabelos, unhas e pele, bem como suas práticas de cuidado e as influências da mídia e da cultura popular nessas práticas.
O estudo e reflexão giram em torno dos seguintes objetivos:
Identificar as principais preocupações estéticas dos adolescentes em relação aos seus anexos cutâneos.
Analisar o nível de conhecimento dos adolescentes sobre a estrutura e função dos anexos cutâneos.
Investigar a influência da mídia e das redes sociais nas práticas de cuidado com a pele, cabelos e unhas.
Verificar a relação entre a percepção estética e a saúde dos anexos cutâneos.
Metodologia:
Participantes: Adolescentes entre 13 e 18 anos, de ambos os sexos, de diferentes classes sociais e etnias.
Coleta de dados:
Grupos focais: Discussões em grupo para explorar as percepções, crenças e práticas dos adolescentes em relação aos anexos cutâneos.
Entrevistas individuais: Entrevistas em profundidade para aprofundar as informações obtidas nos grupos focais.
Análise de conteúdo: Análise de revistas, blogs e redes sociais para identificar as principais tendências estéticas e os padrões de beleza veiculados.
Análise dos dados: Análise qualitativa dos dados coletados, utilizando técnicas de codificação e categorização.
Reflita sobre os possíveis resultados esperados:
Identificação de um amplo repertório de representações sociais sobre os anexos cutâneos, muitas vezes influenciadas pela mídia e pela cultura popular.
Evidenciação de lacunas no conhecimento científico dos adolescentes sobre a estrutura e função dos anexos cutâneos.
Demonstração da importância da estética na motivação para o cuidado com a pele, cabelos e unhas.
Identificação de práticas de cuidado que podem comprometer a saúde dos anexos cutâneos.
Os resultados deste estudo poderão contribuir para o desenvolvimento de programas educativos que promovam a saúde da pele, cabelos e unhas, considerando as percepções e necessidades dos adolescentes. Além disso, os dados coletados poderão servir de base para o desenvolvimento de produtos e serviços mais adequados às demandas desse público.
O estudo pode se desenvolver ainda por diferentes frentes, como:
Comparação entre diferentes grupos de adolescentes (por exemplo, por gênero, classe social ou etnia).
Análise da influência de diferentes tipos de mídia (televisão, revistas, internet) nas percepções e práticas dos adolescentes.
Desenvolvimento de materiais educativos sobre a saúde dos anexos cutâneos, utilizando linguagem e formatos adequados para os adolescentes.
A influência da autoestima na percepção da beleza.
O impacto das cirurgias plásticas e dos tratamentos estéticos na saúde mental.
A relação entre a cultura e os padrões de beleza.
Este estudo de caso pode ser uma excelente oportunidade para explorar a interface entre a ciência, a cultura e a sociedade, contribuindo para uma compreensão mais aprofundada da complexidade da experiência humana.
O mercado da estética está em constante evolução, com novas tecnologias e tratamentos surgindo a cada dia. No que diz respeito aos anexos cutâneos, como cabelos, unhas e pele, as novidades são muitas e prometem resultados cada vez mais eficazes e naturais.
Cabelos:
Tratamentos personalizados: A análise capilar individualizada, com a identificação do tipo de cabelo e das necessidades específicas, permite a criação de protocolos personalizados, com a combinação de diferentes técnicas e produtos.
Bioestimulação capilar: Procedimentos como a mesoterapia capilar, o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) e a microagulhamento estão ganhando cada vez mais destaque, estimulando o crescimento capilar e melhorando a qualidade dos fios.
Transplante capilar FUE: A técnica FUE (Follicular Unit Extraction) se tornou o padrão ouro no transplante capilar, por ser menos invasiva e proporcionar resultados mais naturais.
Células-tronco: A pesquisa com células-tronco para o tratamento da calvície é promissora, com estudos demonstrando resultados positivos na regeneração dos folículos pilosos.
Unhas:
Fortalecimento natural: O uso de produtos à base de queratina, biotina e outros nutrientes tem se popularizado para fortalecer as unhas e prevenir o quebradiço.
Manicure russa: Essa técnica, que envolve a remoção completa da cutícula, está ganhando cada vez mais adeptos por proporcionar um acabamento mais natural e duradouro.
Unhas de gel e fibra de vidro: Alternativas mais saudáveis às unhas de acrílico, essas técnicas oferecem maior resistência e durabilidade.
Pele:
Tratamentos combinados: A combinação de diferentes tecnologias, como laser, radiofrequência e peelings químicos, permite tratar diversas condições da pele de forma mais eficaz e personalizada.
Bioestimuladores de colágeno: Produtos injetáveis à base de ácido hialurônico e outros bioestimuladores estão sendo utilizados para melhorar a textura e a firmeza da pele, além de reduzir rugas e linhas de expressão.
Cosméticos personalizados: A possibilidade de criar cosméticos sob medida para as necessidades de cada pele está revolucionando a indústria da beleza.
Tratamentos para melasma e manchas: Novas tecnologias e produtos estão sendo desenvolvidos para tratar o melasma e outras manchas, com resultados mais eficazes e duradouros.
Tendências gerais:
Minimalismo e naturalidade: A busca por resultados naturais e duradouros está cada vez mais presente, com a valorização de tratamentos menos invasivos e com menor tempo de recuperação.
Personalização: A personalização dos tratamentos é fundamental para alcançar os melhores resultados e atender às necessidades individuais de cada paciente.
Tecnologia: A tecnologia desempenha um papel cada vez mais importante na estética, com o desenvolvimento de novos equipamentos e softwares que permitem tratamentos mais precisos e eficazes.
Sustentabilidade: A preocupação com o meio ambiente e a saúde está levando ao desenvolvimento de produtos e tratamentos mais sustentáveis e naturais.
Neste capítulo vamos trazer uma abordagem sobre os principais problemas que acometem os anexos cutâneos, como queda de cabelo, unhas quebradiças, micoses, entre outros.
Os anexos cutâneos são estruturas dinâmicas e o seu bom funcionamento está intimamente relacionado com a fisiologia da pele e com a manutenção da homeostase corporal, ou seja, ao processo de regulação que mantém o organismo em constante equilíbrio. Alterações nos anexos cutâneos podem estar relacionadas a diversas doenças de pele e condições sistêmicas.
Nesse contexto, entende-se que a pele e seus anexos estão sujeitos a diversos problemas, que podem ser causados por fatores internos (genéticos, hormonais) ou externos (agentes físicos, químicos, biológicos). Alguns dos problemas mais comuns incluem:
Acne: Inflamação das glândulas sebáceas, geralmente causada por alterações hormonais e obstrução dos poros.
Eczema: Inflamação crônica da pele, caracterizada por vermelhidão, coceira e descamação.
Psoríase: Doença crônica da pele que causa manchas vermelhas e escamosas.
Dermatite: Inflamação da pele causada por contato com substâncias irritantes ou alérgenos.
Micose: Infecção fúngica da pele, unhas ou couro cabeludo.
Queda de cabelo: Pode ser causada por diversos fatores, como genética, estresse, deficiências nutricionais e doenças.
Unhas quebradiças e fracas: Podem ser causadas por fatores internos (doenças, deficiências nutricionais) ou externos (uso excessivo de produtos químicos, trauma).
