Introdução
Caros estudantes,
Atualmente, o desenvolvimento e crescimento econômico têm caminhado em direções diferentes da ética e da legalidade, por isso, é necessário resgatar o sentido de ser ético da sociedade, do universo profissional, da academia e de cada profissional. Conhecer e colocar em prática os princípios e valores morais é, sobretudo, garantir um futuro melhor, contribuindo para a diminuição de atitudes amorais, e mais importante que isso, construir a consciência ética em cada indivíduo.
Empresas, sejam elas grandes ou pequenas, são compostas por pessoas, por profissionais. Se a base desses profissionais não for a ética, nenhuma empresa terá chances de crescer, manter-se no mercado e entregar serviços de qualidade aos seus clientes. A ética profissional está relacionada às atitudes realizadas em público, mas está muito mais relacionada ao que cada um faz quando não está sendo observado. A consciência ética de cada integrante ditará o ritmo de crescimento e de consolidação de um serviço ofertado. Há elementos da ética profissional que são universais e, por isso, aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e a dignidade, no entanto, a ética não é imutável, ela se adequa à realidade de cada país/população.
A disciplina de Ética Profissional tem por objetivo fornecer ao aluno uma visão abrangente das questões envolvendo os aspectos éticos no relacionamento em sociedade de forma geral, bem como aqueles ligados ao exercício da profissão. Para atender ao objetivo, o conteúdo programático está organizado em três unidades que englobam os conceitos básico de ética profissional, o que a sociedade busca no profissional, a ética tica no mercado de trabalho, a transparência e responsabilidade social (direitos e deveres), as habilidade nas tomadas de decisões e, ao longo do material, veremos vários exemplos de situações envolvendo a ética profissional, e o que a falta dela poderá ocasionar.
Além dos temas abordados, ao longo do material, teremos vários “Merece destaque” para facilitar a identificação de pontos importantes sobre o conteúdo visto. Constaram também links de acesso direto para mais informações e acesso a conteúdos complementares.
Desejo a todos e a todas, um excelente aprendizado!
Profa. Caroline Severo
Unidade 1
Introdução
Fonte: pixabay.com
1. Primeiramente: o que é profissão?
Você já se perguntou qual o significado desta palavra? Sá (2009:147) nos ensina que sua origem é latina: professione. Outra expressão que também tem o mesmo significado é ofício que o mesmo autor lembra ser originada também do latim officiu, que significa oficina ou “lugar onde se atendia ou servia alguém”.
Vamos memorizar este último significado: servir. É por meio da profissão que uma pessoa serve outra, serve comunidade a qual pertence, serve a uma empresa. Com base nisso, também podemos pensar o seguinte: a profissão tem uma razão social de existir. Ela deve trazer um benefício para a sociedade. Toda profissão deve servir a um propósito.
Agora que já vimos o conceito de profissão, vamos associar este conceito à razão de ser desta disciplina: a ética profissional. Se a profissão tem um caráter social, então deve estar vinculada aos costumes da sociedade na qual é praticada. Deve respeitar seus valores e seu exercício deve ser ético. Um profissional não pode, no exercício de seu dever, desrespeitar a ética da sociedade em que atua, caso o faça, poderá até ser punido pela lei. Outra penalidade que um profissional pode sofrer ao desrespeitar a ética é imposta pelos próprios colegas de profissão que não desejam ver sua reputação “manchada” (FREITAG, 1997). Para isso, muitas categorias profissionais têm um código de ética que deve ser respeitado. Veremos todas essas questões ao longo da disciplina.
1.1 O que o exercício de uma profissão representa para o indivíduo
Você acha que se sentirá realizado ao exercer a profissão para a qual está se preparando? Sabemos que há diversas dificuldades que podem atrasar ou atrapalhar a realização profissional: conhecimento, relacionamento, dificuldades financeiras, falta de oportunidades, falta de ética no ambiente de trabalho, entre outras. Mas, pesando os prós e os contras em uma balança, para você qual deles tem mais peso?
Na evolução do pensamento, temos os ensinamentos do psicólogo Abraham Maslow que fez pesquisas sobre a motivação das pessoas. Como resultado de suas pesquisas, Maslow criou a “Hierarquia das Necessidades de Maslow” ou a “pirâmide de Maslow”. Ele indica que há um momento na vida de um indivíduo em que ele busca ser aceito pelo grupo, busca reconhecimento pelo que faz, uma vez que já tem o salário que deseja e, por fim, busca o status. Este reconhecimento faz com que a pessoa se sinta gratificada com o trabalho que desenvolve.
Todo profissional deseja vencer obstáculos e ser reconhecido por isso, ele quer comprovar sua personalidade, sua liderança. Ao ser reconhecido como líder de uma equipe que o respeita e admira, aquela pessoa passa a ser uma referência de comportamento, de moral, de ética. Isso acarreta responsabilidade!
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.1.2 Conceitos e dimensão humana da Ética
Na primeira unidade da disciplina de Ética Profissional, veremos a Dimensão Humana da Ética, apresentando conceitos de Ética e de Moral, mostrando sua importância para a formação humana e profissional.
1.1.3 Ética e Moral
Nosso primeiro tema da primeira Unidade tem como objetivo apresentar as primeiras informações sobre a ética e a definição de ética, moral e ato moral, além da dimensão humana relacionada à ética.
1.1.4 Primeiros conceitos sobre Ética
Entender e discutir ética é fundamental para vivermos em sociedade. Para que isso ocorra, precisamos entender primeiro que a ética surgiu há muito tempo, quando o homem se descobriu como um ser pensante/racional e, então, despertou para a necessidade de assumir responsabilidades para viver em sociedade, tornou-se então uma questão de sobrevivência.
As discussões sobre a ética são antigas, desde os pensamentos tidos pelos grandes filósofos gregos como Socrátes, Platão e Aristóteles. Segundo MOORE (1975, p. 4), “ética é uma palavra de origem grega, que pode ter duas origens”:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.2 E a Moral?
A Moral compreende um conjunto de regras que orientam as pessoas para o convívio diário na sociedade. A moral pode nortear suas ações e seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, sobre o certo ou errado e sobre bom ou mau, ou seja, Moral é o comportamento (FREITAG, 1997).

Vimos aqui as primeiras noções de Ética e Moral. A ética é uma atitude, é a forma como cada pessoa se comporta em relação a outras pessoas e à sociedade. A moral pode ser definida como o conjunto de regras que orienta o comportamento de cada um de nós na sociedade em que vivemos. Ela está relacionada com a moralidade e com os ditos “bons costumes, valores e convenções”. Todos nós fazemos parte da sociedade e precisamos conviver em harmonia uns com os outros, tendo a ética e a moral como pilares para essa convivência.
Um comportamento ou situação amoral é a ausência do conhecimento ou noção do que seja a moral. As pessoas com comportamentos amorais desconhecem os princípios morais de determinada sociedade, por isso, não os seguem. Amoral é a ausência. Um comportamento ou situação imoral é todo o tipo de comportamento ou situação que contraria os princípios estabelecidos pela moral. Por exemplo, a falta de pudor, a indecência e etc (LAPSLEY, NARVAEZ, 2004).
1.2.2 Esclarecendo as diferenças entre o que é Moral e o Ato Moral
• Moral é a maneira de se comportar regulada pelo costume.
• Moral é o conjunto de regras de conduta de um grupo em uma determinada época.
• Existe a Moral Pessoal e a Moral Coletiva.
• Atos humanos vêm da liberdade pessoal e da pressão coletiva.
• No cotidiano, temos os ATOS MORAIS – ATOS COLETIVOS – MORAL COLETIVA
Fonte: Google imagens.
1.2.3 Moral Pessoal e Moral Coletiva
Observe as seguintes falas: “você não foi ético”; “O que ele fez foi errado”; “você não tem moral”. Falas como estas nos mostram que a moral e a ética estão presentes no dia a dia de todos nós. De mais a mais, os valores morais são herdados pelo sujeito desde o seu nascimento, na medida em que já estão estabelecidos pela sociedade. Devemos lembrar que ninguém nasce moral, mas que pela educação e demais injunções externas, o indivíduo constrói sua identidade e personalidade moral (MELO, 2005).
Com os conhecimentos adquiridos, ao longo da vida, todo indivíduo precisa desenvolver a consciência, certa ou errada, daquilo que deve ser feito, e deve se responsabilizar por seus atos perante a sociedade. Cabe à ética social ser o critério para julgar o comportamento de cada indivíduo em suas relações interpessoais (MELO, 1994, p. 58/59).
A moral se torna responsável por estabelecer uma ligação entre as vontades de cada um, de forma individual, e os interesses sociais da vida em sociedade/coletividade. Fica claro que há necessidade de uma relação sincera entre o caráter pessoal e social da moral para benefício da sociedade. Além disso, os atos do indivíduo, geralmente, causam efeitos em todos os que o cercam e na coletividade. Portanto, os atos do ser humano devem ser solidários. Solidariedade é manter um compromisso ou um vínculo sincero com os indivíduos que compõem a sociedade. Assim, “responsável é o sujeito que assume a autoria do seu ato, o reconhece como seu e responde por todas as suas consequências'' (VÁZQUEZ, 2002, p.111).
Quando alguém ou um grupo de pessoas não age de acordo com valores éticos e morais, entende-se que essa ou essas pessoas não respeitaram as regras básicas de convivência e harmonia, tornando-se então indivíduos antiéticos e/ou amorais (VAZQUEZ, 2002, P;15).
Fonte Elaborado pela autora, 2021
A vida moral é formada pela junção entre o nosso querer e a realidade (acreditavam os filósofos antigos). ÉTICA era educar a paixão e orientar a vontade, e a finalidade da Ética era observar a relação e harmonia entre o caráter do sujeito e os valores da sociedade (LA TAILLE, 2006). A Ética se torna um ATO DE DEVER. A Ética julga as ações, atitudes e intenções e define 3 tipos de condutas morais:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.2.4 A Ética e o Ato Moral
Para os filósofos Rousseau e Kant, a Ética é definida na relação Homem/natureza e o dever de cumprir o ATO MORAL está dentro de cada um de nós, porque é da nossa natureza social. No pensamento de Hagel, a ética seria o fruto da razão humana, enquanto que para Nietzsche, em uma crítica à violência moral, afirma que a ética é apenas a imposição da vontade das grandes potências e Marx, numa crítica ao capitalismo, afirma que os valores éticos jamais podem se realizar na sociedade atual.
ATO MORAL: AUTÔNOMO OU DEVER?
Fonte Elaborado pela autora, 2021
1.2.5 Em conjunto: Ética e Moral
Agora, o objetivo será apresentar a distinção entre Ética e Moral e os conceitos e definição de Ética, segundo a Filosofia e a Ciência, os objetivos e função da Ética são os vícios e virtudes e as teorias que explicam os conceitos éticos, finalizando a dimensão humana da Ética.
1.2.6 Diferença entre Ética e a Moral
Antes de refletirmos sobre conceitos de Ética, vejamos a distinção entre Ética e Moral.
Você sabe qual a diferença entre elas? As expressões Ética e Moral são bem distintas, veja:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
Vimos então que as expressões são diferentes, e os termos são de origem etimológica distinta: a palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes''. Podemos, então, concluir que a Ética se baseia nos valores morais que orientam o comportamento humano na sociedade e a Moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade (LAPSLEY, NARVAEZ, 2004; VÁZQUEZ, 2002).