Figura – Disnfunções Estéticas
Fonte: Prosa com Nath Souza
É importante lembrar que é comum haver certa confusão entre os termos disfunção, distúrbio e patologia, especialmente quando se referem a órgãos ou sistemas específicos como os anexos cutâneos. Embora estejam relacionados, cada termo carrega nuances e conotações distintas. A disfunção indica um funcionamento anormal ou inadequado de um órgão ou sistema, geralmente menos grave, podendo ser temporária ou reversível, a exemplo de uma disfunção nas glândulas sebáceas que pode levar a uma oleosidade excessiva da pele, mas não necessariamente a uma doença, podem envolver alterações na produção de sebo, suor, crescimento de pelos e unhas. Já o distúrbio indica uma alteração no estado de saúde, caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas. Mais abrangente que a disfunção, pode incluir tanto alterações físicas quanto psicológicas. Um distúrbio, por exemplo, da queratinização pode levar a diversas condições, como a psoríase, a alopecia, as unhas encravadas e as micoses. Por outro lado, patologia refere-se a uma doença, ou seja, um processo patológico que altera o funcionamento normal de um órgão ou sistema. Este é um termo mais técnico e formal, geralmente utilizado em contextos médicos. A alopecia areata, por exemplo, é uma patologia que causa a queda de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo, n o geral, englobam doenças mais graves, como o câncer de pele e as doenças autoimunes que afetam os anexos cutâneos.
A compreensão das diferenças entre disfunções, distúrbios e patologias é fundamental para uma comunicação clara e precisa sobre os problemas de saúde relacionados aos anexos cutâneos e da compreensão da melhor técnica para trata-los.
O quadro abaixo resume, de forma bem didática, para um melhor entendimento, a diferença entre os termos.
Termo
Significado
Conotação
Exemplo
Disfunção
Funcionamento anormal
Menos grave, reversível
Oleosidade excessiva
Distúrbio
Alteração no estado de saúde
Mais abrangente
Psoriase
Patologia
Doença
Mais técnico, formal
Alopecia areata
É importante, ainda, ressaltar que os termos podem se sobrepor em alguns casos. Por exemplo, um distúrbio pode ser causado por uma disfunção, a gravidade da condição pode variar de um caso para outro, independentemente do termo utilizado e que o diagnóstico preciso de uma disfunção, distúrbio ou patologia é fundamental para o tratamento adequado.
A seguir, mais detalhes das diferentes disfunções, distúrbios e patologias nos diferentes anexos cutâneos
As disfunções nos pelos geralmente se referem a alterações funcionais do folículo piloso, ou seja, problemas no funcionamento normal do pelo. Elas podem ser causadas por fatores genéticos, hormonais, nutricionais ou ambientais. Como, por exemplo:
Disfunção das glândulas sebáceas: Pode levar a cabelos secos ou oleosos.
Disfunção na produção de melanina: Causa alterações na cor dos pelos.
Disfunção no ciclo de crescimento: Afeta a fase de crescimento e repouso dos pelos, podendo levar à queda capilar.
Por outro lado, os pelos, como parte dos anexos cutâneos, podem apresentar diversas distúrbios que englobam um espectro mais amplo de condições, incluindo as disfunções, mas também doenças que acometem os pelos e o couro cabeludo
Figura – Alopécia
Fonte: Dr. Tiago Silveira
Alopecia: Queda de cabelo, podendo ser localizada (alopecia areata) ou difusa (calvície).
Hirsutismo: Crescimento excessivo de pelos em áreas típicas do sexo masculino, em mulheres.
Hipotricose: Crescimento reduzido de pelos em todo o corpo ou em áreas específicas.
Distúrbios da textura: Cabelo seco, quebradiço, oleoso, crespo.
Distúrbios da cor: Canície precoce, vitiligo.
Distúrbios da distribuição: Pelos encravados, tricotilomania (hábito de arrancar os cabelos).
Infecções do couro cabeludo: Pitiríase versicolor, tinea capitis.
Os distúrbios nos pelos podem se manifestar de diversas formas, incluindo:
Queda de cabelo: Pode ser gradual ou repentina, localizada ou difusa.
Coceira: Sensação de prurido no couro cabeludo.
Vermelhidão: Inflamação do couro cabeludo.
Caspa: Descamação do couro cabeludo.
Quebra dos fios: Fragilidade capilar.
Alterações na cor: Aumento ou diminuição da pigmentação.
Dor: Em alguns casos, pode haver dor no couro cabeludo.
As unhas, como anexos cutâneos, são formadas por células queratinizadas e podem sofrer diversas alterações que se manifestam como disfunções, distúrbios ou patologias. Essas condições podem afetar a aparência, a saúde e a função das unhas, causando incômodo e, em alguns casos, indicando problemas de saúde mais graves.
Causas das Alterações nas Unhas
Infecções: Fúngicas (micoses), bacterianas ou virais.
Doenças sistêmicas: Diabetes, doenças da tireoide, psoríase, lúpus.
Deficiências nutricionais: Falta de vitaminas e minerais.
Traumatismos: Batidas, mordidas, uso excessivo de produtos químicos.
Medicamentos: Alguns medicamentos podem causar alterações nas unhas.
Doenças das unhas: Onicomicose, psoríase ungueal, líquen plano ungueal.
Hábito de roer as unhas: Onicofagia.
Tipos de Alterações nas Unhas
Alterações na cor:
Unhas amareladas: Podem indicar infecção fúngica, psoríase ou uso excessivo de esmalte.
Unhas brancas: Podem ser causadas por deficiência de zinco ou albumina.
Linhas de Mees: Linhas brancas transversais nas unhas, relacionadas a doenças sistêmicas.
Unhas azuladas: Podem indicar problemas circulatórios ou doenças cardíacas.
Alterações na forma:
Unhas em colher: Unhas côncavas, podem indicar anemia ferropriva.
Unhas clubbing: Unhas arredondadas e espessas, associadas a doenças pulmonares crônicas.
Unhas estriadas: Linhas longitudinais, podem ocorrer com o envelhecimento ou por trauma.
Alterações na textura:
Unhas quebradiças: Podem ser causadas por uso excessivo de água e produtos químicos, ou por deficiências nutricionais.
Unhas espessas: Associadas a infecções fúngicas ou psoríase.
Outras alterações:
Onicomicose: Infecção fúngica da unha.
Onicólise: Separação da lâmina ungueal (a parte visível da unha) do leito ungueal (a pele por baixo da unha). Isso resulta em um espaço entre a unha e a pele, que pode ser preenchido por ar ou detritos. A onicólise pode ocorrer em uma ou mais unhas e pode afetar tanto as mãos quanto os pés.
Paroníquia: Inflamação da pele ao redor da unha.
Psoríase ungueal: Acometimento das unhas pela psoríase.
Líquen plano ungueal: Doença autoimune que afeta as unhas.
Figura - Onicólise
Fonte: Tua saúde
São pequenas glândulas que produzem sebo, uma substância oleosa que ajuda a lubrificar a pele e os cabelos. Quando essas glândulas funcionam de forma inadequada, podem surgir diversos problemas de pele.