Ética são os conhecimentos obtidos da investigação do comportamento humano em relação às regras morais, explicadas de forma racional, fundamentada, científica e teórica, ou seja, ética é uma reflexão sobre a MORAL.
A Moral orienta o comportamento perante as normas criadas ou determinadas pela sociedade ou por um grupo. Precisamos entender claramente que a Moral e a Ética são diferentes, porque a Ética são princípios e a Moral, condutas.
PARA FIXAR
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.3 Ética individual versus ética profissional
A ética tem por finalidade agregar o comportamento humano no interior de cada sociedade. Qualquer sociedade enfrentará os dilemas relacionados à moral e à ética. Os dilemas morais fazem parte do reflexo das ações das pessoas, surgindo a partir das consequências da ação e da reação de um determinado indivíduo frente a um acontecimento.
Segundo o escritor e pesquisador Mario Alencastro (1997, p.89), a ética profissional consiste em um conjunto de normas de conduta que devem ser sugeridas e executadas durante a atuação profissional. As ações reguladoras da ética atingem o desempenho profissional, fazendo com que o profissional respeite a semelhança do próximo.
A ética individual consiste na construção continuada e sempre inacabada, pois ela deve persistir até o fim da vida. O ser humano, desde seu nascimento, está sujeito à influência social, primeiramente por intermédio da família, depois pela influência social na escola, entre os amigos, com os meios de comunicação, dentre outros. Essas influências são adquiridas, aos poucos, ao longo da vida e das situações que cada um enfrenta, fazendo com que se manifeste o aspecto moral social. Assim, o indivíduo tem o livre arbítrio para seguir determinada norma devido sua reflexão social, podendo ser chamada de interiorização (ALENCASTRO, 1997, p.90).
Aristóteles considera que a ausência de interiorização das normas gera comportamentos que só podem ser regulados por medo das punições:
“Com efeito, as pessoas em sua maioria não obedecem naturalmente ao sentimento de honra, mas somente ao de temor, e não se abstêm da prática das más ações por causa da baixeza destas, mas por temer a punição; vivendo segundo os ditames das emoções elas buscam seus próprios prazeres e meios de chegar a eles, e evitam os sofrimentos contrários, e não têm sequer uma noção do que é nobilitante e verdadeiramente agradável, já que elas nunca experimentaram tais coisas. (ARISTÓTELES, 2001, p. 42).”
- Conforme entendimento de Adriana Farias (2015, p.03), a ética é composta de cinco regras básicas, sendo essas:
1) A natureza humana e verdadeira, atribuída ao homem sadio e puro, habilitando as virtudes do caráter íntegro e correto;
2) As normas de caráter diverso e até mesmo oposto à ideia da universalidade ética: as relacionadas à forma ideal universal e comum do comportamento humano, expressa em princípios válidos para todo pensamento são;
3) A consequência da busca refletida dos princípios do comportamento humano. Em que, cada significado do comportamento ético torna-se objeto de reflexão por parte dos agentes sociais. Essa seria a procura racional das razões da conduta humana;
4) A legislação de cada país e de foros internacionais, ou mesmo os Códigos de Ética Empresarial e Profissional;
5) Os costumes que geram as normas éticas (FARIAS, 2015, p.03).
Sung e Silva (1995, p. 66) analisam as questões referentes à ética individual diante da ética profissional. Os autores dizem que a ética individual passou a fazer parte do cotidiano social após o crescimento do capitalismo, já que a filosofia seguida pelos defensores da cultura capitalista era de defender, de todas as maneiras, os interesses individuais, independente da consequência recaída ao coletivo. Os mesmos autores explicam ainda que “quando o espírito da defesa do interesse próprio é o mais forte numa empresa, é impossível criar o espírito de equipe, um item fundamental para aumentar a produtividade da empresa, tão necessária num mercado competitivo”. Os autores declaram que esses fatores levaram os executivos e os estudiosos a se atentarem sobre as questões éticas, enxergando que a ausência de ética e a simples defesa do interesse próprio põem em perigo a sobrevivência das empresas e, portanto, dos seus próprios empregos (SUNG; SILVA, 1995, p. 66).
Os valores individuais ligados à formação e à família do indivíduo são importantes. No entanto, “provavelmente a qualidade ética do grupo do trabalho, e não do desenvolvimento moral, é o mais importante para a determinação do comportamento das pessoas na empresa” (ENRIQUEZ, 1997, p.07). Ou seja, o ambiente e as pessoas que o compõem exercem influência uma sobre as outras, logo, uma equipe profissional ética consegue exercer boa influência em seu local de trabalho e nas relações com seus colegas.
1.3.1 Afinal o que é Ética Profissional?
No contexto profissional, a Ética diz respeito ao conjunto de comportamentos que promovem um ambiente organizacional regulado por valores construtivos. Na hora de uma contratação, a expectativa pela conduta ética está sempre presente. São vários os comportamentos esperados pelos mais diversos profissionais para que sejam considerados éticos.
Da mesma forma que os profissionais, as organizações também devem ser orientadas pelos padrões éticos sociais. Essas ordens são aplicadas internamente para o bom andamento dos trabalhos. Uma empresa que funciona a base da ética profissional tem grandes chances de prosperar no mercado, dando origem a uma imagem organizacional forte e transparente frente ao mercado de atuação. Assim, o agir com ética auxilia a manter as bases de uma empresa, o engajamento, o orgulho de pertencer e a admiração de todos os públicos de relacionamento, incluindo os clientes (PALMIERI, BRANCO, 2004).
Falando em relação ao profissional em si, são muitas as pressões que este sofre para forçá-lo a agir sem ética. Isso ocorre, porque numa visão de curto prazo, um comportamento não pautado pela ética pode aparentar ser mais vantajoso para o indivíduo. Os resultados das condutas éticas, muitas vezes, parecem ser distantes e pouco "rentáveis" para o profissional, mas suas consequências são sempre positivas. Isso porque contribuem para uma sociedade mais justa e honesta, numa visão de longo prazo.
Apesar de vivermos numa sociedade capitalista, é importante perceber que todos os projetos pelos quais trabalhamos, visam ao bem maior para a vida do ser humano. Esta percepção é o melhor motivador para adotarmos um comportamento ético como profissionais. E esse comportamento começa a ser moldado ainda no período como aluno, antes de nos tornar um profissional.
Assim sendo, as relações para serem morais não podem ser contrárias ao que a justiça estabelece. Rios (2011, p.29) ensina que “quando se qualifica um comportamento como bom ou mau, tem-se em vista um critério que é definido no espaço da moralidade”. Esta autora reforça, ainda, que é no espaço da moral que aprovamos ou reprovamos comportamentos e dizemos que estão corretos ou incorretos.
Situações morais, imorais e amorais
Fonte: adaptado de SROUR, Robert Henry. Ética empresarial, a gestão da reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003, p. 30.
1.3.2 Valor social da profissão
Vamos voltar nossa análise para as profissões que atendem às necessidades sociais das pessoas como: saúde, educação, alimentação, lazer, habitação, por exemplo. Falo dos médicos, dentistas, enfermeiros, nutricionistas, gastrônomos e gastrólogos, advogados, professores, engenheiros, administradores, contadores, agrônomos, etc. Estes profissionais lidam diretamente com a vida das pessoas, sua formação, sua alimentação, seu entretenimento, sua proteção, entre outros. Veja a importância destas pessoas e como o exercício ético de suas profissões pode influenciar nossas vidas de forma positiva ou negativa.
Como vimos anteriormente, se por um lado, a sociedade se beneficia do profissional ético, e a reputação do profissional pode torná-lo uma pessoa digna de respeito e admiração. Neste sentido, Sá (2009, p.152) reforça: “os benefícios que os profissionais propiciam, cumprindo as responsabilidades de seus trabalhos, passam a dar-lhes notoriedade, ampliando o grau de satisfação em relação a eles e quase criando uma obrigação de retribuição moral por parte dos beneficiados.”
1.3.3 A importância da conduta ética no ambiente de trabalho
O objetivo da ética profissional é gerar reflexos positivos tanto para os colaboradores quanto para a empresa, à medida em que estimula a harmonia no ambiente de trabalho aumenta a produtividade e auxilia no desenvolvimento profissional das pessoas que fazem parte da organização.
Por isso, incentivar a ética no trabalho deve ser algo constante e de responsabilidade de todos que fazem parte da empresa. Para tanto, é preciso encorajar um clima organizacional saudável, por meio de incentivos de práticas baseadas no respeito mútuo e honestidade. Os funcionários que sustentam seus comportamentos e suas ações, almejando o respeito e a cooperação, também usufruem de um ambiente de trabalho ético (ROGOFF, 2005).
Contratar funcionários éticos e coerentes, que partilhem desses valores é fundamental e, o setor de recrutamento e seleção tem grande responsabilidade neste ato. Por isso, já pensando nas futuras contratações e entrevistas que você passará, veremos a seguir um resumo sobre o “Kit de Entrevista de Candidatos”. Caso você queira conferir a entrevista completa, basta clicar em https://conteudo.kenoby.com/kit-entrevista-de-candidatos , fazer um cadastro rápido e já receberá o PDF por e-mail.
O checklist que veremos, a seguir, retrata as questões que, frequentemente, são feitas nas entrevistas para qualquer cargo. Visto isso, é importante saber o que pode ser perguntado em uma futura entrevista de emprego, ou se você for o gestor e responsável pelas seleções de sua empresa, você já saberá que caminho seguir, para conduzir corretamente e de forma ética uma entrevista com candidatos a uma vaga.
Confira:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
2. Virtudes necessárias ao exercício profissional ético
Virtudes básicas Para Sá (2009 p. 197-220), são virtudes necessárias para que o profissional atue de forma ética, são elas: zelo, honestidade, sigilo e competência, isso é o mínimo que um profissional precisa ter para o exercício ético de suas atividades. Vamos discutir um pouco cada uma delas:
• Zelo – A presteza, a constância e o cuidado com que se desempenham as atividades profissionais são próprios de cada pessoa. Se um profissional considera que não consegue executar determinada tarefa, é mais digno recusar o convite para assumi-la do que aceitá-la mesmo sabendo que não terá o cuidado necessário para sua execução. É, portanto, antiético aceitar uma tarefa sabendo que não a executará com o zelo necessário.
• Honestidade – A confiança e a sinceridade são princípios fundamentais na prática honesta de qualquer profissão para a qual o indivíduo se prepara e decide se dedicar. Nos noticiários, diariamente, vemos exemplos de profissionais de diferentes classes sociais, profissões, idades sendo questionadas por terem se corrompido, por terem agido de forma inapropriada, antiética. O fato de conviver num ambiente de corrupção não significa que se deva estar de acordo nem que se deva praticar atos indignos. Nada justifica a desonestidade. Agir com honestidade é parte do que se espera de um profissional ético.
• Sigilo – Ainda que não tenha sido solicitada, a necessidade do sigilo deve ocorrer. Cabe ao profissional identificar sobre o que pode e o que não pode revelar a outra pessoa. Sabemos que profissões decorrentes das áreas do Direito, Medicina, Contabilidade, por exemplo, têm, no sigilo, a base da credibilidade do profissional que as exerce, no entanto, essa conduta pode ser aplicada a muitas outras profissões. Da mesma forma que a transparência com aquilo que precisa ser exposto, deve ocorrer. Por exemplo, em uma unidade de alimentação e nutrição, todos os protocolos de segurança alimentar precisam ser seguidos, e isso deve ocorrer de forma transparente, para que todos tenham conhecimento.
• Competência – O exercício do conhecimento no desempenho de uma tarefa é essencial numa profissão, da mesma maneira que é digno de louvor aquele que admite não ter competência para oferecer serviços à altura da expectativa de quem os contrata. Rios (2011:85) associa a competência e a ética no contexto das organizações e valoriza o fato de que muitos profissionais não praticam o que defendem, ou seja, não colocam em prática suas próprias palavras. O falar tem pouca importância se não vier acompanhado do agir. As falas do profissional ético precisam estar de acordo com suas atitudes em seu ambiente de trabalho, nas suas relações com os colegas e com o público.
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
2.1 Virtudes complementares ao exercício profissional ético
Acabamos de ver as virtudes necessárias, no exercício de uma profissão, para consolidar o relacionamento com clientes, colegas de trabalho e com a empresa ou empregador. Agora, iremos ver alguns exemplos de cada uma destas situações e você vai observar que, em cada uma destas situações, estão presentes as virtudes básicas que acabamos de ver.
• Clientes – imagine uma empresa de refeições, com entrega delivery que não oferece atendimento pós-venda adequado. Coloque-se no lugar deste cliente. Qual sua reação? A orientação para aquele que recebe os serviços de um profissional é a emissão de uma opinião baseada no seu conhecimento, sua honestidade e sua competência. Errar é humano, mas ser negligente é antiético. Além disso, a responsabilidade pessoal sobre a orientação dada é indelegável.
Uma vez que um profissional passa as orientações sobre a forma correta de armazenamento de um determinado alimento, informa qual a validade daquele produto, ele está assegurando ao cliente, que se este seguir suas orientações, a qualidade do produto será preservada. Se essas informações são dadas de forma inadequada, há grande possibilidade de o alimento estragar, ou ainda pior, ficar impróprio para consumo. Entende a proporção que as ações de um profissional podem ter?
• Colegas – gratidão é um sentimento que deve estar presente em nossas mentes, em nosso coração e expresso em nossas atitudes. Não são novas as frases: “tratar o outro como você gostaria de ser tratado” e “ame o próximo como a ti mesmo”. A fraternidade entre as pessoas amigas e entre os colegas de trabalho é desejável no âmbito do respeito ao ser humano e da ética no relacionamento. Por tanto, é muito importante que exista esse sentimento de gratidão entre os colegas de trabalho, isso fará com que a convivência seja mais leve e satisfatória.
• Organizações de classe – as classes as quais pertencemos, face às profissões que escolhemos são formadas de profissionais que, como cada um de nós, busca o sucesso no desempenho de suas atividades. Buscando criar e manter uma imagem de credibilidade da classe profissional, são criados códigos de ética da categoria que orientam para a prática virtuosa da profissão. Uma classe de profissionais unida é uma classe que defende sua profissão, seus colegas e que luta por seus direitos.
• Remuneração – há casos em que o profissional se dedica a causas humanitárias ou então exercendo sua profissão sem remuneração. Mesmo nesta situação, é possível que a remuneração exista e seja feita em forma de alimentação, moradia ou serviços, por exemplo. Os honorários cobrados pelo profissional devido ao exercício de tarefas que demandam a aplicação de seu conhecimento acumulado costumam seguir uma tabela que os órgãos de classe elaboram. Seu objetivo é oferecer um preço justo para a contrapartida do trabalho feito. Profissionais que estipulam para seus serviços preços muito abaixo ou muito acima destas tabelas comprometem a credibilidade e a imagem da própria classe profissional. Isto é considerado antiético e pode ser punido por lei, em alguns casos.
Para você refletir:
O que você tem feito para buscar o seu bem-estar bem como daqueles com quem você convive? Você vive em harmonia consigo e com as pessoas que o cercam? O que você pode fazer para promover esta harmonia, este bem estar?

Como vimos, existem virtudes importantes que devem existir no exercício profissional. Essas virtudes fazem parte das características que todo profissional ético deve ter. O zelo, a honestidade, o sigilo e competência são as principais virtudes básicas.
2.2 Consciência ética
Um determinado grupo precisa de equilíbrio entre seus integrantes para que estes possam conviver em harmonia, buscando o bem-estar de todos, bem como daqueles que o cercam. Este equilíbrio, conforme ensina Sá (2009:127) “só se encontra quando a autonomia dos seres se coordena na finalidade do todo”. Ou seja, quando cada membro do grupo age pensando em si e nos colegas.
O motivo pelo qual o grupo existe deve ser a razão pela qual as pessoas que dele fazem parte tenham autonomia para tomar suas decisões. A conduta reta, positiva que busca o bem-estar individual e coletivo determina o comportamento ético e o exercício das virtudes. Falando em virtudes, vamos abordar, a seguir, brevemente, a questão da boa-fé.
Quantas vezes você já se deparou com uma situação em que houve boa-fé por parte da pessoa com quem você estava negociando um automóvel, um imóvel, uma troca etc? Lembre-se como foi uma negociação tranquila e você saiu satisfeito. E quantas vezes você já se deparou com situações em que a outra parte busca de toda maneira levar vantagem sobre você, prejudicando-o, inclusive? Observe que esta busca pela vantagem a qualquer custo ocorre, muitas vezes, observando-se a lei. Veja o exemplo de pessoas que colocam à venda carros que não apresentam as condições anunciadas.
Neste sentido, Bessa (2006:14) demonstra que
“a boa-fé transcende as particularidades formais e os interesses individuais evitando que as formas jurídicas sejam utilizadas para viabilizar atitudes nocivas pretendidas pelos contratantes.”
A consciência de cada indivíduo é a regente de sua conduta. Sabemos que cada pessoa tem seu bom senso e sua percepção do que a cerca, tendo portanto, uma consciência própria baseada em seus próprios princípios. Quando é que falamos em falta de ética? Quando a consciência que rege o indivíduo se baseia em princípios que não são aceitos pela comunidade em que ele está inserido.
Veja o exemplo da ocupação do Complexo do Alemão feita no final de 2010, no Rio de Janeiro. Por que as polícias federal, civil e as Forças Armadas invadiram aquele local, ocupado por traficantes, porque eles não têm ética? Na verdade, eles têm! É a ética deste grupo social que entende que as pessoas que dele fazem parte devem se comportar de uma determinada maneira.
A invasão aconteceu, porque a ética deste grupo não se baseia nos mesmos princípios de nossa sociedade. Nossa legislação não permite o tráfico de drogas, porque contraria estes princípios e, por este motivo, pune seus infratores. Observe então que as pessoas têm ética, o problema é que nem sempre sua ética está de acordo com aquela estabelecida pelo grupo ao qual pertence.
Neste sentido, Sá (2009:127) reforça que “O sentimento social é um imperativo na construção dos princípios éticos e estes são incompreensíveis sem aquele”. A força da lei é importante como reguladora da forma como os indivíduos se comportam na sociedade, considerando que a consciência de um não se baseia, necessariamente, nos mesmos princípios que a consciência do outro.
2.2.1 Contexto cultural
Ao trazermos a ética, a moral e algumas virtudes para o contexto profissional, observamos que tais questões estão presentes no cotidiano, representadas inclusive nos valores eleitos como sustentação para a tomada de decisão dos gestores, nas empresas. As pessoas que trabalham numa organização trazem de sua formação familiar complementada por sua experiência de vida os princípios dos quais não abrem mão. Estes princípios orientam, eticamente, um indivíduo quando servem como base para a tomada de suas decisões tanto no âmbito pessoal, como no planejamento de sua carreira profissional.
O desafio da gestão empresarial está em combinar as características individuais dos funcionários, o contexto cultural em que a organização se insere e a cultura organizacional. Isto tudo, considerando-se, ainda, que o contexto cultural pode ser diferente mesmo dentro de um país e, além disso, diferentes de outros países.
Moscovici (2008, p.280) reforça o fato de que:
“...atitudes e valores, crenças e ideologias predispõem as pessoas a perceber e interpretar as situações; a criar, analisar e avaliar possíveis linhas de ação e soluções; a fazer suas opções com tranquilidade e segurança no respaldo moral da escolha; ou, em caso contrário, a sofrer conflitos intra e interpessoais, sentimento de culpa, rejeição e isolamento.“
O comportamento das pessoas que trabalham em uma empresa é moldado pela cultura organizacional. Guerreiro Ramos citado por Passos (2004, p. 61) ensina que o ser humano tem pago um preço alto pela “condução instrumental das organizações produtivas” resultando na “insegurança, mau uso dos recursos naturais e a falta de gratificação no trabalho”.
O comportamento ético, presente no trabalho de desenvolvimento interpessoal, precisa ser tão discutido quanto os aspectos técnicos em uma organização. Esta é a razão pela qual, unimos esses dois temas. O “contrato psicológico” citado por Moscovici (2008, p. 281) feito entre profissional, sua liderança e a empresa precisa contemplar aspectos relacionados à motivação, às expectativas e aos valores declarados versus praticados e transparência entre todas as partes.
Ocorre que a moral brasileira é diferente da japonesa, que por sua vez, difere da chinesa, da americana, e assim por diante. O que é permitido aqui é proibido lá, exigindo adaptações constantes dos planos de ação das organizações assim como da formação dos profissionais.
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
3. A moral brasileira
Você se lembra da série exibida pela TV Globo: “Você decide”? Antiga né? Mas servirá de exemplo para nossa disciplina. Acompanhe:
Em cada episódio, temas polêmicos eram apresentados e causavam discussões sérias entre o público que acompanhava do sofá de casa. Em um dos episódios exibidos, uma secretária recebia uma oferta “irrecusável” para servir como “laranja” de uma empresa fictícia e de uma “conta fantasma”.
A pergunta que o episódio lançou para o público, foi: “Você abriria mão de seus princípios em nome de uma vida melhor?”. Srour (2003, p. 217) traz os resultados obtidos pelo programa de TV, nesses resultados 24,3% dos respondentes afirmaram que a secretária deveria denunciar o caso à polícia; outros 27,2% sugeriram que ela pedisse demissão e não revelasse nada a ninguém, e maioria: 48,5% optaram pela adesão da secretária ao esquema proposto. Se somarmos os dois primeiros resultados, teremos uma situação de quase empate entre o “sim” e o “não”. Isso nos faz pensar se a decisão em outro país teria sido diferente. O que você acha?
Srour (2003, p. 220-221) aponta que influenciado por outras nações latino-americanas, o Brasil cultiva uma “dupla moral: a moral da integridade e a moral do oportunismo”. O autor qualifica de “mal-estar moral” o sentimento que nos leva à indignação diante das situações de imoralidade registradas em nosso país. Chama a atenção, contudo, para o fato de que esta indignação pode ser hipócrita já que a “moral do oportunismo” permite posturas coerentes com sua lógica.

Vimos aqui, que a ética precisa ser cumprida mesmo quando ninguém está observando, porém, a realidade pode ser um tanto diferente disso. Aqui, estamos querendo mostrar que o que torna um profissional ético é exatamente o tipo de decisão que ele toma e principalmente se não se deixa corromper pelo “caminho mais fácil” ou a ausência de supervisão sobre suas atitudes. Fiquemos espertos, a ética profissional se forma antes mesmo de entrarmos no mercado de trabalho!
3.1 O que a sociedade busca no profissional?
O profissional deve seguir os padrões éticos da sociedade e as normas e regimentos internos das organizações e da empresa na qual trabalha. A ética profissional proporciona ao profissional um exercício diário e prazeroso de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o seu comportamento e a tomada de decisões em suas atividades. A recompensa é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta exemplar (FERRELL, 2001).
Com base nos valores morais existentes, há fundamentos da ética profissional os quais determinam que a sociedade valoriza e prioriza os profissionais que possuam os seguintes requisitos éticos:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
3.2 Você sabe o que é um compromisso ético profissional? E conduta ética?
A autora Vanessa Morais nos diz muito bem o que é um compromisso ético profissional e o que é conduta ética, em um de seus textos. Veja a seguir:
“Quando optamos por uma profissão fazemos um juramento, que significa o comprometimento com a Ética Profissional, é a concordância voluntária a um conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o seu exercício. É muito importante ter em mente que há uma série de atitudes que não estão descritas nos códigos de todas as profissões, mas que são comuns a todas as atividades que uma pessoa pode exercer como a generosidade, cooperação, não fazer somente o que lhe é imposto, mas buscar ir sempre além e um constante aprendizado e melhora. Independente da profissão que optamos por seguir é necessário estar sempre aberto e receptivo, além de tentar ser melhor a cada dia. Quando adquirimos essa consciência, contribuímos para a empregabilidade: a capacidade que você pode ter de ser um profissional que qualquer patrão gostaria de ter entre seus empregados, um efetivo colaborador. Isto é ser um profissional eticamente bom, os princípios éticos e morais são na verdade os pilares da construção de um profissional que representa o Direito Justo, distinguindo-se por seu talento e principalmente por sua moral.
A ética profissional deve ser desempenhada com o máximo rigor, adotando-a antes mesmo de qualquer outro código, pois a moral juntamente com a ética deve ser cultivada para crescimento profissional e da instituição. Portanto, Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano, a Moral tem caráter obrigatório. Todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. A Ética e a Moral si completam, pois na ação humana, o conhecer e o agir são inseparáveis. Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem, deste modo, se formam numa mesma realidade.
Muitas vezes não é fácil ser Ético perante a sociedade, ela tenta nos “corromper”, busca recompensar nossos anseios materiais em troca de “favores”. No entanto como o próprio nome diz, vivemos em comunidade, e devemos buscar o bem comum a todos.
Podemos concluir que a ética disciplina o comportamento do homem, estabelece deveres para realização de valores, impõe normas consideradas obrigatórias pela sociedade. Este conjunto de normas morais deve orientar a conduta do indivíduo no ofício ou na profissão que ele escolhe para exercer. Assim, torna-se necessário mencionar que seja um profissional participante de uma atividade voluntária ou não, é necessário agir com o mesmo comprometimento que teria no mesmo exercício profissional se este fosse remunerado. Se a atividade é voluntária, foi sua opção realizá-la. Então, é eticamente adequado que a realize da mesma forma como faz tudo que é importante em sua vida, pois ser Ético é ser social.” (https://www.recantodasletras.com.br/resenhas/1491350)
“Para que haja conduta ética é preciso que exista o AGENTE CONSCIENTE, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício” (CHAUÍ, 1997, p. 337).
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
3.2.1 Conduta ética e ética profissional no mercado de trabalho
O avanço tecnológico, o crescimento vertiginoso da informação e dos meios de comunicação e a cibernética têm construído novas percepções e novos espaços para atuação profissional. Em meio ao cenário caótico nacional, problemas políticos, desigualdade social, falta de infraestrutura para educação e para saúde, tudo isso faz com que a ética seja um dos principais assuntos abordados em escolas, universidades, trabalho e até mesmo nas ruas.
Com a população mais consciente das questões morais e da responsabilidade social com que as autoridades e as empresas devem prestar à sociedade e ao meio ambiente, houve um aumento da fiscalização e da cobrança pelo comprometimento ético destes órgãos. Com isso, a ética ganhou um novo valor, o valor estratégico. As empresas se viram obrigadas a modificar seus conceitos, quebrar paradigmas e apresentar uma postura mais transparente, humana e coerente para não perder público.
Neste contexto, a ética profissional que deveria ser uma virtude enraizada do indivíduo, tornou-se parte da estratégia organizacional e, consequentemente, um diferencial competitivo no mercado de trabalho. No entanto, quando a empresa adota a ética profissional como uma estratégia de mercado, ela também contribui com desenvolvimento do profissional, que precisa melhorar suas habilidades com relacionamentos interpessoais e liderança (AGUILAR, 2000).
Um profissional com habilidades de liderança e relacionamento difunde valores éticos, preza pela harmonia, no ambiente de trabalho, e coloca em primeiro lugar o respeito às pessoas e o comprometimento com o trabalho (https://www.sbcoaching.com.br/etica-profissional-importancia/).
E é necessário ressaltar que os líderes precisam ser profissionais éticos, para desenvolver as competências do cargo com êxito. Os que optam pela ética preferem oferecer feedbacks, em vez de deixar o ambiente de trabalho desarmônico, e são honestos quanto às próprias condições, ou seja, não inventam mentiras para se ausentar das falhas.
Cultivar a ética profissional, no ambiente de trabalho, traz benefícios e vantagens a todos, uma vez que ela proporciona crescimento à empresa e a todos os envolvidos. Com uma conduta ética bem estruturada é possível, o trabalho em equipe e o respeito mútuo entre todos colaboradores.
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
3.2.2 Exemplos de ética profissional no trabalho
Confira abaixo alguns exemplos de ética no ambiente organizacional:
Comprometimento
O comprometimento deve ser uma atitude constante. Primeiramente, é preciso comprometer-se com o próprio desenvolvimento e se comportar de forma adequada, ou seja, ter atitudes apropriadas para alcançar seus objetivos e metas. O único caminho para isso é entregar os resultados esperados pela organização.
Também é necessário estar comprometido com os líderes, colegas de trabalho e clientes. O profissional, ao desempenhar sua função com excelência, de forma automática contribuirá para o desenvolvimento de toda a empresa.
Integridade
É indispensável ser honesto com a liderança e demais profissionais, mantendo a transparência nas atividades exercidas, de forma a garantir que todos sejam influenciados de forma positiva com seu trabalho, de maneira direta ou indireta.
Meritocracia
Para a liderança, é preciso evitar o favoritismo, ou seja, basear suas decisões de promoção em resultados correspondentes às expectativas e necessidade da empresa.
Humildade
No ambiente empresarial, são tomadas todas as medidas para que os erros sejam evitados. No entanto, empresas são feitas de pessoas e, por isso, os erros podem acontecer, vez ou outra. Caso aconteça com você, seja humilde para reconhecer o equívoco e corrigi-lo, com o objetivo de amenizar os prejuízos (https://kenoby.com/blog/etica-profissional/).

Vimos dez importantes dicas para construção de postura ética do ambiente profissional, são elas: ser honesto, respeitar o sigilo, ter comprometimento, agir com prudência, ser humilde, não prometer o que não pode cumprir, saber fazer e receber críticas, respeitar a privacidade e evitar fofocas. Além disso, vimos exemplos de ética no ambiente de trabalho, envolvendo o comportamento, a integridade, o não favoritismo e a humildade.
3.2.3 Atitudes que demonstram falta de ética profissional
A competição existe e sempre existirá nos ambientes profissionais. Contudo, isso não significa, em momento algum, que deva prevalecer a falta de caráter ou o desvio de conduta.
É preciso ter em mente que espaço para profissionais bem preparados existe — afinal, destacar-se pela habilidade é muito mais honrado do que tomar comportamentos questionáveis para tal, como mentir, roubar ideias e diminuir o trabalho de colegas.
O conhecimento e as habilidades técnicas do profissional não serão o bastante, caso a organização para a qual ele trabalha entenda que não pode confiar nele para gerir grandes responsabilidades (AGUILAR, 2000).
3.2.4 Manutenção de um ambiente de trabalho saudável e harmonioso
Um ambiente em que prevaleça a cordialidade e a cooperação é vantajoso para todos. Por isso, atitudes como falar mal do chefe, colaborar com fofocas ou realizar brincadeiras de mau gosto são recriminadas pela ética profissional. A empatia vale muito nesses momentos e a regra é clara: não fazer com o outro o que não gostaria que fizessem com você.
3.2.5 Educação e respeito entre todos
As normas para o ambiente profissional são semelhantes às do nosso cotidiano familiar e social, mas as consequências de uma má conduta profissional geralmente trazem prejuízos mais relevantes. Assim, evitar a todo custo abrir documentos que não estão sob sua responsabilidade, ter educação ao corrigir um subordinado e respeitar a privacidade dos outros profissionais são algumas condutas básicas (mas não menos importantes!) que devem ser observadas (NALINI, 2014).
3.2.6 Obediência às regras e hierarquia da empresa
Respeitar a hierarquia é fundamental para um bom ambiente de trabalho. Não atentar para esta regra e permitir que questões pessoais interferiram nas relações de trabalho, é uma falta grave. Insubordinação às regras também é uma conduta que desvaloriza a postura profissional de qualquer colaborador (NASH, 1993).
3.2.7 Como fortalecer as atitudes éticas dentro da empresa
Com a intenção de alcançar metas estratégicas, as empresas podem criar suas próprias regras para assegurar o bom funcionamento dos processos de trabalho. Quanto maior for a empresa, maior será a necessidade de adoção do Código de Conduta Ética. Esse é um instrumento que torna padrão os procedimentos de trabalho e conduz normas e valores de conduta para todos os setores da organização de forma igualitária.
O processo de elaboração do Código envolve a participação de funcionários de diferentes departamentos, a fim de tornar o documento acessível e adequado para todos, da forma mais democrática possível. De modo geral, é conduzido pelo departamento de Recursos Humanos, com a formação de um Comitê de Ética, ou pode ser criado por uma Consultoria externa — o que não é o ideal, mas aceitável, caso o setor de RH não possa suportar essa demanda.
Todos os funcionários devem receber uma cópia do Código como instrumento de trabalho e serem orientados a consultá-lo regularmente. Os líderes são as pessoas responsáveis por sanar as dúvidas, caso elas venham a surgir.
Finalmente, é preciso entender que, ao contrário do senso comum, o incentivo à ética profissional, no ambiente de trabalho, não está relacionado a criar uma regra rígida para os funcionários. Um ambiente profissional gerido por padrões morais assegurará benefícios para todos os que fazem parte da empresa, o que contribuirá para o crescimento da organização e o aperfeiçoamento profissional da equipe (https://kenoby.com/blog/etica-profissional/).
3.3 Atitudes antiéticas que todo profissional deve evitar
Se até aqui, buscamos entender e valorizar a ética profissional, precisamos saber o que caracteriza um comportamento antiético para evitá-lo a qualquer custo. Vamos olhar alguns exemplos de atitudes antiéticas:
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Assédio sexual
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Assédio moral
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Tráfico de influência ou informação
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Discriminação ou insinuação
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Utilização de trabalho subvalorizado (escravidão ou semi-escravidão)
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Associação com pessoas ou empresas que praticam atividades duvidosas
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Sonegar impostos
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Se aproveitar de situações de exposição ou fraqueza para obter vantagens.
Olhando para essas condutas, podemos constatar que qualquer atitude que cause desconforto, problemas ou algum tipo de dano a pessoas, à sociedade ou ao meio-ambiente é reprovável eticamente.
Se você for vítima, nunca fique calado. Em alguns casos, como assédio sexual ou moral dentro de uma empresa, a vítima deve exigir providências do Departamento de Recursos Humanos. Em outras situações, como sonegação de impostos ou trabalho subvalorizado, pode ser feita uma denúncia às autoridades competentes (https://www.voitto.com.br/blog/artigo/o-que-e-etica-profissional).

Agora que já tivemos uma boa ideia dos conceitos iniciais envolvendo ética profissional, seguem alguns links interessantes para te ajudar a conhecer ainda mais sobre os seguintes temas:
Vídeo sobre noções de ética e moral: https://www.youtube.com/watch?v=zQzK5xWRFIc&t=762s
Vídeo sobre ética profissional: https://www.youtube.com/watch?v=egjGB9mqp74&t=349s
E-book com mais conceitos sobre ética profissional:
https://www.nre.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guarapuava/eudcacao_profissional/etica_prof2.pdf
Unidade 2
Introdução
1. Transparência e Responsabilidade social
Responsabilidade social (RS) é um conceito que engloba as ações voluntárias de empresas para benefício próprio e benefício de seu público interno (funcionários) e externo (clientes). As empresas que são socialmente responsáveis são aquelas que repensam sua postura, seu comportamento e suas condutas atuais. Elas se organizam e funcionam colocando em prática atitudes que promovam o bem-estar de todos os envolvidos (RODRIGUEZ, 2005).
Embora esse tema não seja exatamente novo (há quase 20 anos, a responsabilidade social entrou na pauta dos negócios), e o interesse por esse tema ainda vem crescendo. Dentre as ações que as empresas adotam, estão aquelas voltadas para o benefício social e para o meio ambiente.
Observe esse trecho retirado do Livro verde, elaborado pela Comissão das Comunidades Europeias em 2001:
“Ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento de todas as obrigações legais – implica ir mais além através de um ‘maior’ investimento em capital humano, no ambiente e nas relações com outras partes interessadas e comunidades locais.”
Dessa maneira, empresas que buscam ser socialmente responsáveis devem fazer mais do que manda a obrigatoriedade prevista em lei.”
1.1 O que é responsabilidade social e ambiental nas empresas?
Toda organização está inserida em um ambiente, nada funciona de maneira isolada. Logo, toda empresa interage com parceiros, fornecedores, clientes, governo, meio ambiente, entre outros agentes, que estão direta ou indiretamente interessados em suas ações ou produtos.
Nessa troca de interesses, produtos e serviços, materiais e recursos financeiros, a empresa passa por perdas e ganhos. Quanto mais prejudicado estiver o meio que a empresa faz parte, mais difíceis/complicadas serão suas interações com o ambiente. E o contrário também é verdadeiro, ou seja:
Portanto, toda empresa que cria ações de responsabilidade social e ambiental promove um espaço muito mais saudável para trocas de experiências para seus negócios. Observe, a seguir, a definição do Ministério do Meio Ambiente sobre o que a junção da responsabilidade social e ambiental, o que chamamos de “Responsabilidade Socioambiental”:
“Está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e a políticas que tenham como um dos principais objetivos a sustentabilidade. Todos são responsáveis pela preservação ambiental: governos, empresas e cada cidadão.”
Assim, ao elaborar ações social e ambientalmente responsáveis, a empresa compreende que também é seu dever promover a preservação da sociedade e do meio ambiente (COULTER, 1998).
Fonte: Elabora pela autora, 2021.
Observe ainda que há uma grande diferença entre responsabilidade social, que você acaba de compreender e sustentabilidade que na verdade é atingida por meio de ações socialmente responsáveis implementadas pelas organizações. A sustentabilidade de um negócio, segundo John Elkington, ocorre quando se respeita as pessoas e o meio ambiente na busca pelo retorno econômico financeiro. Observe que se trata do equilíbrio entre pessoas, meio ambiente e lucro. Em inglês, este conceito é conhecido como Triple Bottom Line ou tripé da sustentabilidade.
Colocando em termos bem simples, a sociedade já não aceita mais empresas que busquem o lucro a qualquer custo, desrespeitando pessoas, assediando-as moralmente no ambiente de trabalho ou pagando salários injustos. Da mesma forma, condena-se as empresas que poluem a água e o ar, prejudicando diretamente a natureza e os seres humanos.
1.2 Tipos de responsabilidade social
- Vejamos quais são os tipos de responsabilidade social, segundo ALENCASTRO (2010):
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.2.1 Responsabilidade Social Corporativa (RSC)
É um compromisso contínuo da empresa, que adota um conjunto de ações que beneficiam a sociedade e as corporações, levando em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividade locais e governo. Geralmente, são os programas sociais, criados pelas organizações, que geram benefícios mútuos entre a empresa e a comunidade, melhorando a qualidade de vida dos funcionários, e da própria população. No geral, cria estratégias e ações diretamente relacionadas ao seu ambiente de negócios.
1.2.3 Responsabilidade Social Empresarial (RSE)
A Responsabilidade Social Empresarial elabora campanhas e planejamentos que beneficiam todos os grupos interessados na empresa e a sociedade em geral. A RSE está intimamente ligada a uma gestão ética e transparente que a empresa deve ter nas relações entre a organização e partes interessadas, para minimizar os impactos negativos das suas atividades no meio ambiente e na comunidade.
Um projeto de responsabilidade social só traz consequências positivas para a sociedade, e para a empresa, se for realizado de forma legítima. Um programa de responsabilidade social empresarial pode desenvolver atividades criativas, tais como: incorporação dos conceitos de responsabilidade social à missão da empresa, divulgação desses conceitos entre os funcionários e prestadores de serviço, estabelecimento de princípios ambientalistas como uso de materiais reciclados e a promoção da diversidade no local de trabalho.
A Responsabilidade Social Empresarial geralmente envolve a busca de novas oportunidades como uma maneira de responder às demandas ambientais, sociais e econômicas do mercado. Dentro do conceito de Responsabilidade Social Empresarial que vem sendo incorporado pelas empresas, o público alvo deixa de ser apenas o consumidor e passa a abranger um número muito maior de pessoas e empresas. São os chamados “stakeholders”. O termo “stakeholders” foi criado para designar todas as pessoas ou empresas que, de alguma maneira, são influenciadas pelas atuações de uma organização (MATTAR, 2001).
1.2.4 Responsabilidade Social Ambiental (RSA)
Já RSA pode ser considerada uma das maneiras mais atuais e completas de ser socialmente responsável. Está relacionada com as práticas de preservação do meio ambiente, uma vez que uma empresa responsável, no âmbito social, deve ser conhecida pela criação de políticas responsáveis na área ambiental, objetivando sua sustentabilidade.
As organizações que investem em políticas sustentáveis mostram ao público que são éticas e responsáveis. Com isso, conquistam um grupo de consumidores que priorizam adquirir produtos de empresas com essa política, uma vez que também se preocupam com o meio ambiente e os aspectos sociais. São os chamados “consumidores verdes”. Além disso, a companhia melhora a sua imagem corporativa, principalmente se investir em ações que melhoram a qualidade de vida das comunidades locais, seja ambientalmente ou socialmente.
Outros aspectos da responsabilidade social podem ser vistos no site do Sesi. Deixo aqui um caminho muito bom:
https://www7.fiemg.com.br/sesi/produto/agenda-2030---objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel-
1.3 Por que a responsabilidade social é importante para as organizações?
Os consumidores estão, cada vez mais, exigentes quanto ao posicionamento das empresas, então, as empresas e os profissionais que se mostram socialmente responsáveis se destacam da concorrência. Sobre esse aspecto, vale destacar alguns números apurados por uma pesquisa global da Nielsen.
Site da pesquisa:
https://nielseniq.com/global/pt/insights/analysis/2015/escolhas-sustentaveis-como-empresas-socialmente-responsaveis-lucram-com-isso/
Foram feitos levantamentos de dados por três anos consecutivos, envolvendo o tema de responsabilidade socioambiental. Como resultado, foi identificado que há uma crescente preferência do público por empresas comprometidas com um impacto socioambiental positivo.
Resultado: no ano de 2013, 50% dos entrevistados se disseram dispostos a pagar mais por produtos e serviços que vêm de empresas que possuem responsabilidade socioambiental. Em 2014, eles eram 55%. Um ano depois, um salto para 66%. Dessa forma, fica claro que o consumidor moderno (atual) não aceita apenas o discurso de empresas que se denominam éticas, mas prioriza aquelas que, de fato, colocam a responsabilidade social em prática. Por tanto, pensar, elaborar e colocar em prática ações de responsabilidade socioambiental é uma necessidade para as empresas que querem se manter competitivas no mercado.
Outra pesquisa que vale ser vista aqui na disciplina de Ética profissional, foi realizada pelo Instituto Akatu (https://akatu.org.br/pesquisa-akatu-2018-traca-panorama-do-consumo-consciente-no-brasil/)
Batizada de “Barreiras e Gatilhos para o Comportamento Sustentável do Consumidor", ela concluiu que os consumidores dão maior valor às “empresas que cuidam das pessoas, envolvendo os funcionários, os deficientes físicos e a comunidade.” Na pesquisa, cinco ações receberam destaque por parte dos compradores:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
1.3.1 Quais são as características essenciais da responsabilidade social?
Segundo o Livro Verde, as empresas que querem desenvolver estratégias e ações sociais podem seguir por duas dimensões: uma interna e outra externa.
Vamos ver agora quais são!
Responsabilidade social das empresas: a dimensão interna
Elementos da dimensão interna da responsabilidade social nas empresas:
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Gestão dos recursos humanos: atrair novos trabalhadores qualificados, incluindo minorias
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Saúde e segurança no trabalho: promover a saúde de seus colaboradores, para além de obrigações legais
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Adaptação à mudança: mesmo com as rápidas mudanças globais recentes, levar em conta o interesse de todos os envolvidos em uma reestruturação dos negócios
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Gestão do impacto ambiental e dos recursos naturais: avaliar e reduzir o impacto ambiental do uso de recursos naturais pela empresa.
Elementos da dimensão externa da responsabilidade social nas empresas:
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Comunidades locais: promover a boa integração da empresa com a comunidade em que está inserida
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Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores: encontrar soluções para a boa relação entre os envolvidos
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Direitos Humanos: gerar um compromisso permanente com o cumprimento dos direitos humanos.
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Preocupações ambientais globais: pensar globalmente as questões de cunho ambiental e avaliar como reduzir danos à natureza.
É importante compreender que uma empresa que desenvolve ações de responsabilidade social pode agir de maneira global ou pontual. Isso significa que mesmo pequenas e médias empresas podem contribuir com a sociedade, ainda que em causas mais específicas. Assim como o profissional autônomo também pode, na sua comunidade ou localidade, realizar ações que tenham cunho social.
Link para consulta:
https://fia.com.br/blog/responsabilidade-social/#:~:text=Confira%20o%20que%20envolve%20a,para%20al%C3%A9m%20de%20obriga%C3%A7%C3%B5es%20legais
1.3.2 Quais são as responsabilidades sociais de uma empresa?
As empresas têm como principal objetivo a geração de lucros. E não há nada de errado nisso, já que sócios, acionistas e empreendedores buscam retorno sobre seus investimentos. Mas, no atual cenário de rápidas mudanças tecnológicas, sociais, políticas e ambientais, faz-se urgente que os empreendimentos atuem para além dessa expectativa.
Os consumidores buscam por organizações que vendam produtos e serviços que afetem o mínimo possível o meio ambiente e a sociedade. Assim, saem na frente as marcas que conseguem promover a responsabilidade socioambiental enquanto entregam sua oferta. Mas como isso acontece na prática? Afinal, quais são as responsabilidades sociais de uma empresa?
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Fazer um recrutamento responsável e zelar pela saúde de seus colaboradores;
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Adaptar-se às mudanças de mercado, promovendo o bem-estar dos funcionários, também é importante.
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Reduzir ao máximo o impacto ambiental em toda a sua cadeia produtiva é importante para uma empresa que promove a RS.