Uma das condições mais comuns, a acne ocorre quando os poros da pele se obstruem com sebo e células mortas. Bactérias presentes na pele podem causar inflamação, resultando em espinhas, cravos e outros tipos de lesões.
Imagem – Acne vulgar
Fonte: Lecturio
. A hiperplasia sebácea é uma condição cutânea benigna caracterizada pelo aumento das glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de sebo, uma substância oleosa que lubrifica a pele. Esse aumento glandular resulta em pequenas pápulas amareladas ou da mesma cor da pele, geralmente encontradas no rosto, especialmente em pessoas idosas. A causa exata da hiperplasia sebácea ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que a ação dos hormônios androgênicos tenha um papel importante. Com a diminuição desses hormônios, o amadurecimento das células das glândulas sebáceas é alterado, levando ao aumento de seu tamanho. Em muitos casos, o tratamento da hiperplasia sebácea não é necessário, pois as lesões são benignas e não causam problemas de saúde. No entanto, se as lesões forem consideradas esteticamente desagradáveis, algumas opções de tratamento podem ser consideradas:
Crioterapia: Utilização de nitrogênio líquido para destruir as lesões.
Cauterização: Utilização de eletrocautério para destruir as lesões.
Laser: Remoção das lesões através da aplicação de laser.
Excisão cirúrgica: Remoção das lesões através de um pequeno corte na pele.
Figura – Hiperplasia sebácea
Fonte: Dermapixel
Já os cistos sebáceos são bolsas cheias de sebo que se formam sob a pele. Geralmente são indolores, mas podem inflamar e causar desconforto. É um pequeno caroço que se forma sob a pele, geralmente arredondado e macio ao toque. Ele ocorre devido ao bloqueio de uma glândula sebácea, fazendo com que o sebo (substância oleosa produzida pela pele) se acumule, formando uma pequena bolsa
Figura – Cisto sebáceo
Fonte: Claudio Lemos
Vale ainda comentar sobre o carcinoma de células sebáceas. Este é um tipo de câncer de pele que se desenvolve a partir das glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de óleo na pele. Embora seja um tipo raro de câncer, é importante conhecê-lo. A causa exata do carcinoma de células sebáceas ainda não é completamente compreendida, mas alguns fatores de risco estão associados a ele:
Idade: É mais comum em pessoas idosas.
Exposição ao sol: A radiação ultravioleta pode desempenhar um papel no desenvolvimento desse tipo de câncer.
Imunossupressão: Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como aqueles que fazem transplantes ou usam medicamentos imunossupressores, têm maior risco.
Síndrome de Muir-Torre: Uma doença genética rara associada ao desenvolvimento de carcinoma de células sebáceas e outros tipos de câncer.
O carcinoma de células sebáceas geralmente se manifesta como um nódulo ou pápula na pele, que pode ser:
Vermelho ou rosado
Ceroso ou brilhante
Com escamas ou crostas
Indolor
Os locais mais comuns para o aparecimento desse tipo de câncer são:
Pálpebras: É o local mais comum, podendo causar inchaço, vermelhidão e perda de cílios.
Rosto: Testa, nariz, bochechas e queixo.
Couro cabeludo
Tronco
Genitais
É importante ressaltar que nem todos os nódulos ou lesões na pele são cancerígenos. Apenas um dermatologista pode fazer um diagnóstico preciso. O diagnóstico do carcinoma de células sebáceas é feito através da biópsia da lesão. Um pequeno pedaço da lesão é removido e examinado em um laboratório para confirmar a presença de células cancerígenas.
As glândulas sudoríparas desempenham um papel fundamental na regulação da temperatura corporal. Quando essas glândulas não funcionam corretamente, podem surgir diversos distúrbios que impactam significativamente a qualidade de vida.
Conforme já mencionado neste material, existem dois tipos principais de glândulas sudoríparas:
Écrinas: Presentes em todo o corpo, produzem suor aquoso e transparente, cuja principal função é a termorregulação.
Apócrinas: Concentradas em áreas como axilas, virilhas e couro cabeludo, produzem um suor mais espesso e rico em proteínas, que se torna odorífero ao entrar em contato com as bactérias da pele.
Dentre os distúrbios mais comuns que existem neste anexo, podemos citar: A hiperidrose caracterizada por sudorese excessiva, podendo afetar todo o corpo ou áreas específicas (palmas das mãos, plantas dos pés, axilas). Dentre as causas principais estão fatores genéticos, emocionais, hormonais, medicamentos, doenças neurológicas; Bromidrose caracterizada por odor corporal desagradável causado pela decomposição bacteriana do suor. A bromidose é consequência de bactérias presentes na pele, dieta rica em alimentos com forte odor e má higiene; a hidradenite supurativa é uma infecção crônica das glândulas apócrinas, caracterizada por nódulos dolorosos e abscessos, causada por bactérias, fatores hormonais e genética; a anidrose é a ausência total ou parcial de suor e é causada por doenças neurológicas distúrbios gustativos que é a sudorese excessiva após a ingestão de determinados alimentos. As causas, no entanto, são desconhecidas, mas podem estar relacionadas a distúrbios neurológicos.
ATA têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver outras doenças
autoimunes, como:
Tireoidite de Hashimoto: Uma doença autoimune da tireoide.
Diabetes tipo 1: Uma doença autoimune que afeta a produção de insulina.
Vitiligo: Outra doença autoimune da pele caracterizada pela perda de pigmentação.
Artrites reumatoides: Doença inflamatória crônica que afeta as articulações.
Mas por que esta associação?
Acredita-se que essa associação esteja relacionada a uma disfunção generalizada do sistema imunológico. Indivíduos com alopecia areata podem ter uma predisposição genética que os torna mais suscetíveis a desenvolver outros distúrbios autoimunes. Além disso, a inflamação crônica associada à alopecia areata pode desencadear respostas autoimunes em outros órgãos e tecidos.
Estudos sobre a relação entre alopecia areata e outras doenças autoimunes podem levar a novas descobertas sobre a etiologia e o tratamento de ambas as condições.
Em resumo, a alopecia areata não é apenas uma condição que afeta os cabelos, mas pode ser um sinal de uma disfunção mais ampla do sistema imunológico. Essa relação complexa entre a alopecia areata e outras doenças autoimunes continua sendo objeto de pesquisa e abre novas perspectivas para o tratamento e acompanhamento desses pacientes.
Aqui estão algumas dicas e recursos úteis para que você possa se aprofundar mais neste universo das patologias, distúrbios e disfunções em anexos cutâneos:
Sites e portais confiáveis:
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): O site oficial da SBD oferece informações atualizadas sobre diversas doenças de pele, incluindo as que acometem os anexos cutâneos. Você encontrará artigos, notícias e orientações para pacientes.
PubMed: Uma das maiores bases de dados de artigos científicos do mundo. Nele, você pode encontrar estudos e pesquisas sobre diversas patologias dos anexos cutâneos.
SciELO: Plataforma brasileira de periódicos científicos eletrônicos, com acesso gratuito a muitos artigos sobre dermatologia.
Livros e publicações
Manuais de dermatologia: Obras como o "Fitzpatrick's Dermatology in General Medicine" e o "Andrews' Diseases of the Skin" são referências clássicas para dermatologistas e estudantes da área.