A responsabilidade social vem se tornando muito importante para as empresas, e os clientes têm cobrado, cada vez mais, uma postura por parte das corporações e empresas. A preferência do público é por empresas comprometidas com um impacto socioambiental positivo.
1.3.3 Seis exemplos de responsabilidade social para empresas
Até aqui, vimos que a RS é uma prática realizada por organizações a fim de trazer benefícios sociais e ambientais para sua comunidade interna e externa. Atualmente, as empresas que têm políticas socioambientais ganham destaque entre os consumidores – que, como já dissemos, estão cada vez mais exigentes. Para avançarmos no tema, estão listados abaixo alguns exemplos de práticas de responsabilidade social realizadas no país.
1. INVESTIMENTOS EM SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
Existem obrigações legais que toda empresa deve realizar sobre saúde e segurança do colaborador. Mas, ao promover ações, de forma voluntária, que proporcionem um ambiente mais seguro para o trabalhador, a organização está colocando em prática a responsabilidade social.
A montadora Volkswagen do Brasil investiu cerca de R$ 150 milhões na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, São Paulo, com esse objetivo. No texto apresentado por Adriana Guillaumon Teixeira Pinto à Universidade Federal do Paraná, consta uma declaração interessante de Milton Spadari, supervisor de segurança do trabalho da Volkswagen.
Acompanhe:
“O investimento na saúde e na segurança dos nossos trabalhadores é uma das nossas grandes preocupações. Não poupamos recursos para instalar os mais modernos e avançados sistemas existentes no mundo, para prevenir acidentes e preservar a saúde e a segurança dos nossos funcionários.”
Dessa forma, promover um local mais seguro e com profissionais com melhores condições de saúde é uma ação de RS que reflete na qualidade de vida dos funcionários. Além disso, com menos interrupções por causa de doenças e acidentes, a organização consegue manter mais elevados os seus níveis de produtividade.
2. INTEGRAÇÃO E VALORIZAÇÃO DA COMUNIDADE
As empresas estão inseridas em comunidades, sendo uma parte importante delas ao gerar empregos e fonte de renda. Mas sua atuação não deve parar por aí. Organizações que buscam um relacionamento mais próximo com o público podem elaborar ações de integração.
Uma forma de gerar benefícios se dá através de iniciativas que contemplem a educação, a saúde e a cultura. Um bom exemplo vem da Cooperativa Central Aurora Alimentos. Ela desenvolveu mais de 1.200 atividades por todo o Brasil, com programas como Amigo Energia, Roda de Leitura/Contação de Histórias, Dança, Família é Tudo e Turminha da Reciclagem.
3. RECRUTAMENTO RESPONSÁVEL E DIVERSIDADE
Os consumidores buscam empresas que os representem. Para isso, estão atentos ao corpo de funcionários que constituem as marcas. É assim que a diversidade tem se tornado um elemento importante na hora da contratação. Equipes compostas por minorias étnicas, trabalhadores mais idosos, mulheres, desempregados de longa duração e pessoas em situação de desvantagem no mercado de trabalho são algumas ações de responsabilidade social.
A marca “O Boticário'' tem sido um exemplo de responsabilidade social nesse sentido. Ela diversificou o seu grupo de colaboradores, investindo na captação de pessoas deficientes para seu quadro de funcionários.
4. REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL CAUSADO PELA ATIVIDADE EMPRESARIAL
“Pensar globalmente, agir localmente.” É com essa frase que as organizações vêm colocando em prática nas ações socioambientais. Com mudanças e atitudes aparentemente simples, as empresas conseguem reduzir seu impacto ambiental. Assim, desde diminuir o consumo de água, papel e energia elétrica, até enxugar a matéria-prima da produção, pode ter efeito positivo para o meio ambiente.
Como exemplo, a Sicoob, cooperativa de crédito, recebeu o selo “A” da Procel em uma de suas sedes. Para isso, instalou 120 painéis fotovoltaicos na cobertura do prédio e, dessa maneira, gera energia limpa.
5. PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO SOCIAL
Como parte importante da comunidade em que está instalada, a empresa deve ir além da obtenção do lucro e da obrigatoriedade legal. Pode, dessa forma, detectar carências na localidade e elaborar estratégias para supri-las. Como exemplo, vale citar a Clear Promoções, empresa de trade marketing, que fez parceria com a ONG Amigos do Bem.
Projetos de desenvolvimento local e inclusão social, erradicando a fome e a miséria, estão na pauta.
Veja o que diz Renato Ferreira da Silva, gerente de marketing da Clear Promoções:
“Acreditamos que uma boa empresa deve dar exemplo de engajamento social e preocupação com as necessidades mais vitais dos cidadãos, cuidar para que sejamos exemplos perante o empresariado.”
6. APOIO A CAUSAS SOCIAIS
Além de elaborar planos que tenham como público os colaboradores e a comunidade local, a empresa pode ampliar sua área de atuação. Dessa forma, a organização busca causas maiores e que sejam de interesse de toda a sociedade, como: saúde, educação, preservação do meio ambiente e outros.
A Estrela, fabricante de brinquedos, por exemplo, envolveu-se com projetos de suporte a pessoas com câncer. Essa é uma preocupação antiga da empresa. Em 2001, por exemplo, lançou uma versão da boneca Susi (chamada de Susi Inventando Moda), em ação de parceria com o Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC). Parte dos valores da venda do brinquedo foram revertidos para o IBCC.
Fonte: https://fia.com.br/blog/responsabilidade-social/
1.4 Promovendo e valorizando a diversidade
Observe, ao seu redor, com quantas pessoas diferentes você convive. Diferentes pensamentos, culturas, religiões, gênero, maneira de se vestir, idade, habilidade para lidar com as novas tecnologias etc. Veja como reunir diferentes personalidades valoriza a formação do seu conhecimento. A partir da discussão sobre temas com seus colegas, principalmente aqueles que pensam de maneira diferente de você, é possível acrescentar mais informações àquelas que você já tinha.
À medida em que você compreende que este é um processo que contribui para seu crescimento pessoal e profissional, fica ainda mais interessante conviver com pessoas cujas características são tão diferentes das suas. Por isso, os debates são necessários, com eles, a troca de informação que ocorre pode ser muito proveitosa e levar a novas descobertas.
A valorização da diversidade é um tema tão importante aqui no Brasil, que temos uma Secretaria no Ministério da Educação cujo objetivo é promover a formação dos cidadãos brasileiros de maneira a reduzir as desigualdades e investir no crescimento pessoal e profissional de todos.
Veja mais em: http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-continuada-alfabetizacao-diversidade-e-inclusao/programas-e-acoes?id=12322
Há alguns anos, observa-se um movimento muito forte nas organizações e empresas no sentido de saber conviver e fazer respeitar as diferenças entre as pessoas, como contraponto à padronização. A legislação brasileira, inclusive, estabelece cotas para que as empresas contratem pessoas com deficiência. As instituições de ensino têm cotas para o acesso de diferentes etnias.

Atenção aos exemplos de responsabilidade social para empresas: Investimentos em saúde e segurança do trabalhador; Integração e valorização da comunidade; Recrutamento responsável e diversidade; Redução do impacto ambiental causado pela atividade empresarial; Promoção dos direitos humanos e inclusão social e apoio as causas sociais.
2. Ética na liderança
2.1 O que significa ser líder?
Em uma empresa, as equipes de trabalho devem ser gerenciadas ou lideradas? Vamos ver que há uma grande diferença entre estes conceitos e vamos refletir sobre o quanto a liderança ética é inspiradora para as equipes de trabalho.
Você já observou que a cada nova “onda”, os gestores se apressam em ler novos livros, fazer treinamentos, enviar suas equipes para novas dinâmicas de grupo, etc? Técnicas de administração como a Reengenharia (rever a gestão e os processos desde a “estaca zero”) e o Downsizing (redução buscando uma gestão enxuta) influenciam o modo como se faz a gestão nas organizações. A gestão está voltada para técnicas adotadas para se atingir os objetivos propostos pela organização (GONÇALVES, 1994). Não se enganem, empresas de qualquer ramo precisam dessas técnicas de administração para otimizar a produção e garantir que os profissionais acompanhem as mudanças.
A liderança relaciona-se com a capacidade que um gestor genuinamente possui para “trazer a equipe consigo”, conquistando seu comprometimento na busca pelos objetivos que a organização deseja. A sociedade não aceita mais resultados obtidos “a qualquer preço” comprometendo a saúde, o relacionamento e a qualidade de vida das pessoas.
Carnegie (2003, p. 32) traz os resultados de uma pesquisa que foi feita pela Fundação Carnegie para o Desenvolvimento do Ensino e seu resultado indicou que 15% dos fatores que levam um indivíduo ao sucesso estão relacionados a habilidades técnicas e 85% à sua competência em lidar com as pessoas, a sua personalidade e a sua capacidade para liderar pessoas. Reforçando o entendimento do conceito de liderança, Drucker (2002, p. 135) ensina que “Em primeiro lugar, liderança não é, em si, boa ou desejável. Liderança é um meio”. Veja que a humanidade conheceu líderes positivos como Gandhi e líderes que causaram o mal e o sofrimento como nunca se viu. Há uma expressão em inglês: “walk the talk” utilizada para ensinar que as pessoas devem fazer o que ensinam, o que orientam que os outros façam. Aqui seria: “Faça o que eu digo e faça o que eu faço”.
Em seu livro, o técnico da seleção masculina brasileira de vôlei, Bernardinho (2006, p. 82) demonstra que “se você é um líder realmente duro e exigente, seu próprio sacrifício serve como fonte de motivação, pois demonstrará que a equipe não está sozinha”. As vitórias que a seleção masculina de vôlei alcançou segundo Bernardinho, devem-se a diversos motivos como a disciplina, mas entre eles, certamente, está a liderança exercida por atletas como Giba, que é um exemplo de dedicação para seus colegas de time.
Trazendo a liderança para realidade da nossa disciplina, entendemos que um profissional ético precisa ser um profissional que dá bons exemplos, que estimula o melhor da equipe, e que tem atitude. Percebem como essas características são similares às caraterísticas de um líder? Vejamos a seguir outras características de líderes, citadas por Besen, 2017:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
2.2 Adversidades no ambiente de trabalho e o papel da liderança
Lidar com adversidades talvez seja a tarefa mais difícil para quem lidera equipes, e são nos momentos de dificuldade que se torna importante ter o famoso jogo de cintura. Isso porque, além de superar o desafio, um líder precisa dar bons exemplos para os seus liderados.
As lideranças são especialmente cobradas pelo alcance e superação das metas e é evidente o motivo pelo qual seu estresse é maior. A gestão da carreira de um líder passa pelo conhecimento, controle e superação do estresse do dia a dia. Para tanto, sua capacidade de resistência às pressões deve ser acima da média. Contudo, ser firme na cobrança de resultados é muito diferente de pressionar!
A firmeza gera, inclusive, confiança dos membros de uma equipe em relação ao líder. As pessoas entendem que é necessário impor limites, cobrar resultados, premiar e punir com justiça. Mas é inaceitável (e a lei cuida muito bem de impor a devida punição!) que pessoas com o poder de decisão exerçam suas funções extrapolando os limites impostos pela ética.
Mesmo sendo torturante para o ego de qualquer ser humano, os melhores aprendizados vêm dos erros que cometemos. Por isso, realizar uma gafe e se ver em uma adversidade não deve ser visto com maus olhos. Na verdade, é preciso dar mais valor à capacidade do líder — e dos colaboradores — de ter se arriscado e superado um problema do que ter se acovardado diante das dificuldades.

Os líderes são profissionais que carregam o instinto de liderança, porém mais que isso, são profissionais que se destacam por apresentarem virtudes como proatividade, honestidade, por serem firmes, sabem ajudar e pedir ajuda quando necessário e que além de possuírem todas essas características, as colocam em prática para melhorar seu ambiente de trabalho. A liderança não necessariamente nasce com alguém, ela pode ser trabalhada e desenvolvida em todos que assim desejarem. Todos são capazes de se tornarem líderes!
2.2.1 Dicas para lidar com adversidades
Quando o líder está “no olho do furacão”, nem sempre é fácil enxergar as oportunidades e se manter calmo com a possibilidade de tudo ao redor está se desmoronando. No entanto, diversos truques simples podem ajudar um gestor a manter o seu lado emocional mais tranquilo para que este consiga tomar decisões de forma mais assertiva. Vejamos:
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Influenciar a sua mente a deter o controle da situação, de modo que fique mais fácil encarar os obstáculos.
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Entender que você também é responsável — mas não culpado — por aquele momento e, por isso, deve se esforçar para sanar a questão.
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Perceber até que ponto repercute o problema em questão.
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Enxergar qual é a dimensão da adversidade, tentando estabelecer um tempo para vencê-la.
Outro ponto fundamental é escutar todos os envolvidos e olhar com atenção para a situação como um todo, sem deixar que os detalhes passem despercebidos. Complementando essa técnica, é preciso ter força de vontade, pois grandes mudanças não acontecem de uma hora para outra.
Fonte: https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/carreira/lideranca/por-que-lideres-precisam-saber-lidar-com-adversidades/
2.3 Resiliência: suportando pressões num ambiente de adversidades
Você já deve ter ouvido falar neste termo: resiliência. Esta é uma característica cada vez mais desejada nos profissionais, atualmente. Mas o que isso significa? Em 1807, Thomas Young, um cientista inglês estudava a elasticidade dos materiais e criou o termo “resiliente”. Este termo foi incorporado pela Física para designar a capacidade que alguns materiais possuem de acumular energia quando são submetidos a algum tipo de esforço e depois voltar ao seu estado normal sem qualquer deformação. Imagine por exemplo o salto com vara. Ela se deforma para que o atleta execute o salto, depois retorna ao seu estado natural, sem deformações.
O termo resiliência foi incorporado ao vocabulário organizacional para designar a capacidade que uma pessoa tem de resistir às pressões do meio sem que isso afete seu desempenho, sua postura, seu relacionamento com as pessoas, ou seja, que ela “volte ao normal” cada vez que algum tipo de esforço for feito ou alguma situação constrangedora ocorra.
Se por um lado, os profissionais precisam ser, cada vez mais, resilientes, suportando as pressões do meio, por outro lado, também as lideranças nas organizações precisam estabelecer rotinas de trabalho e formas de relacionamento com os funcionários que permitam um ambiente favorável de trabalho. Neste sentido, devem ser desenvolvidas ações internas nas empresas, no sentido de cultivar um clima positivo que faça com que as pessoas se sintam motivadas ao comprometimento com os objetivos empresariais (BERSCH,2017). É papel da liderança ser firme sem, com isso, ferir a integridade moral das pessoas de uma equipe. É papel das pessoas que compõem a equipe agir com responsabilidade, seriedade e com o mesmo respeito que desejam receber do outro.
Porém, uma dúvida que pode surgir é: afinal, o indivíduo nasce ou se torna resiliente? Resiliência é uma habilidade que se desenvolve. O comportamento resiliente é adquirido pelo indivíduo por meio de determinação, conhecimento e treino. Por tanto, não esperemos que as situações adversas ocorram para só então pensarmos em ser resilientes, o ideal é já irmos trabalhando essa virtude, ao longo da vida, dentro e fora do ambiente de trabalho.
3. Ética e Compliance
Compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. Estar em “Compliance” é estar em conformidade com leis e regulamentos externos e internos. Uma organização “em compliance” é aquela que, por cumprir e observar rigorosamente a legislação a qual se submete e aplicar princípios éticos nas suas tomadas de decisões, preserva ilesa sua integridade e resiliência, assim como de seus colaboradores e da Alta Administração.
3.1 Função do Compliance
O Compliance tem a função de monitorar e assegurar que todos os envolvidos com uma empresa estejam de acordo com as práticas de conduta desta empresa. Essas práticas devem ser orientadas pelo Código de Conduta e pelas Políticas da Companhia, cujas ações estão especialmente voltadas para o combate à corrupção (DE CARLI,2017).
3.2 Benefícios para as empresas com a adoção do Compliance
a) Preservação da Integridade Civil e Criminal
Ao prevenir e reduzir os riscos das condutas não conformes, o Compliance diminui o grau de exposição e responsabilização da Alta Administração da Organização em relação a potenciais comportamentos irregulares ou ilegais de seus colaboradores.
b) Aumento de Eficiência
O Compliance reduz a incidência de fraudes e desconformidades, que geram desvios de recursos, evitando riscos de sanções legais, perdas financeiras e perda de reputação. Também aumenta a qualidade das decisões da Organização, reduzindo o custo operacional. Estes fatores repercutem diretamente no aumento da eficiência na gestão e no desempenho da Organização.
c) Vantagem Competitiva
O Compliance é uma estratégia relevante de competitividade e atratividade do negócio, uma vez que a sociedade, cada vez mais, conscientiza-se em relação ao consumo sustentável e ético, e passou a exigir que as Organizações adotem posturas e comportamentos que reflitam esses valores.
d) Ganhos de Produtividade
Uma cultura organizacional ética exerce influência sobre a integridade dos colaboradores, reduzindo a incidência de comportamentos que representam desvios. A difusão de boas práticas de governança corporativa amplia a coesão do público interno, gerando uma melhoria de produtividade contínua.
4. Legislação e Exercício profissional
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
O PROJETO DE LEI N.º 6.300, DE 2019, regulamenta o exercício da atividade do GASTRÔNOMO e dá outras providências.
Bem resumido, vamos conferir:
O Congresso Nacional decreta:
ART. 1º Esta lei regulamenta a profissão e as atribuições do Bacharel em Gastronomia e do Tecnólogo em Gastronomia, estabelecendo os requisitos para o exercício da atividade profissional e o registro em órgão competente.
ART. 2º É livre o exercício da atividade profissional de gastrônomo, desde que atendidas às qualificações e exigências estabelecidas nesta lei e cumprida às diretrizes curriculares fixadas pela Lei de Diretrizes e Base da Educação.
ART. 3º Para os fins desta lei considera-se bacharel em Gastronomia ou Tecnólogo em Gastronomia, aquele que se diplomou no respectivo curso de gastronomia.
ART. 4º São requisitos para o exercício da atividade do GASTRÔNOMO I - Ter diploma de conclusão de curso superior de bacharelado ou de tecnologia em gastronomia, emitido por instituições de ensino superior brasileiras, devidamente reconhecido pelo Ministério da Educação; II - Ter registro profissional de gastronomia no órgão competente.
ART. 5º São atribuições do GASTRÔNOMO, dentre outras, na forma do respectivo diploma e da grade curricular efetivamente realizada: I – direção, coordenação e supervisão de curso de graduação em gastronomia e o ensino das disciplinas curriculares afins; II – gerenciar e desenvolver projeto de empreendimento gastronômico e de produto alimentício; III – planejar e desenvolver cardápio de alimentos e bebidas, inclusive elaborando harmonizações; IV – atuar no recebimento e acondicionamento de alimento dentro das normas de conservação e higiene, fiscalizando quanto a sua validade e qualidade; V - elaborar plano de limpeza e sanitização de toda a área física da cozinha e áreas afins, inclusive de seus utensílios e equipamentos; VI – cumprir e fazer cumprir as normas de vigilância sanitária estabelecidas pelos entes públicos; VII – participar e projetar layout de cozinha profissional dimensionando e designando utensílios e equipamentos necessários para os diversos segmentos do ramo de alimentação; VIII – confeccionar fichas técnicas de preparo para produção padronizada de cardápio e comandar a brigada de trabalho de cozinha, orientando e fiscalizando a confecção dos pratos, apresentação e qualidade dos mesmos, sejam em porções individuais ou para coletividade; IX – Planejamento, coordenação, supervisão, gestão e execução de evento, gastronômico ou em geral, este quando incluir alimentação. X - auditoria, consultoria e assessoria de gastronomia em restaurante, hospital, bar e afins, bem como em evento gastronômico promovido por particular ou por ente público; Parágrafo Único. É obrigatória a participação de gastrônomo em equipe multidisciplinar, criada por entidade pública ou particular, e destinadas a planejar, coordenar, supervisionar, programar, executar e avaliar políticas, programas, cursos nos diversos níveis, pesquisas ou eventos de qualquer natureza, direta ou indiretamente relacionados com alimentação, bem como elaborar e revisar legislação e códigos próprios desta área.
ART. 6º É assegurado ao GASTRÔNOMO: I – piso salarial profissional fixado em instrumento normativo de trabalho; II – jornada de trabalho compatível com a especificidade e complexidade da função.
ART. 7º A carteira de Identidade Profissional, emitida pelo órgão competente da respectiva jurisdição, é, para quaisquer efeitos, o instrumento hábil de identificação civil e de comprovação de habilitação profissional do gastrônomo, nos termos da Lei nº 6.206, de 7 de maio de 1975. Art. 8º Caberá ao Poder Executivo regulamentar esta lei, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias da sua publicação.
ART. 9º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Justificação
A gastronomia é um dos campos do conhecimento fundamental, uma vez que todos nós necessitamos nos alimentar diariamente. Na atual sociedade brasileira, 1/3 (um terço) das pessoas realizam alimentação fora da sua residência, pelo menos uma vez por dia, exigindo que o profissional da alimentação tenha formação adequada e eficiente na elaboração, no preparo e na conservação dos alimentos, a serem consumidos. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB), o brasileiro gasta 1/3 (um terço) da sua renda mensal com refeições fora de sua residência e a tendência é de crescimento. Mais de 90% dos estabelecimentos do setor são empresas de pequeno ou médio porte. A expansão anual do mercado gira em torno de 10%, gerando, aproximadamente, mais de 6 milhões de vagas de trabalho. Sendo um setor que mais gera empregos no Brasil, por isso é de suma importância a sua regulamentação profissional, dentre eles o gastrônomo para assegurar aos comensais a segurança alimentar e de qualidade. O gastrônomo tem em sua missão resgatar os insumos locais, valorizando o produtor local e resgatar com isso a cultura alimentar do povo. A importância disso fica clara com os inúmeros cursos de Gastronomia, hoje algo em torno de 134 cursos, de bacharelado ou tecnólogo, todos de nível superior, espalhados por todo o Brasil, formando jovens com potencial criativo e de vasto conhecimento prático e teórico.
Deixar todo esse potencial, sem regulamentação, propicia aos gastrônomos o desestímulo de continuidade da profissão, com isso promovendo a má conduta em nossas cozinhas, com ofertas pouco atrativas e com comprometimento da qualidade. Os bons restaurantes geram um incremento no setor do turístico, sendo que se não for orientado por profissionais técnicos, acabam prejudicando o turismo nas diversas áreas de nosso País. Portanto, é necessário que a sociedade brasileira possa reconhecer esta ciência e este ofício de forma plena, instituindo o exercício pleno da profissão e conferindo a mesma, seus direitos e deveres inerentes.
LEI Nº 6.206, DE 7 DE MAIO DE 1975
Dá valor de documento de identidade às carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
ART. 1º É válida em todo o Território Nacional como prova de identidade, para qualquer efeito, a carteira emitida pelos órgãos criados por lei federal, controladores do exercício profissional.
ART. 2º Os créditos dos órgãos referidos no artigo anterior serão exigíveis pela ação executiva processada perante a Justiça Federal.
ART. 3° Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, em 7 de maio de 1975, 154º da Independência e 87º da República.
ERNESTO GEISEL
Armando Falcão Arnaldo Prieto
FIM DO DOCUMENTO/da lei
O PROJETO DE LEI N.º 6.300, DE 2019. Acesso da lei: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=3557D79FC4075 23F02330E1B70C5285.proposicoesWebExterno2?codteor=1846168&filename=Avulso+-PL+6300/2019
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
4.1 Dilemas éticos
Agora que vimos o que a lei fala sobre a atuação dos conselhos e sobre o exercício profissional, vejamos alguns dilemas éticos na conduta profissional. Esses exemplos nos ajudaram a entender o que estamos estudando. Acompanhe os exemplos:
a) Técnico de Informática
Após receber um notebook de uma cliente cujo sistema operacional não carregava, o técnico identificou que a origem do problema estava em um micro pendrive que havia passado despercebido. O equipamento tentava procurar o sistema operacional no pendrive e não encontrava. Ao constatar o problema, o técnico indicou para a cliente qual era a questão e devolveu o notebook sem cobrar.
b) Médico
Após conversa com um paciente, um conceituado cirurgião plástico constata que sua paciente não se encontra, psicologicamente, equilibrada o suficiente para tomar decisões. Sendo assim, ele sugere que a paciente tire um período para pensar melhor ao invés de marcar a data da cirurgia.
c) Gastrônomo
Um cliente procura um gastrônomo dono de um renomado bistrô e pergunta para ele se seria possível que este gastrônomo realizasse um evento para 200 pessoas. O profissional explica que a capacidade máxima do local é de 100 pessoas e que ao realizar o evento lá, os convidados ficariam desconfortáveis e sem espaço. O profissional indica outros locais que atenderiam a necessidade do cliente.
d) Advogado
Apesar de estar passando por uma grave crise financeira, um famoso advogado recusou a proposta de um agenciador de causas para assinar um contrato de captação. O contrato citava o pagamento de uma comissão de 20% ao agenciador do montante recebido pelo réu a título de honorários contratuais.
e) Dentista
Sentindo-se grato por ter aliviado a sua dor, um paciente ofereceu uma quantia de gratificação para o seu dentista. Como o atendimento havia sido realizado pela rede pública, o dentista não aceitou o recebimento.
f) Enfermeiro
Durante um fim de semana na casa de amigos, um enfermeiro foi questionado sobre um incidente com um paciente no hospital onde trabalha. Educadamente, ele evitou o tema e mudou de assunto, evitando quebrar o sigilo a respeito das condições do paciente.
g) Contador
Pressionado para dar um parecer diferente a respeito da realidade tributária da empresa, durante uma reunião de diretoria, o contador colocou o seu cargo à disposição após ponderar a respeito das possíveis consequências da proposta. Era evidente a intenção de fraude fiscal.
h) Personal Trainer
Durante o intervalo do exercício de um cliente na academia, um personal trainer notou que um colega de profissão havia deixado um cliente sozinho e ele estava executando um exercício incorretamente. Ao invés de falar sobre o erro diretamente com o cliente, ele apenas solicitou que a pessoa interrompesse o exercício e imediatamente procurou o colega para alertar sobre o erro.
i) Bombeiro Civil
Durante o atendimento em um acidente, um bombeiro se recusou a dar maiores explicações aos membros da imprensa que estavam no local. Desta maneira, ele impediu que informações sensíveis vazassem, prejudicando o andamento das operações e o sigilo das informações sobre os acidentados.
j) Gerente de Logística
Ao tentar trocar de fornecedor, um gerente de logística recusou uma oferta de pagamento deste antigo fornecedor para manter o contrato. Sua decisão foi contra a maioria dos membros do seu departamento, mas a troca de fornecedor acabou por resultar numa grande economia para a empresa.
Fonte: https://www.todacarreira.com/etica-profissional-exemplos-principios-valorizados/

O exercício da ética profissional se faz necessário em qualquer área. Nenhum profissional perde por agir com base na ética. Fique atento às situações que o ambiente de trabalho traz, procure pensar antes de executar e estar respaldado na ética.
Acabamos de ver exemplos de aplicação da ética profissional em diversas situações e com vários profissionais. Vejamos, a seguir, pontos importantes na apresentação de um profissional. São detalhes que fazem toda diferença e podem definir para qual candidato à vaga será destinada.
O mercado de trabalho altamente competitivo exige, cada vez mais, do profissional, tanto em aspectos técnicos como atitudes corretas. Pesquisas revelam que a maioria das empresas demitem profissionais com excelente formação acadêmica por motivo de má conduta e vários entrevistados do Guia da Carreira já falaram a frase: “Cada vez mais, as empresas contratam pela experiência e habilidade e demitem por comportamento”.
5. Regras de etiqueta profissional
A habilidade comportamental de um profissional pode determinar não só a sua permanência na empresa, mas até garantir uma promoção. E seguir algumas regras de etiqueta profissional auxilia no convívio com os colegas, superiores, subordinados e clientes. São cuidados com a postura, o vestuário, o comportamento e a comunicação que devem ser tomados por todos dentro de uma empresa.
Vamos explorar cada uma dessas regras:
1 – Pontualidade: Seja pontual em seus compromissos e respeite os horários.
O profissional deve organizar seu tempo para chegar sempre cedo ao trabalho e a reuniões. Caso precise sair antes do fim de uma reunião, procure avisar com antecedência a quem está presidindo o encontro e saia discretamente, para que não atrapalhe o andamento da reunião. Esteja atento aos prazos de entrega de trabalhos e relatórios e procure sempre cumpri-los. Se não for possível atender o prazo combinado, avise as pessoas envolvidas com o máximo de antecedência, explique as razões do atraso e, se possível, combine novo horário ou data.
2 – Apresentação pessoal: Mantenha uma boa imagem pessoal
A primeira leitura que alguém fará de você será baseada em sua aparência: suas roupas, seus cabelos e na sua higiene pessoal. Cuidar desses aspectos mostra respeito e comprometimento com a empresa. Procure vestir-se de forma discreta, evite modismos, decotes reveladores e excesso de acessórios. Evite “mostrar pele” demais, use blusas com mangas ao invés de regatas, cuidado com o comprimento de saias e prefira calças à bermudas. Cada ambiente de trabalho exigirá um tipo de vestimenta, fique atento ao grau de formalidade de sua empresa.
Esteja sempre alinhado(a), com as roupas limpas e bem passadas e sapatos engraxados. A higiene pessoal é outro fator importante. Procure sempre manter seus cabelos limpos, penteados e bem cortados, a barba bem feita ou cortada, unhas limpas e sem esmalte descascando, dentes escovados e bom hálito. A pele também deve ser bem cuidada. Use produtos adequados para reduzir a oleosidade, disfarce espinhas ou manchas e use maquiagem discreta, se necessário.
3 – Postura: Use a linguagem corporal a seu favor
Com postura e movimentos corretos você pode influenciar positivamente as pessoas ao seu redor. Mantenha a postura ereta ao ficar de pé: ombros para trás e cabeça erguida demonstram confiança. Ao conversar com as pessoas, mantenha sempre contato visual. Evite cruzar os braços ou apoiá-los na cintura, pois isso pode transmitir passividade e desinteresse na conversa. Gesticular um pouco ao falar pode passar mais confiança ao que está sendo dito, além de ajudar a formar pensamentos mais claros. Quando estiver sentado, procure manter a coluna ereta.
4 – Tom de voz: Controle o tom e o volume de sua voz
Procure manter um tom de voz neutro, controlando suas emoções para não demonstrar sentimentos negativos como agressividade, deboche e irritabilidade, entre outros. Se estiver descontente com algo, evite falar naquele momento. Respire fundo, tente se acalmar e colocar os pensamentos em ordem. É mais difícil controlar o tom de voz quando dizemos a primeira coisa que nos vem à cabeça, portanto reflita sempre antes de falar.
O volume de sua voz também é importante, evite falar alto demais. Em certos ambientes, é necessário falar um pouco baixo, mas certifique-se de que a outra pessoa possa ouvi-lo(a). Cuidado com as risadas também, gargalhadas altas podem ser inadequadas.
5 – Bom humor sem exageros: Evite piadas e brincadeiras
Todos desejam trabalhar em um ambiente agradável, alegre e descontraído, mas há limite para o humor. Expresse seu bom humor sendo simpático, sorrindo e fazendo comentários leves e agradáveis. Lembre-se da diversidade existente em um ambiente de trabalho, com pessoas de diferentes culturas e crenças convivendo juntas. Portanto, evite as brincadeiras e piadas, pois elas podem facilmente deixar alguém desconfortável, ou até mesmo ofendido. Atenção também para a forma de tratar as pessoas. Não é recomendável criar apelidos, ou chamar os outros por uma versão mais curta de seu nome, principalmente em ambientes mais formais. Para evitar deslizes, procure chamar as pessoas pelo nome com que elas se apresentam.
6 – Ao entrar e ao sair: Peça licença ao entrar e cumprimente a todos
Sempre peça licença ao entrar em um ambiente, mesmo que a porta esteja aberta. Cumprimente todas as pessoas que estão ali. Bastam um sorriso e um “bom dia” ou “boa tarde”, não é preciso chegar dando beijinhos nos integrantes da reunião. Ao entrar na sala ou escritório de alguém, espere receber um convite para depois sentar.
7 – Caixa postal em dia: Não deixe nenhum e-mail sem resposta.
Procure acessar com frequência o seu e-mail profissional e enviar respostas rápidas de forma clara e objetiva. Quem envia um e-mail espera por uma resposta. Caso você não consiga responder a uma solicitação no mesmo dia, mande uma mensagem curta dizendo que recebeu o e-mail e irá tratar da resposta o mais rápido possível. Não utilize o e-mail da empresa para assuntos pessoais ou para enviar mensagens com assuntos não profissionais. Para isso, use sua conta de e-mail pessoal e preferivelmente fora do horário de expediente.
8 – Respeite o horário de intervalo: Não coma em sua mesa de trabalho ou fique conversando com colegas que estão trabalhando
O intervalo de trabalho é o momento em que você pode resolver questões pessoais, realizar telefonemas e conversar sobre assuntos gerais com seus colegas. Evite falar sobre questões de trabalho, ou tentar resolver pendências durante um almoço informal com os colegas.
Se almoçou rapidamente e voltou à sua mesa antes da hora, evite interromper os que estão em horário de expediente. Não coma lanches em sua mesa de trabalho. Além de ser deselegante, você corre o risco de derramar alguma coisa no computador ou em algum documento importante.
9 – Conversas de corredor: Fique longe das fofocas
Embora as pessoas geralmente fiquem mais tempo no trabalho do que em casa, isso não dá a elas o direito de serem invasivas. Evite fazer perguntas pessoais aos seus colegas, ouça mais do que fale e espere a outra pessoa ter a iniciativa de contar algo pessoal. Evite expor sua vida privada e não participe de fofocas. Existe uma linha tênue entre comentários e fofocas. Na dúvida, evite expor sua opinião sobre alguém. O ideal é que esta pessoa esteja presente ao se falar dela ou de seu trabalho. É aquela velha e sempre importante regrinha de ouro: elogie em público, critique em privado.
10 – Imagem Profissional: não fale mal da empresa em que trabalha
Além de antiético, falar mal da empresa que você trabalha pode prejudicar sua imagem profissional. Preste atenção ao tipo de comentário que você fará sobre a empresa, sobre outros colegas e sobre o chefe para as pessoas de fora do trabalho e, principalmente, para seus clientes e colegas. Isto também vale para a empresa em que você não trabalha mais.
Fonte: https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/10-otimas-dicas-de-etiqueta-profissional/
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
Fonte: Google imagens. Dormir no trabalho é antiético
6. O que é Infração Ética?
Vimos várias regras para atuação profissional ética, e agora veremos o que significa uma infração ética. Segundo a Coordenadoria Nacional de Comissões de Ética, em seu Art. 13: Todo ato cometido pelo profissional que atente contra os princípios éticos, descumpra os deveres de ofício, pratique condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
Exemplos:
Descumprir voluntária e injustificadamente os deveres do ofício, incluindo:
1. Abandonar o ambiente de trabalho de forma voluntária e injustificadamente.
2. Apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou desrespeitando tabelas de honorários mínimos aplicáveis;
3. Usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de vantagens indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos, como: apresentar falsos argumentos para “vender o serviço”.
4. Descuidar com as medidas de segurança e de saúde do trabalho sob sua coordenação.
5. Prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde humana ou ao patrimônio cultural
6. Acobertamento: ato de assumir a Responsabilidade Técnica por um serviço sem nenhuma participação sobre ele. O profissional que pratica esta irregularidade é o popular “calígrafo ou canetinha”.
7. Exorbitância: ocorre quando o profissional assume Responsabilidade Técnica por um determinado serviço sem ter atribuição e/ou habilitação para fazê-lo.
Fonte: https://www.creasp.org.br/arquivos/publicacoes/2017-codigo_de_etica.pdf
Fonte: Elaborado pela autora, 2021