Revistas científicas: Publicações como a "Anais Brasileiros de Dermatologia" e o "Journal of the American Academy of Dermatology" trazem artigos atualizados sobre as últimas pesquisas e avanços no tratamento das doenças dos anexos cutâneos.
Conforme vimos até agora, os anexos cutâneos, como cabelos, unhas e glândulas, são estruturas complexas que podem ser afetadas por diversas patologias. O tratamento dessas condições exige um conhecimento profundo da anatomia e fisiologia da pele, bem como das diversas técnicas e terapias disponíveis.
Os tratamentos para as patologias dos anexos cutâneos são personalizados e podem envolver uma combinação de abordagens, inclusive terapêuticas, como:
Medicamentos:
Tópicos: Cremes, loções e pomadas com substâncias como corticosteroides, anti-inflamatórios, antifúngicos e antibióticos.
Orais: Cápsulas ou comprimidos com medicamentos sistêmicos para tratar condições mais graves ou extensas.
Injetáveis: Aplicação direta de medicamentos na lesão, como a toxina botulínica para hiperidrose.
Procedimentos dermatológicos:
Crioterapia: Utilização de nitrogênio líquido para destruir lesões.
Figura – Crioterapia
Fonte: Forbes
Laserterapia: Emprego de diferentes tipos de laser para tratar diversas condições, como alopecia, psoríase e manchas.
Figura – Laserterapia
Fonte: Complexo Vitta
Peeling químico: Remoção das camadas superficiais da pele para promover a renovação celular.
Figura – Peeling químico
Fonte: Dermaclub
Microagulhamento: Indução de microlesões na pele para estimular a produção de colágeno e elastina.
Figura - Microagulhamento
Fonte: Ser cirurgia plástica
Cirurgia:
Excisão: Remoção cirúrgica de lesões benignas ou malignas.
Transplante capilar: Procedimento para restaurar a área com perda de cabelo.
Figura – Transplante Capilar
Fonte: Uol
Terapias complementares:
Fototerapia: Exposição da pele à luz ultravioleta para tratar psoríase e outras doenças inflamatórias.
Imagem - Fotorerapia
Fonte: Diversità
Acupuntura: Utilizada para aliviar a dor e reduzir a inflamação em algumas condições.
Imagem - Acupuntura
Fonte: Terra
Relembrando as patologias descritas na unidade II, podemos citar alguns tratamentos específicos, como:
Alopecia areata: Corticosteroides tópicos e injetáveis, minoxidil, imunoterapia, plasma rico em plaquetas e transplante capilar.
Psoríase ungueal: Corticosteroides tópicos, antifúngicos, fototerapia e medicamentos sistêmicos.
Onicomicose: Antifúngicos tópicos e orais.
Acne: Antibióticos, retinoides, ácido salicílico, peróxido de benzoíla e procedimentos como extração de comedões e laser.
Hiperidrose: Antitranspirantes, toxina botulínica, cirurgia.
Contudo, antes de partir para tratamentos específicos, é possível trabalhar na prevenção de qualquer problema mantendo a pele e seus anexos saudáveis ao adotar hábitos de vida saudáveis, como:
Limpeza adequada: Lavar a pele com produtos adequados ao seu tipo e frequência.
Hidratação: Utilizar hidratantes para manter a pele macia e protegida.
Proteção solar: Usar protetor solar diariamente para prevenir o envelhecimento precoce e o câncer de pele.
Alimentação equilibrada: Consumir alimentos ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes.
Hidratação: Beber bastante água para manter a pele hidratada por dentro.
Sono adequado: O sono é essencial para a regeneração da pele.
Evitar o estresse: O estresse pode agravar problemas de pele.
Consulta regular ao dermatologista: Para um diagnóstico e tratamento adequados de qualquer problema de pele.
A escolha da técnica ideal dependerá da condição a ser tratada, das características individuais do paciente e da avaliação profissional. Abaixo, detalhamos algumas das principais técnicas utilizadas em cada um dos anexos cutâneos e áreas ligadas a estes anexos:
Os cabelos são uma parte fundamental da nossa aparência e autoestima. Com o avanço da tecnologia e da medicina, diversas técnicas e procedimentos estéticos surgiram para tratar problemas capilares, como queda de cabelo, calvície, cabelos finos e com pouco volume. O tratamento das disfunções nos pelos varia de acordo com a causa e a gravidade da condição. As opções terapêuticas incluem:
Higiene e Limpeza:
Lavagem: Utilizando xampus específicos para cada tipo de cabelo e couro cabeludo, a lavagem remove a oleosidade, impurezas e resíduos de produtos.
Esfoliação: Remove células mortas do couro cabeludo, estimulando a renovação celular e a microcirculação.
Hidratação e Nutrição:
Máscaras: Repõem a umidade dos fios, deixando-os mais macios e brilhantes.
Condicionadores: Facilitam o desembaraço e proporcionam brilho.
Óleos capilares: Nutrem os fios em profundidade, selando as cutículas e evitando a perda de água.
Ampolas: Tratamentos intensivos para cabelos danificados e com necessidades específicas.
Tratamentos Químicos:
Alisamentos: Reduzem o volume e o frizz dos cabelos, proporcionando um efeito liso.
Relaxamentos: Afrouxam os cachos e ondas, deixando os cabelos mais soltos.
Colorações: Alteram a cor natural dos cabelos, podendo clarear, escurecer ou tonalizar.
Permanentes: Criam ondas ou cachos nos cabelos.
Tratamentos Físicos:
Laserterapia: Estimula o crescimento capilar, fortalece os fios e trata problemas como queda de cabelo e caspa.
Ionização: Facilita a penetração de produtos capilares nos fios, potencializando seus efeitos.
Ozonioterapia: Aumenta a oxigenação do couro cabeludo, estimulando a circulação sanguínea e o crescimento capilar.
Tratamentos Cosméticos:
Tônicos capilares: Equilibram a oleosidade do couro cabeludo e fortalecem os fios.
Loções capilares: Hidratam e nutrim os cabelos.
Sérums capilares: Protegem os fios do calor, poluição e outros danos externos.
Procedimentos Estéticos:
Microagulhamento: Cria microlesões no couro cabeludo, estimulando a produção de colágeno e elastina e o crescimento capilar.
Transplante capilar: Procedimento cirúrgico para restaurar áreas com perda de cabelo.
FUE (Follicular Unit Extraction): Extração individual dos folículos pilosos da área doadora (geralmente a nuca) e implantação na área calva. É um método menos invasivo e com recuperação mais rápida.
FUT (Follicular Unit Transplantation): Remoção de uma faixa de couro cabeludo com folículos pilosos da área doadora e divisão em unidades foliculares para implantação na área receptora.
Laserterapia de Baixa Intensidade: Estimula o crescimento capilar, aumenta o fluxo sanguíneo no couro cabeludo e fortalece os folículos pilosos.
Mesoterapia Capilar: Consiste na aplicação de microinjeções no couro cabeludo com vitaminas, minerais e outros nutrientes que estimulam o crescimento capilar.
Figura – Mesoterapia capilar
Fonte: Oriente Capilar
PRP (Plasma Rico em Plaquetas): O plasma rico em plaquetas do próprio paciente é injetado no couro cabeludo, estimulando a regeneração dos tecidos e o crescimento capilar.