Seguem alguns links interessantes para te ajudar a conhecer ainda mais sobre os seguintes temas:
Vídeos sobre condutas antiéticas no ambiente de trabalho:
https://www.youtube.com/watch?v=u1hhkw_NZRA
https://www.youtube.com/watch?v=WJXQZTaNNVA
Site com mais informações sobre responsabilidade social:
https://fia.com.br/blog/responsabilidade-social/
Unidade 3
Introdução
1. Órgãos de classe
Os órgãos de classe se constituem como entidades de amparo, elas promovem uma representação/regulação/congregação/atuação político-institucional, acadêmico-científica e profissional de determinadas categorias institucionais. Estes órgãos são representados por diversos tipos de entidades como conselhos, associações e sindicatos.
Vários campos do conhecimento, além de categorias profissionais, empresariais/industriais/bancárias/midiáticas necessitam de representações político-institucionais através dos órgãos de classe, com o objetivo de organizar as classes trabalhistas e unir esses grupos para gerar benefícios às classes profissionais.
Entidades profissionais (órgãos de classe) existem por iniciativa e responsabilidade exclusiva dos profissionais, que as fundam e as mantêm. Os órgãos de classe são instituições de natureza política e cultural, dedicadas ao debate das questões decisivas das profissões em torno das quais se constituem, para melhorar as condições de trabalho, direitos e deveres, dentre outros pontos importantes para a classe profissional.
Algo que devemos nos atentar, é que esses órgãos são independentes do Estado, tanto para sua sustentação econômica quanto para sua afirmação institucional, ou seja, para existir, uma entidade profissional conta apenas com sua própria capacidade de coletar os recursos necessários à sua sobrevivência e com sua própria capacidade de legitimar-se perante os profissionais que procura representar, sendo aquela – a viabilização econômica – decorrência direta desta – a legitimidade.