Figura – PRP
Fonte: Dra. Lorena Ávila
Microagulhamento: Cria microperfurações no couro cabeludo, estimulando a produção de colágeno e elastina e melhorando a circulação sanguínea.
Tratamentos com Medicamentos ou Tratamentos orais: Medicamentos para tratar doenças sistêmicas que afetam os pelos.
Minoxidil: Estimula o crescimento capilar e prolonga a fase de crescimento dos fios.
Finasterida: Inibe a ação da enzima 5-alfa redutase, responsável pela conversão da testosterona em diidrotestosterona (DHT), que causa a miniaturização dos folículos pilosos.
Outros Tratamentos:
Carboxiterapia: Aplicação de gás carbônico para estimular a circulação sanguínea e o crescimento capilar.
Figura – Carboxiterapia
Fonte: Elegance Face
Há, ainda, tratamentos para o crescimento piloso que são
Depilação (cera, pinça, depilador elétrico).
Epilação (laser, luz pulsada intensa).
Figura – Diferenças entre os termos depilação e epilação
Fonte: Cursos da escola e educação
Muitas vezes, os termos depilação e epilação são utilizados como sinônimos, mas eles possuem significados distintos e envolvem técnicas diferentes. Por exemplo, a depilação a laser na verdade é um método de epilação, pois remove o pelo pela raiz. Algumas pessoas possuem contraindicações para determinados métodos de depilação ou epilação, como gestantes, pessoas com problemas de pele ou que fazem uso de determinados medicamentos. Além disso, após a depilação ou epilação, é importante hidratar a pele e evitar exposição ao sol para evitar irritações.
Depilação: Remoção temporária dos pelos (cera, pinça, depilador elétrico).
Epilação: Remoção definitiva dos pelos (laser, luz pulsada intensa, eletrolise).
A depilação consiste na remoção dos pelos apenas na superfície da pele, ou seja, a parte visível do pelo é cortada. Os métodos mais comuns são lâminas, cremes depilatórios e aparadores são os métodos mais comuns de depilação. O efeito da depilação é temporário, pois os pelos voltam a crescer rapidamente. A vantagem é que é um método rápido, prático e geralmente menos doloroso que a epilação. Por outro lado, a desvantagem é que o resultado não dura muito tempo e pode causar irritação na pele, principalmente em pessoas com pele sensível.
Já a epilação envolve a remoção completa do pelo, desde a raiz. Isso significa que o pelo é retirado junto com o folículo piloso. Os métodos são cera quente ou fria, pinça, linha, depilador elétrico, laser, luz pulsada intensa e eletrólise são alguns dos métodos de epilação. O resultado da epilação dura mais tempo do que a depilação, pois os pelos demoram mais para crescer. A vantagem é que este método proporciona uma pele lisa por mais tempo e com o tempo pode resultar em um crescimento mais fino e menos denso dos pelos. No entanto, a técnica possui desvantagens, pois pode ser mais dolorosa que a depilação, principalmente nas primeiras sessões. Alguns métodos, como laser e luz pulsada, possuem restrições e cuidados específicos.
A escolha entre depilação e epilação depende de diversos fatores, como:
Dor: Se você tem muita sensibilidade à dor, a depilação pode ser uma opção mais confortável.
Tempo: Se você busca um resultado rápido e prático, a depilação é mais indicada.
Duração: Se você deseja uma pele lisa por mais tempo, a epilação é a melhor opção.
Custo: Os métodos de epilação geralmente são mais caros que os métodos de depilação.
Tipo de pele: Pessoas com pele sensível devem optar por métodos mais suaves, como a depilação com lâmina ou cremes depilatórios.
Em resumo, portanto, podemos dizer que
Característica
Depilação
Epilação
Remoção do pelo
Superfície da pele
Raiz
Métodos
Lâmina, creme depilatório, aparador
Cera, pinça, linha, laser, luz pulsada, eletrólise
Duração do resultado
Temporário
Mais duradouro
Dor
Menor
Maior
Custo
Mais barato
Mais caro
As técnicas estéticas para unhas são diversas e visam não apenas embelezar, mas também cuidar da saúde e fortalecer as unhas naturais. A escolha da técnica ideal dependerá do gosto pessoal, do estilo de vida e das necessidades de cada indivíduo.
Confira as principais técnicas:
Manicure e Pedicure:
Clássica: Limpeza, lixamento, hidratação das unhas e cutículas, aplicação de esmalte.
SPA: Versão mais relaxante, com massagens, esfoliação e hidratação profunda.
Francesa: Clássica e elegante, com a ponta da unha em tom claro e a base em tom nude.
Figura – Francesa
Fonte: Studio Andréa Aronne
Russa: Técnica que prioriza a saúde da unha, com remoção completa da cutícula e uso de produtos específicos.
Figura – Cutilagem Russa
Fonte: Blog Manicure Criativa
Alongamento de Unhas:
Gel: Material moldável que permite criar diferentes formatos e tamanhos de unhas.
Acrílico: Material mais resistente e de longa duração, ideal para unhas frágeis.
Fibra de vidro: Material mais leve e flexível, proporcionando um aspecto natural.
Tips: Pontas artificiais que servem como base para o alongamento.
Moldes: Material descartável que permite personalizar o formato da unha.
Figura – Alongamento de unhas
Fonte: Miss Nails
Decoração:
Nail art: Criação de desenhos, estampas e efeitos especiais nas unhas, utilizando diversas técnicas e materiais.
Adesivos: Aplicação de adesivos prontos para personalizar as unhas.
Pedrarias: Uso de strass, pérolas e outros adereços para decorar as unhas.
Esmaltes especiais: Glitter, holográficos, magnetizados, entre outros.
Tratamentos:
Fortalecedor de unhas: Produtos que ajudam a fortalecer as unhas fracas e quebradiças.
Tratamento para micose de unha: Aplicação de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
Tratamento para unhas encravadas: Remoção parcial da unha, uso de palitos ortodônticos.
Tratamentos para micose de unha: Aplicação de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.
Tratamento para unhas roídas: Orientação psicológica e uso de produtos que amargam as unhas.
Outras Técnicas:
Blindagem: Reforço da unha natural com gel ou fibra de vidro, proporcionando maior resistência.
Encapsulamento: Técnica que consiste em encapsular flores, pedrarias ou outros elementos dentro da unha.
Fatores a considerar ao escolher uma técnica:
Tipo de unha: Se são fracas, quebradiças, descamadas ou saudáveis.
Estilo de vida: Se você realiza atividades que exigem resistência das unhas.
Ocasião: Para o dia a dia, eventos especiais ou para trabalhar.
Tempo disponível: Algumas técnicas exigem mais tempo para serem realizadas.
Orçamento: O custo das técnicas pode variar bastante.
As glândulas sudoríparas e sebáceas são estruturas importantes da pele, responsáveis pela produção de suor e sebo, respectivamente. Distúrbios nessas glândulas podem causar diversas condições, como hiperidrose (suor excessivo), acne e outras dermatoses que refletem diretamente na pele. As técnicas estéticas para a pele são diversas e visam melhorar a aparência, textura e saúde da pele. A escolha da técnica ideal dependerá das necessidades e características individuais de cada pessoa.
Limpeza de pele: Remoção de impurezas, cravos e milium.
Extração de comedões: Remoção manual de cravos e milium.
Vapor de ozônio: Abre os poros e facilita a extração de impurezas.
Ultrassom: Auxilia na limpeza profunda e na penetração de produtos.
Esfoliação:
Peeling de diamante: Esfoliação mais superficial, indicada para peles sensíveis.
Peeling químico: Exfoliação da pele com ácidos para promover a renovação celular.
Microdermoabrasão: Esfoliação mecânica da pele para remover células mortas.
Tratamentos para acne: Extração de comedões, aplicação de ácidos, uso de medicamentos tópicos e sistêmicos.
Tratamentos para manchas: Laser, peelings químicos, cremes clareadores.
Hidratação e Nutrição
Máscaras faciais: Hidratam, nutriem e revitalizam a pele.
Sérums: Concentrados de ativos que tratam problemas específicos da pele.
Cremes hidratantes: Formam uma barreira protetora e evitam a perda de água.
Tratamentos para rugas e flacidez: Laser, radiofrequência, ultrassom, fios de sustentação.
Tratamentos para celulite: Carboxiterapia, massagem modeladora, radiofrequência.
Depilação e epilação: Cera, pinça, depilador elétrico, laser, luz pulsada intensa, eletrolise.
Relacionando o tratamento à disfunção:
Acne: Extração de comedões, peelings químicos, uso de ácidos, luz pulsada intensa (IPL).
Manchas: Laser, peelings químicos, cremes clareadores.
Rugas e linhas de expressão: Preenchimento com ácido hialurônico, botox, fios de sustentação, laser fracionado.
Flacidez: Radiofrequência, ultrassom microfocado, fios de sustentação.
Celulite: Carboxiterapia, massagem modeladora, radiofrequência.
Outras Técnicas
Massagem facial: Relaxa os músculos faciais e melhora a circulação.
Drenagem linfática facial: Reduz o inchaço e melhora a oxigenação dos tecidos.
Crioterapia: Aplicação de frio para reduzir inflamação e vasoconstrição.
Termoterapia: Aplicação de calor para aumentar a circulação e relaxar os músculos.
Eletroterapia: Uso de corrente elétrica para diversos fins, como ionização e eletrolifting.
A hiperidrose, ou suor excessivo, pode ser um problema socialmente embaraçoso e afetar a qualidade de vida. Existem diversas opções de tratamento para essa condição, incluindo:
Antitranspirantes: Contêm sais de alumínio que obstruem temporariamente os ductos das glândulas sudoríparas.
Toxina botulínica (Botox): Bloqueia os impulsos nervosos que estimulam a produção de suor, sendo eficaz para áreas localizadas como axilas, mãos e pés.
Iontoforese: Uma corrente elétrica de baixa intensidade é aplicada na pele para reduzir a sudorese.
Figura - Iontoforese
Fonte: Medical Expo
Cirurgia: Em casos mais graves, a simpatectomia pode ser indicada, mas apresenta riscos e complicações.
Os distúrbios das glândulas sebáceas estão frequentemente associados à acne. O tratamento da acne visa controlar a produção de sebo, reduzir a inflamação e prevenir a formação de cicatrizes. Algumas opções incluem:
Retinoides: Derivados da vitamina A que regulam a produção de sebo, reduzem a inflamação e promovem a renovação celular.
Antibióticos: Utilizados para combater as bactérias que causam a acne.
Ácido salicílico e peróxido de benzoíla: Agentes comedolíticos que ajudam a remover cravos e espinhas.
Procedimentos dermatológicos: Peeling químico, microdermoabrasão, laser e luz intensa pulsada (IPL) podem ser utilizados para tratar cicatrizes de acne e melhorar a textura da pele.
Tratamentos hormonais: Em alguns casos, como na acne hormonal, podem ser indicados anticoncepcionais ou outros medicamentos que regulam os hormônios.
Além da hiperidrose e da acne, outras patologias podem afetar as glândulas sudoríparas e sebáceas, como:
Hidradenite supurativa: Doença inflamatória crônica que acomete as glândulas apócrinas, geralmente nas axilas e virilhas. O tratamento pode incluir antibióticos, corticosteroides, imunobiológicos e cirurgia.
Milária: Erupção cutânea causada pelo bloqueio das glândulas sudoríparas. O tratamento consiste em manter a pele fresca e seca.
Cistos sebáceos: Massas benignas formadas pela obstrução das glândulas sebáceas. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.
É importante e de fundamental importância o conhecimento anatômico e fisiológico do sistema para que seja possível considerar alguns fatores ao escolher uma técnica, como:
Tipo de pele: Se é oleosa, seca, mista ou sensível.
Problema a ser tratado: Acne, manchas, rugas, flacidez, etc.
Expectativas: O que você deseja alcançar com o tratamento.
Orçamento: Os preços dos tratamentos podem variar bastante.
Tipo de patologia: Cada doença tem suas características e exige um tratamento específico.
Gravidade da doença: A extensão e a intensidade dos sintomas influenciam a escolha do tratamento.
Localização das lesões: A área do corpo afetada pode determinar o tipo de tratamento mais adequado.
Idade do paciente: Crianças e idosos podem necessitar de cuidados especiais.
Comorbidades: A presença de outras doenças pode influenciar o tratamento.
Além das técnicas mencionadas acima, existem outras opções disponíveis no mercado, como:
Cosmetologia: Produtos cosméticos específicos para cada tipo de anexo cutâneo e suas funções.
Dermatologia: Breve abordagem sobre doenças dermatológicas que acometem os anexos cutâneos.
Aromaterapia: Uso de óleos essenciais para tratamentos estéticos dos anexos cutâneos.
Fitoterapia: Utilização de plantas medicinais para o tratamento de distúrbios dos anexos cutâneos.
Tendências e novidades: Apresentação das últimas tendências em tratamentos estéticos para os anexos cutâneos.
Radiofrequência: Estimula a produção de colágeno e elastina, melhorando a textura e firmeza da pele.
Ultrassom: Promove a penetração de produtos cosméticos e auxilia na redução de medidas.
Carboxiterapia: Aplicação de gás carbônico para melhorar a circulação e combater a celulite.
Massagem: Relaxante, modeladora, drenagem linfática.
Eletroterapia: Uso de corrente elétrica para diversos fins, como estimulação muscular, ionização, etc.
Aromaterapia: Uso de óleos essenciais para fins terapêuticos e estéticos.
Fitoterapia: Utilização de plantas medicinais para o tratamento de diversas condições.
Uma avaliação completa dos anexos cutâneos, especialmente dos cabelos, é fundamental para identificar as necessidades individuais de cada cliente e indicar o tratamento mais adequado. Essa avaliação deve ser realizada por um profissional qualificado, como um dermatologista ou tricologista, e envolve uma série de etapas.
Anamnese:
Histórico de saúde: Perguntar sobre doenças pré-existentes, medicamentos em uso, histórico familiar de queda de cabelo, cirurgias e tratamentos anteriores.
Hábitos: Investigar sobre dieta, hábitos de vida, uso de produtos capilares, estresse, tabagismo e consumo de álcool.