Legitimidade é uma característica atribuída a tudo aquilo que cumpre o que é imposto pelas normas legais e é considerado um bem para a sociedade, ou seja, tudo que é legítimo. Um bom exemplo são as assinaturas de contratos de trabalho, que devem ser estabelecidas conforme às leis de direito correspondentes. A legitimidade também pode se referir às características de algo que está em conformidade com as leis morais da sociedade, como a justiça, a razão, entre outras.
A palavra legitimidade provém do termo latim legitimare, que significa "fazer cumprir a lei".
Para que não restem dúvidas, vamos entender o que é legitimidade:
1.1 Legitimidade de uma Entidade Profissional
A legitimidade de uma Entidade Profissional como um todo, se constrói na defesa dos princípios e valores considerados fundamentais e justos, tanto pelos profissionais que a constituem quanto pela sociedade em seu todo; é, portanto, uma legitimidade de natureza política e, ainda antes disso, e muito mais importante do que isso, ÉTICA. Sem ela, uma entidade não sobrevive, porque lhe faltam, em primeiro lugar, autoridade moral e a capacidade de obter, de seus afiliados e da sociedade, os recursos de que necessita para manter sua estrutura administrativa em funcionamento. Ou seja, sem a legitimidade, nenhum órgão de classe conseguiria se manter e manter seus valores éticos.
No entanto, o que chamamos especificamente de conselhos profissionais, diferentemente das entidades profissionais, são instituições do Estado, por ele criadas e mantidas pelas contribuições que todos os profissionais vinculados aos respectivos conselhos estão legalmente obrigados a pagar; na sua condição de órgãos do Estado, conselhos profissionais existem para controlar e fiscalizar o exercício das diferentes profissões, visando ao benefício e à proteção dos interesses da sociedade.
Os sindicatos têm como missão principal a luta pela melhoria das condições de trabalho, da remuneração dos profissionais, das relações entre proprietários de empresas privadas, públicas e colaboradores, e à defesa da classe, entre outras atividades. Eles têm como atribuição específica verificar jornada ideal de trabalho do profissional, piso salarial, acordos anuais, fazendo prevalecer todos os direitos trabalhistas garantidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)
Fonte: https://jus.com.br/noticias/58738/diferencas-entre-conselho-profissional-x-sindicato-x-entidades-de-classe
2. Funções dos órgãos de classe:
Agora que vimos um panorama geral, é necessário entender as funções dos órgãos de classe. Vamos conferir o que cada um representa:
- ASSOCIAÇÃO: Pessoa jurídica de direito privado. É responsável por unificar os profissionais de determinada área, visando à atualização e ao aprimoramento profissional, através da promoção de eventos, cursos, vendas de publicações da área, criação de grupos de trabalho por áreas, etc. Também atua na divulgação da profissão, visando abrir vagas no mercado de trabalho, podendo disponibilizar bancos de currículos e divulgar vagas.
As associações possuem cunho científico e o objetivo de reciclar os conhecimentos, atualizando os profissionais diante de uma sociedade que exige, cada vez mais, qualidade, especialização, excelência e competência.
- SINDICATO: Pessoa jurídica de direito privado, que tem sua ação voltada para as questões referentes à relação de trabalho, tais como salário, horas extras, insalubridade, acordos e dissídios coletivos, etc. Entidade constituída para fins de proteção, estudo e defesa de interesses comuns. Os profissionais podem se associar livremente, não há a obrigatoriedade. Sindicato tem as prerrogativas de representante legal da categoria perante os três níveis de governo e junto ao Poder Judiciário. Faz todo ano negociações salariais com os sindicatos e federações patronais. Ingressa anualmente na Justiça do Trabalho com o dissídio coletivo da categoria, que fixa o percentual de reajuste dos salários, piso salarial e demais benefícios.
- CONSELHO: Os chamados Conselhos Regionais foram criados para regular, orientar e fiscalizar a atividade profissional. São entidades fiscalizadas pelo Conselho Federal, órgão hierarquicamente superior: ele gera as resoluções para os regionais. Cabe ao Conselho julgar em grau de último recurso, os procedimentos éticos e administrativos. Os conselhos regionais têm seu espaço de atuação delimitado por leis constitucionais. Muitas vezes, estão impedidos legalmente de fazer mais pela profissão, senão estarão invadindo a área de outras instituições, como Associações e Sindicatos.
PARTICULARIDADES
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
2.1 Ações práticas de cada órgão:
ASSOCIAÇÃO
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Promover treinamento e aprimoramento do conhecimento.
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Representar a profissão em eventos e espaços políticos.
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Integrar profissionais através de encontros, simpósios, fóruns.
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Difundir resultados de pesquisas e inovações nas áreas de atuação.
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Contribuir com a sociedade para a formação de profissionais aptos.
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Apoiar e promover atividades para melhorar o posicionamento dos profissionais e futuros profissionais no mercado de trabalho.
SINDICATO
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Coordenação, defesa e representação legal da categoria nas esferas públicas e privadas e perante autoridades e poderes.
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Orientar, arbitrar e fiscalizar relações trabalhistas, o cumprimento da CLT (Consolidação das leis do trabalho), das normas de segurança do trabalho e de atuação funcional, de pisos salariais, convenções e acordos.
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Oferecer assistência profissional e judiciária aos associados
CONSELHO
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Fiscalizar a atuação do profissional, a fim de assegurar a sociedade que os serviços sejam prestados por profissionais habilitados.
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Orientar o profissional sobre o exercício do seu ofício.
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Zelar pela ética da profissão em todas as suas áreas de atuação.
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Regular os limites de atuação profissional.
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Registrar, cadastrar e atualizar os dados sobre os profissionais.
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Divulgar e discutir temas como ética profissional, áreas de atuação e o exercício legal da profissão.
Fonte: https://www.crefsc.org.br/voce-sabe-as-diferencas-entre-conselho-profissional-sindicato-e-associacoes/
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
3. Código de Ética
É importante falarmos sobre o Código de Ética que é proveniente dos Conselhos, ele deve ser seguido pelos colaboradores nos ofícios que ocupam e trazem benefícios como:
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Especificar o intuito de cada instituição e profissão;
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Registrar direitos e deveres de cada profissional de áreas específicas;
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Apresentar os limites que serão aceitos entre colegas de profissão e clientes ou pacientes;
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Ressaltar a importância do sigilo profissional, quando necessário;
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Reforçar o respeito que deve haver pelos direitos humanos em pesquisas científicas ou em outras situações do cotidiano das profissões;
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Analisar, delimitar e especificar a publicidade de cada área;
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Oferecer informações consistentes sobre remuneração e Direitos Trabalhistas.
Em outras palavras, é um documento que dita as obrigações, responsabilidades e princípios de cada profissão. Sendo assim, cada Código de Ética é único e baseado na:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
O Conselho é composto por profissionais de alto escalão, escolhidos por outros da área que integram. Além de possuírem cargos honoríficos e serem os responsáveis por registros e julgamentos sob regulamentações pré determinadas pelos códigos. Como resultado, existem 2 tipos de Códigos de Ética, e veremos, a seguir, o que cada um representa.
3.1 Código de Ética Profissional
Os códigos que são mais difundidos, no Brasil, são os de Medicina, OAB, Psicologia e Enfermagem, sendo que cada código possui as especificações de cada profissão, como a obrigação para com a sociedade e o respeito que devem possuir pela dignidade humana. Os direitos e deveres são definidos, inclusive o que é vetado eticamente e as punições que podem ser acarretadas por uma má conduta ética profissional.
3.1.2 Código de Ética Empresarial
No Código de Ética Empresarial, é possível encontrar a missão, visão e princípios que a empresa prega para a sociedade e seus colaboradores, que devem estar cientes do código da empresa que presta serviços. Em resumo, esse código é responsável por mostrar o intuito do negócio e como o ambiente de trabalho é promovido.
3.1.3 Código de Ética Organizacional
Como visto acima, todas as empresas e profissionais devem seguir a Ética Profissional, mas também há algumas empresas que adotam Códigos de Ética Organizacional, com o intuito de manter um bom funcionamento dos setores e trazer resultados reais para o negócio. Essa adição, por parte das empresas, ocorre quando a organização se vê em necessidade de padronizar processos para conquistar seus objetivos estratégicos, além de tudo ser acordado de forma igualitária entre todos os colaboradores.
Esse Código de Conduta Ética Organizacional é de responsabilidade do Departamento de Recursos Humanos, sempre ao lado de um Comitê de Ética ou havendo uma Consultoria externa para definir o que deve ser levado em consideração, sem erros. Inclusive, a empresa deverá distribuir o documento entre seus colaboradores e se colocar disponível para quaisquer dúvidas que possam surgir, além de oferecer um canal de contato que servirá para denúncias ou relatos, seja anônimo ou não.
Fonte: https://niduu.com/blog/etica-profissional
3.2 Reflexão sobre a atuação profissional
Após todos conhecimentos que adquiridos, ao longo das três unidades, vamos agora refletir sobre seguintes situações:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
Essa lista de situações apresentadas é tão diversificada que poderá sugerir e confirmar a necessidade de normas reguladoras e de múltiplos comitês de ética. Conforme todo conhecimento construído e adquirido nesse material, podemos dizer que o comportamento ético não deveria ser controlado dessa forma. Por um lado, os comportamentos de seguir regras e leis estão sujeitos a peculiaridades complexas. Por outro, a instituição de órgãos controladores de comportamentos éticos amplia a cadeia de elos do poder, fortalecendo-o, e aumenta a opressão exercida pela ordenação burocrática.
Diante desses problemas e situações que vimos, algumas possibilidades podem ser positivas/promissoras:
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Um comportamento ético somente é possível a partir do reconhecimento e da atribuição de direitos. Dessa forma, nosso esforço deve concentrar-se na afirmação, na sustentação, na ampliação e na defesa desses direitos.
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O simples nascer investe o indivíduo de uma soma inalienável de direitos, apenas pelo fato de ingressar na sociedade humana [...] O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania [...]." (Santos, 1998: 7)
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Todos os humanos, vulneráveis ou não, precisam saber disso e têm a obrigação de exigirem que seus direitos sejam respeitados. Assim, como cidadãos, exercem sua cidadania.
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Cada vez que exercemos nossa cidadania, estamos defendendo o direito de todas as pessoas. Cada vez que deixamos de fazê-lo, estamos enfraquecendo todas as pessoas.
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Cada vez que sustentamos o exercício de cidadania alheio, estamos fortalecendo nossa própria condição de cidadãos. Cada vez que nos calamos diante do desrespeito do direito alheio, estamos enfraquecendo essa mesma condição para nós mesmos. Isso se faz com contestação e reclamação. Isso exige coragem e luta contínuas. Quando todos fizerem isso, seremos todos éticos. Não haverá necessidade de códigos de ética, nem de comitês de ética. É nesta direção que devemos avançar.
O desenvolvimento do comportamento ético é uma questão de aprendizagem, e esta pode ocorrer em qualquer lugar. A escola e o ensino formal não constituem as únicas condições para a aquisição desse repertório comportamental. O controle mais eficaz do comportamento ético é o exercido socialmente. Se todos exigirem o respeito de seus direitos, não haverá quem os desrespeitem. O comportamento ético concebido, desenvolvido e controlado, dessa forma, produziria a superação da dissociação entre retórica e fato e entre "dizer" e "fazer" (Bernard, 1994; Santos 1998).
3.3 Identificando o comportamento antiético no ambiente de trabalho
É fácil perceber que desvio de dinheiro, fraudes, pagamento de propinas e subornos, sonegação de impostos e outras ações como estas são comportamentos antiéticos, até por serem ilegais. Mas e como fica a nossa conduta nas relações do dia a dia?
Em uma empresa, é preciso observar de perto qualquer comportamento antiético que, mesmo institucionalizado, possa colocar em risco a convivência e o funcionamento da organização. Mentiras, fofocas, boatos, preconceitos, assédio sexual e moral são apenas algumas manifestações da falta de ética.
Vejamos alguns exemplos a seguir:
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Difundir informações mentirosas ou difamatórias sobre um colega;
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Ofender alguém a respeito da religião, gênero, cor, etnia, orientação sexual etc.;
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Não honrar contratos, pagamentos e entregas nas relações com clientes e fornecedores;
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Trocar influência por favores sexuais ou financeiros;
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Procrastinar a realização e a entrega das tarefas;
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Furtar dinheiro ou materiais da empresa, até mesmo uma simples lapiseira;
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Vestir-se de maneira inapropriada ou debochar de alguém pela sua aparência;
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Adulterar mercadorias, preços e prazos de validade;
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Fazer propaganda enganosa e divulgar resultados falsos da empresa;
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Cobrar por serviços desnecessários;
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Jogar lixo em local inapropriado e não contribuir para a manutenção da limpeza do ambiente;
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Chegar atrasado ou pedir alguém para assinar o ponto por você ou assinar pelo outro;
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Sonegar impostos, fraudar documentos ou de qualquer forma infringir a lei; entre tantos outros.
Fonte: https://lec.com.br/blog/comportamento-antietico-saiba-como-identificar-e-o-que-fazer/#:~:text=cobrar%20por%20servi%C3%A7os%20desnecess%C3%A1rios%3B,a%20lei%3B%20entre%20tantos%20outros.
O comportamento antiético, seja ele dentro de uma empresa ou fora dela, é crime, podendo acarretar em diversas sanções para quem o comete, prejudicando não só a própria imagem, como também podendo prejudicar a empresa nos olhares do mercado. Com isso é de suma importância que as empresas observem bem se há algum tipo de ato desse tipo, para que caso encontre, ele seja extirpado e uma ação conforme a lei possa ser tomada, assim, evitando danos econômicos, materiais e de imagem à empresa.
3.4 Reflexos nocivos ocasionados por comportamientos antiéticos
Entre os reflexos ocasionados por fofocas, inveja e mentira pode ocorrer a incidência de assédio moral. Em boa parte dos casos, o assédio moral começa pelo abuso de um poder (qualquer que seja a sua base de sustentação), e segue por um abuso narcíseo – no qual o outro perde a autoestima e pode chegar, às vezes, ao abuso sexual (FREITAS, 2001).
O que pode começar como uma leve mentira, um flagrante de falta de respeito, pode se tornar uma fria manipulação por parte do indivíduo perverso, que tende a reproduzir o seu comportamento destruidor na maioria de suas relações sociais: no local de trabalho, com o cônjuge, com os filhos, entre outras.
Trazendo a importância das relações de poder, Barreto (2000, p. 2) considera assediar moralmente um indivíduo, submeter este a uma “exposição prolongada e repetitiva a condições de trabalho que, deliberadamente, vão sendo degradadas''. Surge e se propaga em relações hierárquicas assimétricas, desumanas e sem ética, marcada pelo abuso de poder e manipulações perversas”. Desta forma, percebe-se que o abuso do poder, de forma repetida e sistematizada, durante um período longo de tempo, constitui a principal característica do assédio moral, configurando a prática da perversidade no local de trabalho (HIRIGOYEN, 2001; FREITAS, 2001; BARRETO, 2000; MOURA, 2002).
O assédio sexual pode ser considerado, de acordo com a tipologia de Freitas (2001), como uma forma de assédio moral. O assédio sexual é reconhecido nos Estados Unidos como crime desde 1976. Na França, é caracterizado como uma infração apenas se trouxer uma explícita chantagem de demissão (HIRIGOYEN, 2001). O assédio sexual no Brasil é reconhecido como prática ilícita há relativamente pouco tempo, em parte devido à recente ascensão feminina no mercado de trabalho, mas a principal causa é a conivência da nossa cultura em aceitar esse tipo de situação e considerar essa prática criminosa análoga a uma cantada (DAMATTA, 1991).
O acúmulo de trabalho e preocupações, somados aos efeitos nocivos ocasionados por inveja, fofocas, mentiras e assédio moral nas organizações, levam ao estresse. E o acúmulo de estresse, quando se constitui em graus elevados, passa a ser denominado burnout. Esta expressão inglesa designa aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia. A palavra tornou-se, mundialmente, conhecida a partir dos artigos de Freudenberger (1974, 1975).
Segundo o autor, “burnout é resultado de esgotamento, decepção e perda de interesse pela atividade de trabalho que surge nas profissões que trabalham em contato direto com pessoas em prestação de serviço como consequência desse contato diário no seu trabalho” (FREUDENBERGER, 1974, p. 161). Para França (1987, p. 187), a incidência de burnout “é predominante entre os profissionais que trabalham na área de ciências humanas, particularmente, enfermeiros, médicos e assistentes sociais”. Os professores também são incluídos nesse grupo de profissionais, por estarem em contato constante e direto com sua “clientela”, sendo esse um dos principais motivos que conduzem um trabalhador ao burnout.
Para Benevides-Pereira (2001), os sintomas mais frequentemente associados ao burnout são:
• Psicossomáticos: enxaquecas, dores de cabeça, insônia, gastrites e úlceras; diarreias, crises de asma, palpitações, hipertensão, maior frequência de infecções, dores musculares e/ou cervicais; alergias, suspensão do ciclo menstrual nas mulheres.
• Comportamentais: absenteísmo, isolamento, violência, incapacidade de relaxar, mudanças bruscas de humor, comportamento de risco.
• Emocionais: impaciência, distanciamento afetivo, sentimento de solidão, sentimento de alienação, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de concentração, sentimento de impotência; desejo de abandonar o emprego; decréscimo do rendimento de trabalho; baixa autoestima; dúvidas de sua própria capacidade e sentimento de onipotência.
• Defensivos: negação das emoções, ironia, atenção seletiva, hostilidade, apatia e desconfiança.
No modelo de trabalho atual, é possível perceber ambientes de trabalho nos quais o autoritarismo e a competitividade acabam por gerar nos trabalhadores estresse, falta de segurança (CORRÊA; CARRIERI, 2005), ao mesmo tempo em que a carência de transparência nas relações interpessoais ocasionam a falta de confiança (DEJOURS; JAYET, 1994), que se somando aos comportamentos antiéticos, consistem em elementos prejudiciais aos indivíduos e à própria organização.
3.5 Fenômenos relacionados à banalização de comportamentos antiéticos
As fofocas, mentiras, inveja, assédio moral, e demais ações antiéticas prejudicam qualquer empresa, causam conflitos e competições paralelas. Diversos fenômenos ligados a estes comportamentos estão se banalizando. Porém, é importante compreender quais fenômenos estariam ligados à banalização de comportamentos antiéticos.
O pesquisador Leonardo Flach (2007), em um estudo sobre “Comportamentos antiéticos nas organizações: relatos ligados à inveja, mentira, fofocas e assédio moral”, elencou vários pontos sobre essas condutas antiéticas e o que isso pode gerar de consequência para o ambiente profissional. Vejamos:
Um dos pontos mais relatados, no estudo, foi sobre a banalização de comportamentos antiéticos para prejudicar uma pessoa no intuito de se elevar. Destacaram-se a hipocrisia, impunidade e tolerância aos fatos ocorridos.
Um dos respondentes desse estudo relatou a seguinte experiência: afirmou que onde trabalha o choque de culturas fica muito evidente. Segundo ele, banalizamos fatos que em outros países são verdadeiras afrontas ao ambiente profissional: “o velho jeitinho brasileiro, que alguns o usam com orgulho, pode levar a realização de ações que em outros países seriam moralmente inaceitáveis”.
Foi destacado no estudo de Flach, que é muito comum ver pessoas burlando procedimentos para obter resultados mais rapidamente. E aí existe uma questão essencial que precisamos discutir: olhando de forma superficial, burlar regras, não cumprir todas as regras ou simplesmente pular as regras parece soar muito bem, no sentido de que o objetivo foi atingido de forma mais rápida. Mas este sentimento falso de que os fins justificam os meios deve ser repensado, pois burlar procedimentos e considerar isto como normal seria um exemplo de banalização da mentira.
Aliás, são inúmeros os exemplos da banalização da mentira. Um exemplo clássico é a sonegação de impostos no Brasil. Outros sujeitos, no mesmo estudo relataram que com a desculpa de que existe muita corrupção entre os políticos, várias pessoas mentem na declaração de seus impostos e isto é visto de maneira comum pela maioria. Estas situações são levadas para dentro das organizações e quando percebemos estão inseridas na própria cultura organizacional.
Outro ponto importante, que esse artigo trouxe, foi referente à banalização de comportamentos antiéticos acarretando uma sensação de impotência diante de alguns atos, quando a pessoa se sente pequena ao desejar fazer algo e ao mesmo tempo não visualizar horizontes para uma ação mais efetiva. Destaca-se também que a forma como a notícia de comportamentos antiéticos chega até as pessoas, tornam-se, muitas vezes, tais assuntos corriqueiros e mundanos. E para finalizar, o autor destaca o total descaso da justiça, sempre morosa e aliada ao interesse dos poderosos. A falta de ética crescente no ambiente de trabalho é reflexo de uma sociedade em que a desigualdade, a insegurança e o individualismo estão acima de valores como solidariedade, honestidade e respeito ao próximo.
Outros pontos importantes, que têm total relação com o que estudamos, nessas três unidades, dizem respeito ao fato de que as pessoas estão perdendo a noção do certo e do errado, estão ficando cada vez mais egoístas, chegando ao ponto de passar por cima das pessoas para alcançar o que desejam dentro do seu ambiente profissional. As pessoas estão criando uma percepção egoísta para atender às suas necessidades sem se importar em como e o que é preciso fazer para que isso se torne possível. Tanto a inveja, a mentira, o assédio moral e fofocas são incentivados por aqueles que perderam o verdadeiro sentido do trabalho em equipe e os valores de respeito e dignidade, indispensáveis para se viver em comunidade.
Outra questão interessante, para se colocar em discussão, diz respeito à falta de um padrão de punições para determinados comportamentos antiéticos. Como punir uma fofoca grave? Como punir uma mentira? Como punir um sentimento de inveja demonstrado através de atos contra o colega de trabalho? Mesmo com relação ao assédio moral, observa-se que se trata de uma forma de comportamento que muitas vezes é negligenciada.
Então, as seguintes reflexões são levantadas:
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Será que medidas de punição são a verdadeira solução?
-
O que seria mais importante: investir na base e na educação ou nas formas de punição?
-
Por que há um descaso das organizações e da sociedade com relação à banalização dos comportamentos antiéticos?
A pressão no mercado de trabalho vem crescendo de forma incontrolável, nos últimos tempos, e isto acarreta um fenômeno muito falado ultimamente: "primeiro os meus, depois os teus problemas. Ultrapassa os teus obstáculos e utiliza-se do que for preciso para tal, depois vê se não passou por cima de ninguém (FLACH, 2007).
Após todos esses apontamentos tão necessários, fica evidente que conseguir agir com ética nos ambientes corporativos não é uma tarefa fácil de ser iniciada e mantida. Se os profissionais e a sociedade não trabalham em conjunto, não tem como dar certo.
3.5.1 Que medidas devem ser tomadas para evitar e solucionar esses problemas?
A ética pode e deve ser adotada por todos os profissionais, bastando, para isso, observar a natureza e as consequências de nossos atos. No entanto, nem todo comportamento antiético tem uma consequência imediata e, por isso, acabam se tornando, cada vez mais, comuns. Daí a necessidade da empresa criar e adotar normas de conduta detalhadas para orientar todos os colaboradores. Caso o problema não possa ser resolvido de forma interna na empresa, faz-se necessário que os órgão específicos da lei sejam contatados e informados do ocorrido, para que se tomem as devidas providências.
Da mesma forma, é importante realizar treinamentos periódicos que demonstrem, na prática, como a falta de ética pode prejudicar a cultura organizacional. Cada novo colaborador deve ser bem treinado logo que é incorporado.

Vimos o que significam os conselhos (criados para regular, orientar e fiscalizar a atividade profissional), sindicatos (ação voltada para as questões referentes à relação de trabalho) e associações (unificar os profissionais de determinada área), e como identificar um comportamento antiético no ambiente profissional. Vimos que nem sempre é fácil ou está “as claras”, por vezes se faz necessário até uma intervenção da justiça
3.6 Quais as consequências de um comportamento antiético em uma empresa?
Nem todo comportamento antiético tem consequências legais. Veremos o porquê.
Como já destacamos, aqui, nas unidades anteriores, a falta de ética pode prejudicar o clima organizacional e a harmonia entre os colaboradores, além de reduzir a produtividade e a eficiência. Ou seja, tanto a empresa quanto seus funcionários individualmente saem perdendo.
Enfim, a melhor forma de combater o comportamento antiético, nas organizações, é adotando-se o respeito mútuo, a boa índole e a firmeza de caráter. Para tanto, a própria empresa deve cultivar e buscar esses valores na criação e difusão de uma cultura de compliance.
3.6.1 Condutas antiéticas na prestação de serviços
As características de serviços criam oportunidades para a conduta antiética das pessoas que trabalham neste setor. Hoffman e Bateson (2003, p. 122) indicam algumas fontes que originam esta conduta antiética:
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
- A seguir, vamos discutir cada uma destas situações que criam possibilidades para a conduta antiética, na prestação de serviços.
• Reduzido número de atributos para que o consumidor analise
Num primeiro momento, os consumidores tomam a decisão de compra com base nas opiniões de pessoas de sua confiança ou nas informações do vendedor. Quando tratamos da ética na venda pessoal, abordamos exatamente este tema, já que o vendedor é a pessoa em quem o consumidor deseja confiar para decidir pela compra. Dessa forma, o vendedor precisa dar todas as informações sobre o produto, não só as informações positivas. O cliente precisa saber pelo que está pagando.
• Especialização dos serviços
Já falamos neste material sobre a ética nas profissões liberais, lembra-se? Quando você procura um gastrônomo, advogado, médico, dentista ou outros prestadores de serviços liberais, você acredita naquilo que eles profissionais dizem. Assim, antes de fazer a escolha por este ou aquele profissional, buscamos informações com pessoas de nossa confiança para nos certificarmos de sua idoneidade e credibilidade além de sua competência profissional.
• Tempo decorrido entre o serviço prestado e a avaliação do consumidor
Imagine a seguinte situação: você vai até sua agência bancária e pede para seu gerente uma orientação sobre um investimento mensal que complemente sua aposentadoria. Você só vai saber se o conselho do seu gerente foi bom quando utilizar o rendimento do investimento e não antes disso. Imagine quanta confiança você precisa ter nesta pessoa para seguir seu conselho!
• Falta de padronização no desempenho da prestação de serviços
Imagine esta situação: uma mulher vai ao salão de beleza e a pessoa com quem habitualmente corta seu cabelo não trabalha mais lá. Contudo, um outro profissional é muito bem recomendado e ela decide arriscar....o resultado do corte de cabelo é desastroso!
Imagine esta situação: uma mulher vai até um restaurante e o chefe que habitualmente prepara os pratos não trabalha mais lá. Contudo, um outro profissional que assumiu o serviço foi muito bem recomendado e ela decide arriscar, fazer o pedido e ao comer o resultado foi desastroso. Ela detestou o prato. O que ela faz: pede outro prato igual? Pede outro prato diferente? Vai embora e não volta mais ao restaurante? Veja que um profissional oferece o mesmo serviço de maneira diferente de outro. A falta de padrão implica um risco, portanto, a busca de informações é imprescindível antes da escolha do profissional.
• Prestação do serviço fora do ambiente físico com o qual profissionais mantêm vínculo
Você já levou seu computador para consertar em uma empresa especializada? Imagine que o técnico que fez o orçamento do seu equipamento se oferece para fazer o serviço após o expediente, em sua residência, cobrando menos do que se fizesse pela empresa? Inicialmente, você acredita que se beneficiará, pois pagará menos. Mas veja só a surpresa quando o técnico chega à sua casa: ele encontra outros probleminhas no seu computador, sugere troca de novas peças e novas configurações. Em pouco tempo, você precisa chamá-lo novamente. Em geral, as empresas prestadoras de serviço têm um acordo ético com seus funcionários para que isto não ocorra, mas como já vimos, as oportunidades são tantas e as pessoas são tão diferentes, não é mesmo?
• Variabilidade do desempenho
A participação das pessoas que prestam serviços, bem como do próprio consumidor, fazem com que seja difícil sua padronização e o controle de qualidade. Em uma mesma cozinha você encontra profissionais com a mesma formação, experiência e treinamento, mas que executam o mesmo serviço de diferentes maneiras e com disposição diferente.
• Recompensas oferecidas aos funcionários com base no resultado e não na qualidade
Uma empresa de TV a cabo oferece bônus aos funcionários que atenderem maior número de chamados, no entanto podem correr o risco de perder a qualidade do serviço prestado, pois os profissionais vão preferir atender rapidamente um consumidor para ter tempo de visitar outra residência. O nível de qualidade cai e, consequentemente, a satisfação do cliente também.
• Necessidade da participação do consumidor no serviço prestado
Imagine que você está indo comprar um computador. Para escolher o melhor equipamento, você depende das orientações do vendedor. Além disso, é preciso que ele o ensine a utilizar os benefícios que este equipamento oferece. Você vai para casa, mas tem dúvidas e telefona. De maneira nenhuma, o vendedor pode acreditar que uma vez entregue o computador, a venda está concluída, pois ele depende das boas referências do cliente atendido para que efetue outras vendas. Por outro lado, como o vendedor pode controlar a habilidade do consumidor em lidar com um computador? Algumas pessoas têm mais facilidade, outras aprendem mais rápido. Outras, precisam de mais dedicação e, neste caso, há mais probabilidades de haver descontentamento se o vendedor não for muito paciente (HOFFMAN, BATESON 2003).
4. A ética e a gestão da reputação
A reputação depende do julgamento que é feito por alguém sobre uma pessoa, sua atuação profissional ou sobre uma empresa. Observe duas características da reputação: depende da percepção do outro e é subjetiva. Neste caso, então, como é possível contribuir para que este julgamento seja feito com base numa percepção positiva, resultando em adição de valor? Tudo que vimos, até aqui, diz respeito à conduta ética das pessoas em uma sociedade e em uma organização ou empresa. Pergunto a você: em que medida a atitude ética ou antiética de um profissional causa impacto sobre a imagem da organização em que ele trabalha?
Às vezes, podemos pensar que nossa atuação profissional se limita às horas que passamos dentro do ambiente de trabalho. Contudo, observe quantas matérias jornalísticas você já viu associando à conduta antiética de uma pessoa à marca da organização em que ela trabalha. Outro exemplo: a reputação do servidor público sobre impactos negativos devido ao comportamento antiético de alguns de seus colegas. Observe quantas vezes você já pensou em deixar de consumir um determinado produto ou serviço devido à conduta antiética de seu fabricante ou fornecedor.
Reputação está relacionada à credibilidade, à respeitabilidade, à consideração que a sociedade confere a uma pessoa, a um profissional ou a uma organização e sua marca. O reconhecimento público é obtido à medida que conquistam legitimidade junto à sociedade, garantindo sua perenidade (ROSA, 2007). Conforme vimos, a sustentabilidade de um negócio é alcançada não somente quando a organização atinge o nível desejado de lucro, mas quando isto é obtido com respeito às pessoas e ao meio ambiente.
Buscando expandir e melhorar a reputação, algumas instituições de credibilidade conferem certificados a pessoas ou organizações por terem atingido ou superado as expectativas pelos resultados de suas ações. É o caso dos diplomas que outorgam o direito ao exercício da profissão e são mais ou menos valorizados no mercado de trabalho na medida da reputação e do reconhecimento conquistado pela instituição de ensino.
Outro caso é a certificação ISO, sigla em inglês para a Organização Internacional de Normalização com sede em Genebra, Suíça que reconhece organizações em todos os países que tenham atendido ao conjunto de normas e especificações para produtos e serviços em diversos segmentos de atuação. No Brasil, o INMETRO – Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia tem como missão: “fortalecer as empresas nacionais, aumentando a sua produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e serviços”.
Fonte: https://www.gov.br/inmetro/pt-br
4.1 Reputação como vantagem competitiva
Anteriormente, estudamos a responsabilidade social, seu conceito e sua abrangência. Também vimos que as empresas investem em sua imagem por meio da implementação de ações socialmente responsáveis, sejam elas voltadas para projetos sociais, ambientais ou ambos (vimos nos tópicos sobre responsabilidades socioambientais).
É difícil comprovar a autenticidade das intenções empresariais ao investir em responsabilidade social, mas é possível estabelecer o sucesso deste investimento ao se verificar os resultados alcançados. Uma coisa é uma empresa investir em um programa social ao longo de décadas, outra coisa, é doar cestas básicas esporadicamente ou mobilizar seus funcionários para a doação de roupas e alimentos que são entregues em nome da organização. De toda maneira, é bom lembrar que a mídia está sempre muito atenta a estes movimentos ditos socialmente responsáveis e, de tempos em tempos, apresenta matérias que nos ajudar a compreender a veracidade destas ações.
Vale ressaltar que há também ações internas nas organizações que valorizam a imagem da marca tanto dentro quanto fora da empresa, na medida em que se baseiam na ética da condução dos negócios, como: respeito, ética e transparência nas negociações com fornecedores; atendimento durante e após as vendas; capacitação dos funcionários ainda que eles possam ser disputados pela concorrência; atendimento à legislação na concessão de benefícios como berçário e contratação de pessoas com deficiência. O fato é que muitas organizações se utilizam do investimento em responsabilidade social na busca como diferencial competitivo em relação à concorrência.
Fonte: http://www.digitalmarkketing.com/2011/04/18/reputacao-online-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet
Fonte: Google imagens
5. Reputação on line: como cuidar de sua imagem profissional na internet
Atenção, você está sendo “googlado”. Qualquer pessoa com conexão à internet pode ter acesso a informações básicas sobre outra em uma simples busca no Google. Inclusive o atual chefe e um futuro empregador. Já pensou nisso?
Monitorar a imagem e ter certos cuidados antes de se expor nas redes sociais e sites não é uma tarefa impossível. “Ninguém enviaria um currículo impresso com uma foto de biquíni anexada para tentar uma nova oportunidade de emprego. A necessidade de etiqueta pessoal e profissional ocorre em qualquer contexto e é apenas mais evidente na internet”. Veremos agora, alguns passos que podem auxiliar a entender como sua imagem profissional está sendo exposta nas redes:
1. Pesquise o seu nome no Google
Observe o que as outras pessoas podem descobrir sobre você e veja se há textos e fotos comprometedores ou indesejáveis a seu respeito. Muitos profissionais com blog pessoal e sites de fotos podem se esquecer de postagens antigas e até com opiniões que já não perduram, mas que podem comprometer na busca por um emprego.
Caso o seu nome seja comum ou não apareça nos primeiros resultados, o escreva entre aspas e veja o que é listado com o nome completo e as variações possíveis dele. O uso de palavras-chave, como o atual empregador ou cidade, acompanhadas do nome também ajudam a potencializar a pesquisa. Altere as configurações de privacidade das redes sociais que aparecem nos resultados ou delete o conteúdo indesejado. Se o resultado não puder ser removido, pode ser necessário buscar ajuda especializada.
2. Não adianta se esconder
Quem prefere não ter conta em redes sociais ou se esconder atrás de apelidos corre um outro risco: perder oportunidades. “A escolha de não se expor deixa o profissional sem visibilidade diante da busca de um recrutador. Não estar na rede hoje pode ser grave e significar desatualização, principalmente para algumas carreiras”. Redes sociais como LinkedIn e o Facebook, se usadas corretamente, podem turbinar a carreira e ser vitrine do seu trabalho. Usá-las a seu favor conta pontos e pode ser determinante na busca por um emprego ou no crescimento profissional.
Fonte: http://www.digitalmarkketing.com/2011/04/18/reputacao-online-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet

A reputação de um profissional, seja no ambiente físico ou no ambiente virtual são de extrema importância. Zelar por essas imagens faze muita diferença na carreira e pode ser decisivo em momento de uma contratação. Fiquemos atentos!
5.1 O que um recrutador pode procurar?
Como vimos anteriormente, em um processo de seleção, o recrutador pode buscar os profissionais na internet antes de decidir se a entrevista de emprego será oferecida. Usar o Google ou procurar informações nas redes sociais dão, de antemão, dados sobre o perfil da pessoa, que poderá ser o desejado pela empresa ou não. Opiniões polêmicas, fotos comprometedoras ou falta de credibilidade podem afetar o julgamento do profissional, mas um recrutador espera sempre encontrar pontos favoráveis sobre o candidato.
“O selecionador quer ter acesso a informações pessoais do candidato, mas deve entender que um profissional pode se expor na rede diferentemente da forma como conduz a vida profissional”.
5.2 Então, qual imagem virtual agrada empregadores?
Informações sobre envolvimento em atividades e pessoas relacionadas à função exercida pelo profissional contam a favor. “É importante que o profissional seja verdadeiro e ativo nas redes sociais, mostrando uma imagem que condiz com o histórico profissional”.
5.3 Como melhorar a reputação online?
Procure publicar boas informações a seu respeito na internet. Quem possui contas de blogs, Twitter, Instagram, Facebook e LinkedIn, pode usar a atividade online a seu favor. Poste opiniões e textos que condizem com a sua profissão e use uma linguagem adequada.
Fique atento, ainda, às configurações de privacidade das suas redes sociais. Se preciso, crie um perfil profissional no Facebook, por exemplo, e mantenha o seu pessoal com configuração para não aparecer em buscas. “O cuidado sempre tem que existir porque o que você publica pode estar acessível, mas uma exposição condizente com o seu objetivo pode dar bons resultados”.
Fonte: http://www.digitalmarkketing.com/2011/04/18/reputacao-online-como-cuidar-da-sua-imagem-na-internet
Princípios éticos no marketing
6.1 O objetivo do marketing e o mito da criação da demanda
Em sua obra, Kotler (2000) explica que marketing é um processo cujo objetivo é satisfazer necessidades e expectativas de um público determinado. Como qualquer outro processo organizacional, o marketing requer planejamento, isso é estratégico, porque está relacionado diretamente ao alcance dos objetivos da organização, impacto em sua imagem (falamos agora há pouco sobre reputação) e alcance de sua visão.
Você certamente já ouviu a seguinte expressão “marketing cria necessidades, eu nunca precisei de celular e agora não posso viver sem ele!” Cobra (2001) ensina que as pessoas têm necessidades, como se comunicar com rapidez no momento em que de fato precisam, por exemplo, que são atendidas pelos fabricantes de produtos, no caso, o telefone celular.
O papel do marketing é demonstrar para o público que esta necessidade pode ser atendida por este ou aquele fornecedor, desta ou daquela maneira nas condições que ele especificar e que atendem às expectativas de seu público. O estímulo à aquisição deste produto é uma consequência do trabalho desenvolvido na área de marketing. Por isso, dizemos que o objetivo do marketing não é incrementar as vendas. Da mesma maneira, é equivocado dizer que marketing é o mesmo que publicidade ou propaganda (Cobra, 2001).
6.2 Nossa contribuição para obter sucesso
Ao longo desse conteúdo, abordamos diferentes aspectos da conduta ética do indivíduo e seu impacto sobre sua imagem como profissional, bem como sobre a imagem da organização onde trabalha. Falamos sobre a conduta das organizações cuja preocupação, conforme vimos, deve se voltar para as pessoas e para o meio ambiente além da busca pelo lucro para garantir a perenidade do negócio. Agora vamos falar sobre as ações que cada um de nós pode realizar no sentido de promover as transformações sociais necessárias na busca pelo comportamento ético individual ou organizacional.
6.2.1 Contribuições individuais, profissionais e das empresas (públicas e privadas)
Não foi à toa que a disciplina de ética foi inserida no seu Curso Técnico em Gastronomia. Como disse no início, o objetivo é oferecer a você, nosso aluno, subsídios para que reflita a respeito do comportamento ético do indivíduo nas diversas áreas em uma organização, seja ela privada ou pública. Com certeza, é do comportamento ético de cada indivíduo que se constrói a imagem positiva organizacional.
Castro (in Marras 2010, p. 285) reforça o reconhecimento pela boa execução do trabalho dos profissionais por meio da “reciprocidade na capacidade criativa das organizações (...). Dessa forma, a capacidade em ação de fazer o bem se transforma no fazer o bem, instaurando no ethos o bem comum como princípio ordenador do cuidado do mundo”.
Na evolução do pensamento, passamos de um modelo da produção em massa para um atendimento customizado, de acordo com os desejos e expectativas do consumidor, por meio de um processo de gestão das relações da organização com o mercado. Esta mudança da impessoalidade para o atendimento pessoal pressupõe um relacionamento humanitário entre organização e seus funcionários, oferecendo um tratamento digno com salários justos e remuneração adequada.
A satisfação no trabalho é também objetivo do profissional que prefere atuar em empresas cuja imagem no mercado seja positiva e adicione valor ao seu currículo. Além disso, o profissional busca o reconhecimento, a valorização, a qualidade de vida, entre outras coisas, além da remuneração. A gestão de pessoas mudou seu foco para a busca pelo equilíbrio entre estas necessidades dos profissionais e a visão da organização.
Por um lado, espera-se que as empresas mantenham seu compromisso ético nas relações de trabalho com seus funcionários. Por outro lado, cabe aos profissionais a manutenção da ética em sua atuação cotidiana em relação aos seus colegas e à organização onde atua, considerando os públicos com os quais se relaciona.
Exemplos de ética:
Vejamos as seguintes situações:
• Situação 1: Você toma um táxi a serviço da empresa e o motorista pergunta se quer o recibo com o valor da corrida ou com um valor superior.
• Situação 2: Você recebe uma mercadoria e, ao conferir a nota fiscal, constata que há uma caixa a menos, mas seu Superior Hierárquico o orienta a assinar o recibo assim mesmo.
• Situação 3: Seu/Sua Chefe a(o) convida para um encontro e deixa claro que isso o(a) favorecerá numa futura avaliação profissional.
• Situação 4: Ao fazer um orçamento, o fornecedor oferece a você uma compensação caso efetive o negócio com ele.
• Situação 5: Um colega de trabalho comentou em uma festa que tinha uma ótima ideia para construir um projeto que daria resultados muito positivos para a empresa e contou em detalhes de que se tratava. Uma semana depois, outro dos seus colegas, que estava presente no dia da festa, reuniu-se com o gerente e apresentou o projeto como sendo de sua autoria, o que resultou em uma promoção e um grande reconhecimento para ele.
• Situação 6: Você faz parte de uma equipe de três pessoas, que trabalham na mesma sala. No almoço de hoje, uma delas contou coisas horríveis acerca do trabalho desenvolvido pelo terceiro em questão, que não estava com vocês naquele momento.
• Situação 7: Você foi convidado a trabalhar em um novo projeto, que tem tudo a ver com as suas expectativas dentro da empresa. Porém, o responsável pela equipe será um antigo colega seu, de quem você não gosta em função de muitas divergências que tiveram no passado.
Percebem que todas essas situações poderiam ter tomado rumos diferentes, dependendo da escolha tomada? Pois é, em sua grande maioria, os comportamentos antiéticos
FAÇA VOCÊ A DIFERENÇA!
Fonte: Elaborado pela autora, 2021
ENTENDA: nem sempre a experiência te salvará
Vejamos a história a seguir:
OS DOIS EMPREGADOS
Numa grande empresa trabalhava Álvaro, um funcionário sério, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo, já com 20 anos de casa. Um belo dia, Álvaro vai ao presidente da empresa fazer uma reclamação:
- Tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, e agora me sinto um tanto injustiçado. Juca, que está conosco há somente três anos, está ganhando mais que eu.
O patrão fingiu não ouvi-lo e, cumprimentando, falou:
- Foi bom você ter vindo aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá me ajudar. Estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.
Álvaro, sem entender, saiu da sala e foi cumprir a missão a ele designada. Em cinco minutos estava de volta.
- Como é? Disse o patrão.
- Verifiquei como o senhor mandou e a barraca tem o abacaxi, disse Álvaro.
- E quanto custa cada? Perguntou o patrão.
- Isto eu não perguntei não! Respondeu Álvaro.
- Eles têm quantidade suficiente para atender todos os funcionários? Perguntou o patrão.
- Não sei não? Respondeu Álvaro.
- Muito bem, Álvaro, sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco.
Pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Quando Juca entrou na sala o patrão foi logo dizendo:
- Juca estou querendo dar ao nosso pessoal uma sobremesa após o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas, vá até lá e verifique se tem abacaxi. Em oito minutos Juca estava de volta.
- E então, Juca? Perguntou o patrão.
- Tem abacaxi, sim. Têm quantidade suficiente para todo o pessoal e se o senhor quiser eles têm também laranja e banana.
E o preço? perguntou o patrão.
- Bom o abacaxi eles estão vendendo a R$1,00 o quilo, a banana a R$0,50 o quilo e a laranja a R$20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a quantidade era grande eles me concederam um desconto de 15%. Deixei reservado o abacaxi. Caso o senhor resolva, eu confirmo.
Agradecendo a Juca pelas informações, o patrão dispensou-o e voltou-se para Álvaro na cadeira ao lado e perguntou-lhe:
- Você perguntou alguma coisa quando entrou em minha sala hoje. O que era mesmo?
- Nada sério não, patrão. Respondeu Álvaro.
Fonte: http://criptopage.caixapreta.org/secao/reflexoes/reflexao_eficiencia.htm
Deixo aqui essa história com moral clara, para que sirva de reflexão!

A seguir constam alguns links para concecimentos adcionais sobre atitutes éticas:
Vídeo sobre Ética Profissional no cotidiano do ambiente de Trabalho:
https://administradores.com.br/artigos/etica-profissional-no-cotidiano-do-ambiente-de-trabalho
E-book com mais informações sobre ética profissional:
https://www.nre.seed.pr.gov.br/arquivos/File/guarapuava/eudcacao_profissional/etica_prof2.pdf
Chegamos ao final da nossa disciplina de ética e aqui discutimos leis, resoluções e órgãos que estão diretamente relacionados à atuação profissional, com base na conduta ética.
A atuação do gastrônomo, pelas atividades que desempenha, é um elemento relevante para a sociedade, e para tanto, a sociedade espera que sua atuação seja pautada pela integridade, objetividade e independência e que seus serviços sejam desempenhados com competência e excelência.
Tendo em vista a importância do papel que desempenha, o gastrônomo tem o dever ético de conhecer os aspectos técnicos, a legislação, as normas, as regras e dirigem a atuação profissional, além de se manter atualizado, preservando sua imagem por meio da atuação embasada nos valores e princípios éticos.
Ainda aqui, vimos o quão importante é preservar a imagem profissional no ambiente físico e nos meios digitais. Afinal, muitos recrutadores observam além do currículo, quem é aquele profissional em sua vida pessoal.
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