Queixas: Analisar as principais queixas do paciente, como queda de cabelo, coceira, caspa, oleosidade excessiva ou ressecamento.
Exame Físico:
Inspeção visual: Avaliar a densidade capilar, distribuição dos cabelos, presença de áreas de afinamento ou calvície, coloração, brilho e textura dos fios.
Palpação do couro cabeludo: Verificar a presença de escamas, crostas, nódulos, sensibilidade e espessura do couro cabeludo.
Puxão de fios: Realizar um teste de puxão suave para avaliar a força de ancoragem dos fios.
Tricoscopia: Exame não invasivo que utiliza uma lupa com luz polarizada para visualizar o couro cabeludo e os folículos pilosos em maior detalhe.
Exames Complementares (quando necessário):
Exames de sangue: Avaliar hormônios, nutrientes, marcadores inflamatórios e possíveis doenças sistêmicas.
Biópsia: Exame histopatológico para analisar um fragmento do couro cabeludo e identificar possíveis doenças.
Cultura de fungos: Para identificar a presença de fungos em casos de suspeita de dermatofitoses.
Wood: Exame com luz ultravioleta para identificar a presença de fungos ou outras alterações no couro cabeludo.
Após a coleta de todas as informações, o profissional deverá analisar os dados e chegar a um diagnóstico preciso. Com base nesse diagnóstico, será possível indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
A profissão de esteticista exige um profundo conhecimento sobre a pele, seus anexos e as diversas técnicas disponíveis para tratamentos estéticos. Além disso, é fundamental que o profissional ofereça um atendimento seguro e ético aos seus clientes, garantindo resultados satisfatórios e minimizando riscos.
Orientações Essenciais:
Formação Acadêmica Completa:
Buscar uma formação sólida em estética, com conhecimentos teóricos e práticos sobre anatomia, fisiologia da pele, patologias dermatológicas, cosmetologia e técnicas estéticas.
Estar atualizado sobre as novidades do mercado e as tendências em estética.
Registro Profissional:
Verificar a necessidade de registro em conselhos de classe e obter as certificações necessárias para atuar legalmente na profissão.
Atendimento Individualizado:
Realizar uma avaliação completa da pele do cliente antes de iniciar qualquer tratamento, identificando suas necessidades e possíveis contraindicações.
Elaborar um plano de tratamento personalizado, considerando o tipo de pele, idade, histórico de saúde e expectativas do cliente.
Produtos de Qualidade:
Utilizar produtos cosméticos de qualidade, com registro na Anvisa e indicados para cada tipo de pele e tratamento.
Evitar produtos falsificados ou de procedência duvidosa, que podem causar reações alérgicas e outros problemas.
Higienização e Assepsia:
Manter o ambiente de trabalho limpo e organizado, utilizando materiais esterilizados e descartáveis quando necessário.
Lavar as mãos corretamente antes e após cada atendimento e utilizar luvas descartáveis durante os procedimentos.
Técnicas Corretas:
Dominar as técnicas estéticas escolhidas para cada tratamento, seguindo as orientações dos fabricantes e as boas práticas da profissão.
Evitar realizar procedimentos invasivos sem a devida qualificação e autorização.
Comunicação Clara e Transparente:
Explicar detalhadamente ao cliente os procedimentos a serem realizados, os possíveis resultados, os cuidados pós-tratamento e os riscos envolvidos.
Escutar atentamente as dúvidas e preocupações do cliente, respondendo de forma clara e objetiva.
Consentimento Informado:
Obter o consentimento por escrito do cliente antes de iniciar qualquer procedimento, informando sobre os riscos, benefícios e alternativas.
Ética Profissional:
Respeitar a privacidade e a individualidade de cada cliente.
Manter sigilo sobre as informações pessoais dos clientes.
Agir com honestidade e transparência em todas as suas relações profissionais.
Além disso, a capacitação contínua é fundamental para o profissional de estética que busca se destacar no mercado e oferecer tratamentos seguros e eficazes para seus clientes. A área da estética está em constante evolução, com o surgimento de novas tecnologias, produtos e técnicas. Por isso, é essencial que o profissional esteja sempre atualizado e preparado para atender às demandas do mercado e as expectativas dos clientes.
É importante investir na capacitação devido à
Atualização: Acompanhar as últimas tendências e novidades do mercado.
Qualificação: Desenvolver novas habilidades e aprimorar as já existentes.
Diferenciação: Oferecer tratamentos exclusivos e personalizados.
Segurança: Garantir a segurança dos clientes ao realizar procedimentos estéticos.
Credibilidade: Construir uma imagem de profissional competente e confiável.
São áreas de conhecimento essenciais para o profissional de estética:
Anatomia e fisiologia da pele: Conhecer a estrutura e as funções da pele é fundamental para entender os mecanismos de ação dos tratamentos estéticos.
Patologias da pele: Identificar as principais doenças de pele e seus tratamentos.
Cosmetologia: Conhecer os ingredientes dos cosméticos, suas funções e indicações.
Aparelhos e equipamentos: Dominar o funcionamento dos equipamentos utilizados nos tratamentos estéticos.
Técnicas de massagem: Realizar massagens relaxantes e terapêuticas.
Atendimento ao cliente: Oferecer um atendimento personalizado e humanizado.
Biossegurança: Garantir a segurança dos clientes e do profissional durante os procedimentos.
Existem diversas formas de se manter atualizado como profissional de estética:
Cursos e workshops: Participar de cursos e workshops sobre as últimas novidades do mercado.
Congressos e eventos: Frequentar congressos e eventos da área para conhecer novas técnicas e produtos.
Leituras: Ler artigos científicos, revistas especializadas e livros sobre estética.
Grupos de estudo: Participar de grupos de estudo e trocar experiências com outros profissionais.
Cursos online: Aprender no conforto de sua casa através de cursos online.
As principais áreas de atuação do profissional de estética são
Estética facial: Limpeza de pele, tratamentos para acne, rejuvenescimento facial, remoção de pelos, etc.
Estética corporal: Massagens, tratamentos para celulite, gordura localizada e flacidez, depilação, etc.
Maquiagem: Maquiagem social, artística e para noivas.
Unhas: Manicure, pedicure, alongamento de unhas, etc.
Cabelos: Cortes, colorações, tratamentos capilares, etc.
Para finalizar, algumas dicas para o sucesso na carreira de esteticista:
Invista em você: Faça cursos de aperfeiçoamento e busque sempre se qualificar.
Atualize-se: Acompanhe as tendências do mercado e as novidades tecnológicas.
Seja ético: Respeite o código de ética da profissão e trabalhe com responsabilidade.
Construa um bom relacionamento com seus clientes: Ofereça um atendimento personalizado e humanizado.
Divulgue seu trabalho: Utilize as redes sociais e outras ferramentas de divulgação para atrair novos clientes.
Você sabia que a saúde da nossa pele, cabelos e unhas está intimamente ligada ao nosso bem-estar emocional? Essa conexão pode parecer surpreendente à primeira vista, mas diversas pesquisas científicas têm demonstrado que o estresse, a ansiedade e a depressão podem afetar diretamente os anexos cutâneos, causando problemas como queda de cabelo, unhas quebradiças e dermatites.
Figura – Estresse associado à queda de cabelo
Fonte: Visobell Italique
Você sabe como isso acontece?
O estresse desencadeia uma série de reações no organismo, incluindo a liberação de hormônios como o cortisol. O cortisol, por sua vez, pode interferir
na produção de sebo, na renovação celular da pele e no ciclo de crescimento capilar. Além disso, o estresse crônico pode levar a hábitos prejudiciais à saúde da pele, como a má alimentação, o sono irregular e o consumo excessivo de álcool e tabaco.
A técnica em anexos cutâneos, além de tratar problemas estéticos, pode ser uma aliada importante no cuidado da saúde emocional. Ao proporcionar momentos de relaxamento e bem-estar, os tratamentos estéticos podem ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, contribuindo para a melhora da saúde da pele, dos cabelos e das unhas.
Alguns exemplos de tratamentos que podem auxiliar na saúde emocional:
Massagens relaxantes: A massagem promove a liberação de endorfinas, hormônios que proporcionam sensação de bem-estar e aliviam o estresse.
Acupuntura: Essa técnica milenar pode ajudar a reduzir o estresse, a ansiedade e a insônia, além de tratar diversas outras condições.
Yoga e meditação: Essas práticas promovem o relaxamento, a concentração e o equilíbrio emocional, contribuindo para a saúde da pele e dos cabelos.
Para fixação do conteúdo e reflexão sobre possíveis soluções de problemas relacionados aos anexos cutâneos, vejamos os estudos dos casos a seguir:
SITUAÇÃO 1
Ana, 35 anos, procurou uma clínica de estética com queixas de acne persistente, oleosidade excessiva e manchas na pele. Além dos problemas estéticos, Ana relatava sentir-se insegura com sua aparência e com baixa autoestima.
A avaliação: Após uma avaliação detalhada da pele de Ana, a esteticista identificou os seguintes fatores:
Tipo de pele: Oleosa e com tendência à acne.
Presença de comedões: Cravos abertos e fechados.
Pústulas e pápulas: Espinhas inflamatórias.
Manchas pós-inflamatórias: Marcas escuras deixadas pelas espinhas.
O plano de tratamento:
Com base na avaliação, a esteticista elaborou um plano de tratamento personalizado para Ana, incluindo:
Limpeza de pele profunda: Realizada semanalmente nas primeiras semanas, a limpeza de pele profunda removeu o excesso de sebo, impurezas e células mortas, preparando a pele para os próximos tratamentos.
Peeling químico: Foram realizados peelings químicos com ácidos como o salicílico e o glicólico, que auxiliaram na renovação celular, na redução da oleosidade e no clareamento das manchas.
Máscaras de argila: As máscaras de argila absorveram o excesso de oleosidade e auxiliaram na redução da inflamação.
Alta frequência: A alta frequência foi utilizada para auxiliar na cicatrização das lesões e na desinfecção da pele.
Orientações sobre cuidados diários: Ana recebeu orientações sobre a importância de utilizar produtos adequados para o seu tipo de pele, como sabonetes suaves, hidratantes oil-free e protetor solar.
Tratamento tópico: Foram prescritos medicamentos tópicos como o ácido retinóico e o peróxido de benzoíla, que auxiliaram no controle da acne e na renovação celular.
Resultados:
Após alguns meses de tratamento, Ana apresentou uma melhora significativa na sua pele. A acne estava controlada, a oleosidade reduzida e as manchas clareadas. Além dos resultados estéticos, Ana relatou sentir-se mais confiante e feliz consigo mesma.
Considerações finais:
Este caso demonstra a importância de uma avaliação individualizada e de um tratamento personalizado para cada paciente. A combinação de diferentes técnicas e produtos, aliada às orientações sobre cuidados diários, permitiu que Ana alcançasse seus objetivos e melhorasse sua qualidade de vida.
SITUAÇÃO 2
Beatriz, 42 anos, procurou uma clínica de estética com queixas de queda de cabelo progressiva, perda de brilho e cabelos cada vez mais finos. Relatou grande estresse no trabalho e alterações hormonais após a menopausa.
Figura – Queda de cabelo
Fonte: Loreal Paris
A avaliação: Após uma avaliação minuciosa do couro cabeludo e dos fios de Beatriz, a profissional identificou:
Miniaturização dos fios: Os fios estavam cada vez mais finos e curtos.
Aumento da telogênese: Fase de repouso do ciclo capilar prolongada, levando à queda excessiva.
Couro cabeludo sensível e com leve descamação.
Com base na avaliação, foi elaborado um plano de tratamento personalizado para Beatriz, incluindo:
Mesoterapia capilar: Aplicação de um coquetel de vitaminas, minerais e aminoácidos diretamente no couro cabeludo, estimulando o crescimento capilar e fortalecendo os fios.
Laser de baixa intensidade: Estimula a microcirculação sanguínea no couro cabeludo, favorecendo a nutrição dos folículos pilosos.
Peeling capilar: Remoção das células mortas do couro cabeludo, estimulando a renovação celular e a absorção dos produtos.
Orientações sobre cuidados diários: Beatriz recebeu orientações sobre a importância de utilizar produtos adequados para o seu tipo de cabelo, como shampoos e condicionadores específicos para cabelos finos e com queda.
Suplementação: Foi indicada a suplementação de vitaminas e minerais, como biotina, ferro e zinco, para fortalecer os cabelos de dentro para fora.
Após alguns meses de tratamento, Beatriz notou uma melhora significativa na saúde dos seus cabelos. A queda diminuiu significativamente, os fios ficaram mais fortes e com mais brilho. Além disso, Beatriz relatou sentir-se mais confiante e com a autoestima elevada.
SITUAÇÃO 3
Laura, 30 anos, manicure, procura uma clínica de estética com queixas de unhas fracas, quebradiças e com descamação. Relata que o contato constante com água, produtos químicos e o hábito de roer unhas agravam o problema.
Figura – Unhas fracas e quebradiças
Fonte: Podologia Sorocaba Feet House
A avaliação: Após uma avaliação detalhada das unhas de Laura, a profissional identificou:
Onicorrexis: Unhas finas, quebradiças e com fissuras longitudinais.
Onicólise: Decolamento parcial da unha da cama ungueal.
Cutículas finas e ressecadas.
Com base na avaliação, a esteticista elaborou um plano de tratamento personalizado para Laura, incluindo:
Hidratação intensa: Aplicação de óleos e cremes hidratantes nas unhas e cutículas, várias vezes ao dia.
Banho de parafina: Imersão das mãos em parafina quente, proporcionando hidratação profunda e aumentando a circulação sanguínea.
Fortalecedor de unhas: Aplicação de fortalecedor de unhas com biotina e queratina, para fortalecer a placa ungueal.
Orientações sobre cuidados diários: Laura recebeu orientações sobre a importância de utilizar luvas ao realizar tarefas domésticas, evitar o contato prolongado com a água e produtos químicos, e cortar as unhas corretamente.
Massagem nas mãos: Massagem nas mãos para estimular a circulação sanguínea e relaxar os músculos.
Após alguns meses de tratamento, Laura notou uma melhora significativa na saúde das suas unhas. As unhas estavam mais fortes, hidratadas e com menos quebradiças. Além disso, Laura relatou sentir-se mais confiante com suas mãos.